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sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Maranguape e Caucaia têm maior crescimento demográfico entre as dez maiores cidades do Ceará

A estimativa populacional do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (31), revela tendência de crescimento populacional nas dez maiores cidades do Ceará, em comparação aos dados do último Censo, de 2010. O destaque ficou por conta das cidades de Caucaia e Maranguape, que apresentaram crescimento superior a 3% no número de habitantes(ver ranking abaixo).
(Guaramiranga foi novamente apontada como menor cidade do Ceará. Foto: Natinho Rodrigues)
A cidade de Caucaia teve crescimento de 11.353 habitantes, no período de dois anos. Agora, a segunda maior cidade do Ceará tem a população de 336.091 habitantes. Enquanto isso, Maranguape teve crescimento maior ainda, de 3,87%. A população maranguapense passou de 112.926 para 117.306 pessoas.
Queda populacional
A surpresa da pesquisa foi a redução da população do município de Crato, no Cariri, que perdeu 7449 habitantes. Dessa forma, houve queda de 5,7% nos 131.462 habitantes em 2010. Na estimativa desse ano, o número de pessoas no Crato ficou em 123.963 habitantes.
Menor cidade
Pela segunda vez seguida, o título de menor cidade do Ceará ficou para Guaramiranga. O belo município turístico ao topo do Maciço de Baturité, também teve redução na população. Em 2010, Guaramiranga tinha 4.165 pessoas. Já na estimativa de 2012, o número caiu para 3956 habitantes.
Ranking
Abaixo, você confere o ranking das dez maiores cidades do Ceará: 

1-Fortaleza 2.500.194 (em 2010, 2.452.185) 48.009 - 1,95%
2-Caucaia 336.091 (em 2010, 324.738) 11.353 - 3,49%
3-Juazeiro do Norte 255.648 (em 2010, 249.936) 5712 - 2,28%
4-Maracanaú 213.404 (em 2010, 209.738) 3666 - 1,74%
5-Sobral 193.134 (em 2010, 188.271) 4863 - 2,5%
6-Crato 123.963 (em 2010, 131.462) - menos 7499 - queda 5,7% 
7-Itapipoca 119.320 (116.065) 3255 - 2,8%
8-Maranguape 117.306 (em 2010, 112.926) -  4380 - 3,87%
9-Iguatu 98.138 (em 2010, 97.330) - 808 - 0,83%
10- Quixadá 82.258 (em 2010, 80.605) - 1653 - 2,05%

Menor cidade: Guaramiranga 3956 (em 2010, 4.165)
Fonte:DN

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O difícil milagre.

• A presença de Lia Ferreira Gomes na campanha sucessória de Caucaia é uma tentativa desesperada para salvar de uma derrota humilhante o prefeito Washington Góes. Lia é um simbolismo familiar que não espelha o envolvimento pessoal do irmão governador. Cid Gomes mantém um pacto com o senador Eunício Oliveira para não participar de nenhuma campanha onde os seus partidos estejam 
disputando. Em Caucaia, a peemedebista Inês Arruda emerge sob os escombros de uma administração que mostrou-se relapsa, incompetente e sem futuro. Washington teve todas as oportunidades elegendo-se prefeito da cidade, que detém o maior fluxo de investimentos do governo federal no Ceará, mas não soube construir uma plataforma capaz de fazê-lo respeitado para se impor como o construtor da nova era. Substituiu uma Inês morta para ressuscitá-la provavelmente a sua saída. A participação da irmã do governador, nas eleições de Caucaia, não significa o empenho do governo em apoiar a nulidade da atual administração. Desde a sua posse, o município fez a marcha do caranguejo. Na verdade, Lia representa o interesse do publicitário Eynard Jácome, seu esposo, que detém a conta de publicidade da prefeitura numa relação que terminou por comprometê-lo face à ausência de um bom projeto de mídia e o que assistimos, hoje, é uma campanha de resistência esboçada no apagar das luzes do consulado do dr. Washington. Não se deve menosprezar a presença da médica Lia nos palanques. Tanto quanto os irmãos, ela é dotada do mesmo espírito que tem conferido a família lugar de destaque em qualquer movimentação política. Mas será difícil a ela explicar ao povo, por que o dr. Washington Góes esqueceu os seus compromissos para a fixação dos objetivos e reformas prometidos na campanha de 2008. Caucaia continua no mesmo buraco, uma cidade suja, sem evoluir nos conceitos Saúde e Educação, apesar de estar em
segundo lugar como fonte arrecadadora de recursos estaduais e, em primeiro, na escalada de dotações do governo federal. Se a sorte do seu gestor não revelou-se eficiente para resgatar a sua significação econômica e política no conselho estadual durante quatro anos, dificilmente o milagre da salvação poderá acontecer no apagar das luzes.

O Estado, coluna do Fernando Maia, 28/08/2012.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uma rotina de trabalho puxado


Paulo Gurgel em mais uma de suas caminhadas pelo município de Caucaia
Diz o ditado que quem deseja ser eleito para um mandato político, tem que gastar muita sola de sapato. E é verdade. Que o diga PAULO GURGEL 45, candidato a prefeito de Caucaia pela coligação INOVA CAUCAIA (PSDB/PV). PAULO GURGEL, tem tido uma rotina muito puxada, fazendo caminhadas pela manha e pela tarde em várias localidades do município. PAULO GURGEL, aposta no corpo a corpo com o eleitorado, e para tal tem tido a coragem e a determinação de realizar estas caminhadas, sempre acompanhado de seu candidato a vice, MAJOR MENEZES. PAULO GURGEL, já esteve na praia, na serra, no sertão e em todos os distritos do município. O resultado é confortante, pois o povo tem lhe recebido muito bem e tem lhe demonstrado muito carinho. "O que eu e o Major temos feito, é uma demonstração que queremos mudar a cara de nossa cidade. E o mais importante de tudo isso, é a aceitação de nosso nome junto ao povo de Caucaia. E sendo assim, só aumenta nossa responsabilidade para não decepcionar a estas pessoas que anseiam por mudanças", finalizou PAULO GURGEL...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sucesso absoluto a carreata de Paulo Gurgel
A campanha de Paulo Gurgel rumo à prefeitura de Caucaia, ganhou um novo impulso neste domingo com a realização de uma grande carreata que percorreu os principais bairros da Grande Jurema "sua base eleitoral" e terminou na sede do município. Aproximadamente 500 carros e pelo menos uma centena de motos, participaram do  evento. Para os organizadores, a carreata atingiu todos os objetivos, pois as pessoas entenderam o chamamento e foram espontaneamente, haja visto que não houve o que é costumeiro em outros eventos deste tipo, ou seja, doação de combustível e outros tipos de vantagens. "Foi algo inédito, pois não permiti que se cometesse nenhum tipo de crime eleitoral, como por exemplo a doação de combustível. Quem compareceu a este evento, veio pela causa, veio pela simpatia que as pessoas têm para com nossa campanha. Uma campanha que preza pelo zelo com a ética, e acima de tudo respeitando as regras estabelecidas pelos órgãos eleitorais", falou Paulo Gurgel.
Danilo Correa também acompanhou a carreata de Paulo Gurgel 45
Uma verdadeira  apoteose a carreata de PAULO GURGEL 45
Deputado federal  Raimundo Matos também é Paulo Gurgel 45

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Campanhas políticas gastaram 189 milhões no primeiro mês em todo o Brasil

Neste primeiro mês de campanha, os políticos que tentam uma vaga de prefeito ou vereador gastaram R$ 189.353.030. Esse é o valor total de gastos informados à Justiça Eleitoral pelos 455 mil candidatos a vereador e prefeito em todo o Brasil, e divulgados nesta sexta-feira pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Gastos por Estado
São Paulo - 33.416.274,83
Minas Gerais – 18.987.401,13
Bahia – 17.243.509,83
Rio de Janeiro - 14.313.342,36
Rio Grande do Sul – 13.287.838,91
Ceará - 9.777.201,62
Goiás - 7.719.267,69
Paraná - 7.562.645,73
Pernambuco - 6.819.134,36
Rio Grande do Norte – 6.283.623,69
A soma, se dividida pelo eleitorado brasileiro, corresponderia a R$ 1,37 para cada um dos cerca de 138 milhões de eleitores.
O montante alcança apenas 15% do total de gastos estimado por todos os candidatos a prefeito nas 26 capitais do país: R$ 1,26 bilhão.
Essa primeira parcial dos gastos de campanha abrange o período de 6 de julho, primeiro dia em que a lei eleitoral permite a realização de campanha, até 6 de agosto, prazo máximo para a entrega da primeira prestação de contas dos candidatos.
Blog Roberto Moreira

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Começa a propaganda política no rádio e na TV


A menos de cinquenta dias das eleições, foi dada a largada da campanha no rádio e na TV. Para os analistas políticos, é na propaganda eleitoral gratúita no rádio e na TV, que as coisas começam a se definir.
Este ano há novidades. É que em algumas cidades do interior haverá propaganda eleitoral gratúita no rádio e na TV. São os casos de de Caucaia e Juazeiro do Norte. Caucaia, onde tem um colégio eleitorar com 192.273 eleitores a propaganda será transmitida pela TV Metrópole canal 26 UHF. Ainda em Caucaia, disputam as eleições deste ano, sete candidatos a prefeito e quase quatrocentos a vereador.Nunca antes, na história do município tal fato havia acontecido. Dentre os candidatos a prefeitos além do atual gestor que pleiteia a reeleição, estão na disputa a deputada estadual Inês Arruda, o coronel Amarílio Melo, os empresários Naumir Amorim e Paulo Gurgel (PSDB), o advogado Uedson Silva, e o candidato do PSOL , Sr. Juscelino. Uma "particularidade", é que o disrito da Jurema, apresenta para a disputa dois candidatos, Paulo Gurgel pela coligação INOVA CAUCAIA (PSDB\PV) e Naumir Amorim (PSL\PTdoB).

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Mensalão: primeiras decisões podem sair nesta segunda-feira 


Mensalão: primeiras decisões no STF podem sair nesta segunda-feira O julgamento do mensalão será retomado hoje à tarde (20), no Supremo Tribunal Federal (STF), com a expectativa das primeiras decisões de absolvição ou condenação dos réus. Conforme divulgado pelo presidente do STF, Carlos Ayres Britto, o julgamento será fatiado por situações criminosas, e o primeiro grupo deve ser colocado em votação logo no início da sessão.
Os ministros devem decidir se o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha deve ser condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e duas vezes pelo crime de peculato. Também analisarão se Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, ex-sócios da SMP&B Comunicação, devem ser condenados pelos crimes de corrupção ativa e peculato.
O primeiro a votar, na última quinta-feira (16), foi o relator Joaquim Barbosa. Ele anunciou que votaria por ca Seu voto começou pelo primeiro item do terceiro capítulo, que trata das acusações de desvios de dinheiro na Câmara dos Deputados.
De acordo com o gabinete do relator, o julgamento deve ser retomado nesta segunda com a votação desse mesmo item pelos demais ministros, começando pelo revisor, Ricardo Lewandowski. Na semana passada, Lewandowski teve uma discussão com Barbosa, pois queria que cada ministro lesse o voto por inteiro, e não de forma fatiada. Seu ponto de vista acabou vencido após interferência de Ayres Britto.
Apesar de o presidente ter informado, na última sexta-feira (17), que a questão estava decidida, ainda há dúvidas de como os ministros procederão de fato na hora de votar. A sessão da última quinta foi encerrada sem um ponto final na discussão, e a questão só foi resolvida, informalmente, em um  bate-papo entre os ministros antes de deixar o plenário.
JB

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


TRE-CE julga 126 recursos e mantém 76 candidaturas do estado indeferidas

TRE já recebeu 615 recursos de candidatos barrados em primeira instância.
Tribunal Reginal tem até 23 de agosto para julgar os recursos.

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) julgou até esta quarta-feira (15) 126 pedidos de registros de candidatura, dos quais 76 foram indeferidos. Os recursos julgados pelo TRE-CE são de candidaturas barradas pelas zonas eleitorais. As candidaturas indeferidas ainda podem recorrer em terceira instância para tentar manter os candidatos nas eleições.
Ainda segundo o TRE, 615 candidatos que tiveram a candidatur barrada na primeira instância já deram entrada para recorrer da decisão na segunda instância. Os candidatos que tiveram candidaturas impedidas pelo TRE ainda pode recorrer no Tribunal Superior Eleitttoral.
Para o cargo de prefeito e vice, foram julgados nove processos – sete deferidos e dois indeferido. Um dos candidatos à prefeitura teve pedido de candidatura barrado por se enquandrar na Lei da Ficha Limpa.
O TRE-CE informa que está intensificando os processos de julgamento. Na sessão desta segunda-feira (13), 40 processos foram julgados, durante quatro horas de sessão. O prazo para julgamento nesta instância é até 23 de agosto.
Nas zonas eleitorais, Fortaleza teve o maior número de candidatos com a candidatura indeferida, 133. Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, é a segunda cidade com o maior número de candidaturas barradas na instância regional. Dos 370 pretensos candidatos a vereador de Caucaia, 40 tiveram pedido de candidatura indeferido.
Juazeiro do Norte, no Sul do estado, teve 217 pedidos de candidaturas aprovados e 12 desaprovadas em primeira instância; e Sobral, na Região Norte, teve 202 pedidos deferidos e outros sete indeferidos. Entre os candidatos a prefeito, o Ceará soma 40 pretensos candidatos com o pedido de candidatura barrado.
G1

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Mensalão: Defesa de Roberto Jefferson quer Lula como réu

Advogado pediu conversão do julgamento em diligência 

Ao defender o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) – delator do esquema do mensalão e denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – o advogado Luiz Francisco Correa Barbosa atacou duramente o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e acabou por pedir aos ministros do Supremo Tribunal Federal que “convertam este julgamento em diligência”, com o objetivo de incluir como principal réu da Ação Penal 470 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O defensor de Jefferson reafirmou nesta segunda-feira, no plenário do STF, em sustentação que não durou mais de 40 minutos, que o ex-presidente “sabia e tinha participação no mensalão”, já que não podia “desconhecer” o que se passava nas “tenebrosas transações” que ocorriam “entre as quatro paredes do Palácio do Planalto”, conforme afirmou o chefe do Ministério Público, na semana passada, no início do julgamento da ação penal. E chegou a acusar, em tom de discurso, o procurador-geral da República de ter cometido “crime de responsabilidade”.
“Tudo isso aconteceu sob suas barbas e nada. (O ex-presidente Lula) Não só sabia como ordenou tudo isso a José Dirceu e aos principais denunciados nesta ação. Mas e o Lula? Ele é safo, sim, é doutor honoris causa. Ele não só sabia, mas ordenou tudo isso que é objeto da denúncia. Os empregados atenderam  ao patrão, e deixaram fora o patrão. Mas o procurador-geral da República deixou ele (Lula) de fora. E é ele quem tem de informar por que. Esta ação vai gerar gerar um festival de absolvições. Até por que o mandante está fora”, afirmou o advogado Luiz Francisco Barbosa.
Denúncia de Jefferson
O defensor de Roberto Jefferson começou a sustentação oral relembrando que foi ele, então presidente do PRB, quem procurou o então presidente Lula quando “percebeu manobras de cooptação de parlamentares” em troca de uma mesada para votar matérias de interesse do governo. E que se dirigiu com o mesmo objetivo aos então ministros Ciro Gomes e Miro Teixeira. Ele citou como testemunhas do encontro de Jefferson com Lula o ex-ministro Valfrido dos Mares Guia, e os líderes petistas Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia e José Múcio Monteiro. E que Lula se deu por “surpreso, como se sentindo traído, o olho lacrimejando”.
JB

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Mensalão: Maioria rejeita questão de ordem, e julgamento prossegue 

Nove ministros mantêm todos os réus no foro do STF 

Marcio Thomaz Bastos, que gerou um tenso desentendimento entre os ministros Joaquim Barbosa (relator) e Ricardo Lewandowski (revisor), nove dos 11 integrantes do Supremo Tribunal Federal formaram maioria, e rejeitaram a questão de ordem proposta pelo ex-ministro de Justiça do Governo Lula — defensor de um dos 38 réus da ação pena do mensalão do PT — a fim de que a Ação Penal 470 fosse desmembrada, com o envio dos autos à Justiça de primeira instância no que diz respeito a 35 dos 38 réus do processo. Apenas três deles — os deputados João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry — gozam de foro no STF por prerrogativa de função, e seriam os únicos a serem julgados pela Corte se prevalecesse a questão de ordem levantada pelo defensor do réu Roberto Salgado (ex-diretor do Banco Rural).
Os ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ayres Britto acompanharam o voto do relator Joaquim Barbosa, e manifestaram-se contra o voto do revisor, que deferira, no início do julgamento, a questão de ordem proposta por Thomaz Bastos. Marco Aurélio foi o único que aderiu ao  voto do ministro-revisor.
A maioria formada entendeu que a questão já fora superada no decorrer do inquérito e da atual ação penal, na decisão de recursos da defesa dos réus, e que o “juízo único” é constitucional, prevalecendo em face do Pacto de San José de Costa Rica, que consagra o “duplo grau de jurisdição”. Tanto Fux como Toffoli ressaltaram que a Constituição, ao estabelecer o foro privilegiado do STF por prerrogativa de função para congressistas, “constitucionalizou” o “juízo único”.
No caso do processo do mensalão, o plenário já tinha decidido, duas vezes que a ação penal era tão intrincada, tendo em vista o esquema dividido em três “núcleos”, com a inclusão do crime de formação de quadrilha, que seria impossível seccioná-lo e encaminhar à instância comum os réus sem prerrogativa de foro especial. O ministro Gilmar Mendes chegou a afirmar que se tivesse havido o desmembramento do feito, o processo “estaria espalhado por aí, e seu destino seria a prescrição” .
Marco Aurélio manteve o seu entendimento já conhecido, na linha do ministro-revisor, no sentido de que era “absoluta” a incompetência do STF de manter no foro especial do Supremo aqueles réus — no caso da AP 470 , apenas três dos 38 — que não detêm a prerrogativa de foro privilegiado por prerrogativa de função. Mas fez um apelo para que a diiscussão fosse mantida “no plano das ideias e não no plano pessoal”, numa referência ao áspero desentendimento entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski no início da sessão, que será retomada ainda neste início de noite, com a apresentação do relatório resumido do ministro-relator.  
Início tenso
O julgamento da ação penal do mensalão do PT começou agitado logo na abertura dos trabalhos, às 14h30 desta quinta-feira, quando o advogado Marcio Thomaz Bastos — antes da leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa — levantou polêmica questão de ordem para solicitar o desmembramento do processo, com o envio dos autos à Justiça de primeira instância no que diz respeito à grande maioria dos réus, que não é formada por parlamentares. Thomaz Bastos afirmou que o ministro-relator Joaquim Barbosa havia recusado — sem pronunciamento definitivo do plenário quanto ao aspecto constitucional — questão de ordem anterior e um agravo sobre “a incompetência do Supremo de julgar réus que não têm direito a foro privilegiado por prerrogativa de função”.
Thomaz Bastos provocou indignada reação de Barbosa, sobretudo quando o seu colega Ricardo Lewandowski, revisor da ação, apoiou a questão levantada pelo ex-ministro da Justiça do governo Lula, que é advogado do réu Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural. Joaquim Barbosa acusou o ministro-revisor de “deslealdade”, já que estava fazendo a revisão do processo há mais de seis meses, e não adiantara a ele, relator, o seu ponto de vista.
Lewandowski reagiu: “Estou absolutamente à vontade para encaminhar um voto com todo o respeito no sentido contrário ao relator. Digo que estou absolutamente à vontade por que, nos últimos seis meses, examinei de forma vertical os autos. Tenho um alentado voto que posso proferir a qualquer momento. Por ocasião do recebimento da denúncia, me manifestei pelo desmembramento. Ainda ontem decidi, a pedido do Procurador-Geral da República, remeter ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) o inquérito do ex-senador Demóstenes torres, cassado pelo Senado”.
E passou a ler o longo voto que preparou sobre o assunto, propondo uma revisão do processo com  relação aos réus (a maioria), ficando no STF apenas os que têm mandato no Congresso.
A questão de ordem
 Bastos pediu a palavra, pela ordem, para dizer que, em 31 de agosto do ano passado, ao ingressar como advogado no feito, apresentou petição ao relator a fim de que levasse ao plenário questão de ordem “averbando a incompetência constitucional do STF para julgar réus que não tivessem a prerrogativa de foro”. A questão foi rejeitada, apesar dos recursos que interpôs.
Para Bastos, a matéria não foi decidida pelo plenário sob o enfoque constitucional, mas apenas “à luz da legislação infraconstitucional”. E fez a seguinte exposição: “Nunca, em nenhum momento, foi enfrentada por esta Corte, em termos constitucionais, a impossibilidade da extensão das competências a réus que não tenham o foro de prerrogativa. Todas as vezes em que isso foi discutido foi em termos de utilidade ou não. Não se venha dizer se trata de expediente para adiar o julgamento. Se a questão de ordem for concedida, o processo vai pronto para um juiz natural dar a sentença; é possível que a sentença seja dada antes do final desse julgamento plenário. O fato é que o eminente relator trocou o efeito pela causa. A causa de pedir foi a incompetência da corte para julgar quem não tivesse prerrogativa de foro. E o efeito é o desmembramento do feito. É a primeira vez que a causa é colocada aqui. Olhando a jurisprudência da Corte, examinando a jurisprudência em outros casos, vemos que oito ministros já disseram que a Constituição quer que as pessoas que não tenham foro sejam julgadas pelo juiz natural, e que seja assegurado o duplo grau de jurisdição”.
Bastos acrescentou que “o ministro Marco Aurélio tem toda razão quando diz que artigo 102, número 1, letras b e c da Carta somente pode ser entendido estritamente. Só pode ser estendido para os que não tem prerrogativa de foro por”. Ou seja, deve haver “respeito ao princípio do juiz natural”.  
Relatório
A sessão inicial do julgamento do mensalão foi reiniciada no início da noite, com a leitura, pelo ministro-relator, Joaquim Barbosa, de um resumo de cerca de 50 páginas de seu relatório de 122 folhas que já tinha sido enviado aos seus colegas e divulgado na imprensa em dezembro do ano passado. Por volta das 19h30, os três ministros que atuam também no Tribunal Superior Eleitoral — Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Dias Toffoli — deixaram o plenário, já que tinham sessão extraordinária naquela Corte.
Pouco depois, Barbosa encerrou a leitura do relatório — ao qual nada acrescentou — ficando para esta sexta-feira, a partir das 14 horas, a sustentação oral do procurador-geral da República. O ministro-revisor, Ricardo Lewandowski, aprovou o relatório do relator, sem comentários.
A sustentação de Roberto Gurgel, que deve durar cinco horas, estava prevista para esta quinta-feira, mas foi adiada em face da polêmica questão de ordem levantada, no início dos trabalhos, pelo advogado Marcio Thomaz Bastos.
O cronograma do julgamento do mensalão foi, portanto, atrasado em um dia, pois na sessão desta sexta-feira começaria a série de sustentações orais dos advogados dos réus do mensalão, a partir da defesa do réu José Dirceu, apresentado na denúncia do Ministério Público Federal como o chefe da “sofisticada organização criminosa” montada para “garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, mediante a compra de suporte político de outros partidos”. 
JB




Tucano chama atenção para mensalão

O deputado Fernando Hugo (PSDB) fez questão de subir à tribuna da Assembleia para comemorar o início do julgamento do caso mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje. Opositor ao governo do PT, o tucano acredita que o "escândalo" do mensalão "é muito maior do que se pode mensurar". Os deputados do PT rebateram o discurso de Fernando Hugo.


O deputado lembrou ainda da denúncia de um suposto "mensalão" na Câmara Municipal por meio da liberação de verbas orçamentárias FOTO: JOSÉ LEOMAR

Para o tucano, este será um julgamento histórico que "fará justiça acima de tudo", lembrando que o escândalo estourou em 2005 e agora, somente sete anos depois, é que será julgado no STF os 38 denunciados pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O procurador chegou a afirmar, em documento enviado aos ministros do STF, que o mensalão foi "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil".

"Tem uma importância histórica, social e política o julgamento do mensalão. Fico na certeza que ter-se-há uma punição devida para aqueles que criaram uma quadrilha que transitava dentro do Palácio do Planalto e que tinha como chefe maior Jose Dirceu, que trabalhava a meia parede do senhor Lula", pontuou Fernando Hugo.

Denúncia
O deputado lembrou ainda da denúncia de um "mensalão" que teria ocorrido na Câmara Municipal de Fortaleza por meio da liberação de verbas orçamentárias aos vereadores pela Prefeitura, destacando que o caso ainda não foi apurado. De acordo com o deputado Dedé Teixeira (PT), o STF ouviu mais de 600 testemunhas, além de ter averiguado mais de 300 blocos de documentos e não houve confirmação da existência do mensalão.

O petista garante não ter existido tal esquema, esclarecendo que o ocorrido foi o pagamento de dívidas eleitorais, ou um caixa dois, "despesas não contabilizadas", ou seja, diferente, segundo avalia Dedé Teixeira, de um esquema de pagamento mensais em troca de apoio.

A líder do partido na Casa, deputada Rachel Marques (PT), fez questão de defender a prefeita Luizianne Lins, afirmando ser solidária à gestora e pedindo respeito à gestora. "Não podemos aceitar esse tipo de calúnia e difamação. Exigimos respeito pela posição que ela ocupa e pelos importantes serviços que tem prestado ao povo de Fortaleza".

Ao falar do mensalão ocorrido no governo do ex-presidente Lula, para Rachel Marques, Fernando Hugo fez um julgamento político e antecipado. "Cabe aos nossos magistrados essa responsabilidade", observou, entendendo que a fala do colega tucano tem interesse eleitoral.

O deputado Antônio Carlos (PT) disse que nunca os órgãos de fiscalização tiveram tanta liberdade para fazerem seus trabalhos, situação, considera, bem diferente da época do governo tucano. Para ele, estão tentando mais uma vez imputar ao PT a "pecha" de partido corrupto. "Quero dizer que a Justiça está apurando. Vivemos numa democracia plena, não é a época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, quando tínhamos essa democracia formal que não era exercida de fato", comentou. 
O deputado lembrou ainda da denúncia de um "mensalão" que teria ocorrido na Câmara Municipal de Fortaleza por meio da liberação de verbas orçamentárias aos vereadores pela Prefeitura, destacando que o caso ainda não foi apurado. De acordo com o deputado Dedé Teixeira (PT), o STF ouviu mais de 600 testemunhas, além de ter averiguado mais de 300 blocos de documentos e não houve confirmação da existência do mensalão.

O petista garante não ter existido tal esquema, esclarecendo que o ocorrido foi o pagamento de dívidas eleitorais, ou um caixa dois, "despesas não contabilizadas", ou seja, diferente, segundo avalia Dedé Teixeira, de um esquema de pagamento mensais em troca de apoio.

A líder do partido na Casa, deputada Rachel Marques (PT), fez questão de defender a prefeita Luizianne Lins, afirmando ser solidária à gestora e pedindo respeito à gestora. "Não podemos aceitar esse tipo de calúnia e difamação. Exigimos respeito pela posição que ela ocupa e pelos importantes serviços que tem prestado ao povo de Fortaleza".

Ao falar do mensalão ocorrido no governo do ex-presidente Lula, para Rachel Marques, Fernando Hugo fez um julgamento político e antecipado. "Cabe aos nossos magistrados essa responsabilidade", observou, entendendo que a fala do colega tucano tem interesse eleitoral.

O deputado Antônio Carlos (PT) disse que nunca os órgãos de fiscalização tiveram tanta liberdade para fazerem seus trabalhos, situação, considera, bem diferente da época do governo tucano. Para ele, estão tentando mais uma vez imputar ao PT a "pecha" de partido corrupto. "Quero dizer que a Justiça está apurando. Vivemos numa democracia plena, não é a época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, quando tínhamos essa democracia formal que não era exercida de fato", comentou. 
DN

Produção industrial aumentou sem a ajuda dos incentivos fiscais do governo

Os bens de consumo duráveis tiveram o melhor desempenho  

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos e o setor de Linha Branca promovida pelo governo para estimular as indústrias ainda não influenciou na produção, apesar da alta registrada na pesquisa de Produção Industrial Mensal (PMI), divulgada nesta quarta (1) pelo IBGE.
Os bens de consumo duráveis - que incluem os veículos e os produtos da Linha Branca - tiveram o melhor desempenhoentre os quatro segmentos da indústria, com alta de 4,8% no período. O resultado foi obtido depois de duas quedas: em abril (-0,4%) e maio (-2,1%).  
Apesar dos números positivos, a redução do IPI ainda não pode ser apontada como motivo para esta elevação, acredita André Luiz Macedo, gerente de Coordenação de Indústria do IBGE. "A redução do IPI foi mais sentida nas vendas, não na produção. O que houve foi uma redução no estoque, que estava parado. É possível ver isso pelos números que mostram alta no licenciamento de veículos, por exemplo", afirmou. O aumento das vendas destes setores só será sentida nos próximos meses, com o esvaziamento dos estoques, acredita o analista. 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega
O item "Veículos Automotores", por exemplo, registrou alta de 3%, frente à queda de 3,2% do mês anterior. 
Caso o aumento das vendas destes setores continue, a produção só será sentida nos próximos meses, com o esvaziamento dos estoques, acredita o analista. 
Produção industrial cresce e interrompe ritmo de queda
Após três meses consecutivos de queda, a PMI registrou alta de 0,2% em Junho, quando comparado com o mês anterior. Apesar de apontar uma nova direção, a elevação ainda não representa uma grande mudança, já que na comparação com o mesmo mês de 2011, a queda é de 5,5%, a décima seguida e a maior desde setembro de 2009.
"O resultado é positivo, mas está longe de reverter o ritmo de queda que vem acontecendo, ainda temos que ver o comportamento da indústria nos próximos meses, pois esta é uma variação pequena. Ainda não dá para dizer que há uma tendência de crescimento”, analisou Macedo.
JB

Mensalão: PGR confia que STF decidirá com “justiça” pela “condenação de todos” 

Na véspera do início do julgamento da ação penal do mensalão do PT, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável pela acusação, afirmou confiar que “o Supremo Tribunal Federal decidirá com justiça, e a justiça, no entender do Ministério Público, é a condenação de todos (os réus)”. A afirmação foi feita no intervalo da sessão plenária desta quarta-feira do STF.
Na primeira da série de sessões do julgamento da Ação Penal 470, nesta quinta-feira, o chefe do Ministério Público vai fazer sustentação oral, logo depois da leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa. Ele calcula que vai chegar próximo às cinco horas que lhe foram destinadas para reforçar as suas alegações finais e o memorial enviado aos ministros.
Com relação a uma possível intervenção referente à suspeição do ministro Dias Toffoli — que foi advogado do PT antes de ser nomeado advogado-geral da União pelo presidente Lula e, depois, em 2009, para o STF — Roberto Gurgel admitiu que está “estudando” o assunto, cuja oportunidade para ser levantado será no início do julgamento. “Até lá eu resolvo isso. Examinarei se vou ou não vou abordar”, acrescentou.
Quanto ao paralelismo que alguns advogados da defesa dos réus tentam fazer com o caso do ex-presidente Fernando Collor — que não foi condenado pelo STF em ação penal — o procurador-geral disse: “No caso Collor, o que se entendeu é que não haveria ato de ofício, e que a falta de ato de ofício impediria que se tipificasse o delito. Neste caso (mensalão), mostramos que houve, sim, atos de ofício, que estão nas alegações finais”.