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sábado, 28 de fevereiro de 2015

OFICIAIS DA RESERVA
Militares criticam atitude de Lula e o chamam de agitador de rua

Militares da reserva do clube Militar criticaram as declarações que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez durante protesto contra a Petrobras e governo Dilma, no Rio.

As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. Os membros do clube, que são oficiais da reserva,  disseram que Lula é agitador de rua.

O ex-presidente teria reclamado dos atos contra a presidente Dilma Rousseff que acontecem em várias partes do país. Os manifestantes querem o impeachment dela.

O presidente do Clube Militar, general Gilberto Pimentel, disse que o ex-presidente foi inconsequente e não deveria incitar confronto.
MUITA GRANA
Empreiteiros queriam Joaquim Barbosa  como advogado
""É inaceitável. É um contrassenso. Carlos Sampaio (PSDB-SP) sobre passagens aéreas pagas para mulher de deputado...

A ousadia dos empreiteiros envolvidos na Operação Lava Jato chegou ao ponto de pretenderem contratar, para sua defesa, o ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Agora advogado atuante e palestrante, Barbosa, no entanto, reagiu à consulta prévia com um indignado “não!”, muito embora reconheça que quaisquer acusados têm direito pleno de defesa.
O céu era o limite
Os empreiteiros pagariam a Joaquim Barbosa o que ele pedisse, para vê-lo atuando em sua defesa, mas o ministro aposentado recusou.
Mercado aquecido
O falecido ex-ministro e criminalista Márcio Thomaz Bastou cobrou R$ 18 milhões na defesa do bicheiro Cachoeira, na operação Monte Carlo.
Reservado
Quando conversa com amigos sobre essa sondagem dos empreiteiros, Joaquim Barbosa não menciona as empresas, nem valores oferecidos.
Grife valiosa
A “grife” de Joaquim Barbosa, mais que o saber jurídico, consolidou-se na relatoria do mensalão, primeiro caso de corrupção do governo Lula.
Janot tira o sono dos enrolados na Lava Jato
Perde o sono quem recebe pedidos de reunião do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. É que ele decidiu comunicar pessoalmente a algumas autoridades que elas estão na lista de indiciados da Operação Lava Jato. “Não quero que o senhor(a) saiba pela imprensa ou por qualquer outro meio”, diz ele, ao iniciar a difícil conversa. A denúncia será enviada na próxima terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal.
Flagrante
Janot foi visto ontem saindo do Alvorada, onde Dilma mora, no banco dianteiro, ao lado do motorista. Ele jura que só foi no Palácio Jaburu.
A versão
O Jaburu é a residência do vice-presidente Michel Temer. Mas, e o que Janot foi fazer lá? “Discutir orçamento”, disse ele. Ninguém acreditou.
Inside information
O encontro-igualmente-secreto de Janot com o Ministro da Justiça terá sido para informar José Eduardo Cardozo sobre os indiciamentos.
Perdendo o encanto
A cada balanço, o BTG perde o encanto. Analistas notaram dois fatos negativos em seu balanço, ontem: retorno abaixo da concorrência e a qualidade duvidosa do crédito. Reservas contra calotes subiram 307%, para R$ 907 milhões, pela recuperação judicial da Eneva, ex-Eike.
Pepe sobe no telhado
No café da manhã de ontem com Lula, a cúpula do PMDB fez o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) subir no telhado: os caciques reclamaram muito da articulação política do governo Dilma.
Rebimboca da parafuseta
Dilma não recebe políticos e os presidente da Câmara e do Senado não recebem o ministro Pepe Vargas. Lula prometeu se empenhar na “reengenharia do funcionamento” dessa, seja lá o que isso signifique.
Esquema cancelado
O velho esquema na Câmara melou. Eduardo Cunha garantiu, ontem, que não adianta os partidos entrarem em obstrução toda quinta-feira: vai registrar falta de deputado que se mandar para o aeroporto.
Prioridade
Eduardo Cunha ouvia o chororô de um ex-deputado, batalhando por boquinha no governo Dilma, quando presidente da Câmara foi direto: sua prioridade é acomodar o ex-deputado Henrique Eduardo Alves.
“Bancada” do Rio
Políticos do Rio querem um carioca na vaga de Joaquim Barbosa. Não deveriam se preocupar: a “bancada” carioca no STF tem o presidente, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Luiz Fux e Luis Roberto Barroso.
Apêndices, não
O PSB e o PV, que adotaram independência em relação ao governo Dilma, pressionam pela saída do PSDB do bloco na Câmara. Os dois partidos temem virar apêndice do tucanato, que lidera a oposição.
Rei da Inglaterra
Empresários reclamam ao PMDB de falta de comando do ministro Edinho Araújo (Portos). Ele tem sido “atropelado” pelo secretário-executivo Guilherme Penin, que é ligado a Aloizio Mercadante (PT).
Dois pesos e duas medidas?
Após ameaçar caminhoneiros com multas de R$ 10 mil por hora de bloqueio nas estradas, o ministro da Justiça deveria informar o valor da multa a ser aplicada nos porra-loucas do MST, pela mesma razão.
 
o poder sem pudor
O lobby dos enforcados
Em 1988, uma comitiva do Ministério da Indústria e Comércio tentava com o governo Saddam Hussein quitar dívidas de US$ 2 bilhões com empresas brasileiras, entre elas a Mendes Júnior. Ressabiado, o deputado Israel Pinheiro, da extinta Arena, avisou ao ministro Roberto Cardoso Alves, o “Robertão”:
— O pessoal do Saddam que saber mais do “contrato dos enforcados”.
Pergunta daqui, pergunta dali, “Robertão” matou a charada: Saddam mandou enforcar funcionários iraquianos subornados pelos brasileiros.
Da coluna de Cláudio Humberto JB..

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

COORDENADOR DA BANCADA
José Airton conta com apoio de 15 deputados e 2 senadores e derrota Balhmann
Vitória do petista comprova insatisfação dos parlamentares cearenses com influência de Cid.
O ex-governador Cid Gomes (PROS) sofreu uma nova derrota humilhante em Brasília. O deputado federal José Airton Cirilo (PT) apresentou a lista de assinaturas com o apoio de 15 deputados federais e dois senadores (José Pimentel e Eunício Oliveira), para substituir o deputado Antonio Balhmann (PROS) na coordenação da Bancada Federal Cearense.

Balhmann foi humilhado em sua tentativa de se reeleger coordenador. Permaneceu ao seu lado apenas a bancada do PROS e o tucano Raimundo Gomes de Matos, ou seja, contou com apenas 4 dos 22 votos dos parlamentares cearenses. 


A vitória de José Airton mostra que a insatisfação com o trabalho de Balhmann à frente das articulações, principalmente ao não esboçar nenhuma reação no episódio do cancelamento das obras da Refinaria Premium II. O seu silêncio, obedecendo ordens do ministro Cid Gomes, foi decisivo para sua não recondução.


Agora, com as assinaturas, o novo coordenador da Bancada, José Airton Cirilo, pretende agendar audiência com o governador Camilo Santana (PT). O objetivo é mostrar que durante seu mandato irá privilegiar a luta pelos direitos do Ceará em Brasília, sem a subserviência que marcou a gestão de Antonio Balhmann. 

Com Cearanews7..
ARRANCA RABO DIPLOMÁTICO

Quanto pode custar ao Brasil a tensão com a Indonésia?

  • Snowing in Bali/Kathryn Bonella
Brasil e Indonésia estão em rusga diplomática por execução de brasileiros condenados por tráfico de drogas

As discussões sobre a possível execução de um segundo brasileiro na Indonésia criaram um impasse diplomático entre Brasília e Jacarta que pode ter repercussões econômicas para a relação bilateral.

Entre as consequências estaria uma possível reavaliação, por parte do governo indonésio, da compra de 16 aviões de combate EMB-314 Super Tucano, da Embraer, segundo o jornal Jakarta Post.
Mas o que mais está em jogo nas relações entre os dois países?

De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o comércio bilateral chegou a pouco mais de US$ 4 bilhões em 2014 (US$ 2,2 bilhões em exportações e US$ 1,8 bilhão em importações).

O valor é mais que o quíntuplo dos US$ 750 milhões de dez anos antes mas, apesar do avanço, representa menos de 1% de todo o fluxo comercial do Brasil - a soma de importações e exportações -, que chegou a US$ 454,1 bilhões em 2014.

A pauta entre os dois países é dominada por produtos básicos. Os principais produtos exportados pelo Brasil são açúcares de cana, milho em grão, bagaços e outros resíduos sólidos.

Entre as importações, estão óleos de dendê, caixas de marchas, fio de fibras artificiais e borracha.

Rusga diplomática

A tensão colocou as relações bilaterais em banho-maria. A Indonésia planeja executar 11 condenados, inclusive o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.

Gularte está na lista de prisioneiros a serem executados em breve. As execuções previstas para fevereiro foram adiadas e nenhuma nova data foi anunciada.

A presidente Dilma Rousseff recusou temporariamente na semana passada as credenciais do novo embaixador indonésio no país, Toto Riyanto, dizendo que a entrega dos papéis diplomáticos será adiada até que tenha "clareza sobre as relações com a Indonésia".

Em resposta, a Indonésia convocou de volta seu representante no Brasil. O governo brasileiro já havia convocado seu embaixador na Indonésia após a execução do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, em janeiro.

A família tenta que Gularte seja transferido para um hospital psiquiátrico após um diagnóstico de esquizofrenia.

Cidadãos de França e Austrália estão entre os condenados a serem mortos - e governos destes países também têm pressionado a Indonésia para que cancele as execuções, que são por fuzilamento.
No campo diplomático, tanto Brasil quanto Indonésia integram a Organização Mundial de Comércio (OMC), o Fórum de Cooperação Leste da Ásia-América Latina e o G20 das maiores economias.
Com Folha de SP..

PODE CAIR

10 MOTIVOS QUE PODEM DERRUBAR DILMA, SEGUNDO O FINANCIAL TIMES

PETROBRAS, ÁGUA E INFLAÇÃO ESTÃO NA LISTA

Dilma Rousseff (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)
O blog Beyond Brics, do jornal Financial Times, publicou nesta quarta-feira (25/02) uma lista com 10 motivos que podem motivar a saída da presidente Dilma Rousseff do cargo. Nas redes sociais, foram criados vários eventos que pedem o impeachment de Dilma, mas por enquanto não há nada concreto sobre essa possibilidade. 
"Há tanta coisa dando errado no Brasil que é difícil acompanhar. Por anos, críticos acusaram o governo de incompetência. Agora, suas ações parecem catastróficas — tanto que há boas razões para acreditar que a presidente Dilma Rousseff, que iniciou seu segundo mandato em 1º de janeiro, pode não durar muito", diz o texto do FT. Confira as 10 razões que ele apresenta como ameaças para o seu mandato:
1. Política
A falta de apoio no Congresso é apontada como decisiva para um possível impeachment. Nas últimas eleições, a coalizão do governo ficou mais pulverizada e difícil de controlar. Além disso, grupos do próprio Partido dos Trabalhadores não estão contentes com Dilma. O jornal também aponta que a presidente apareceu poucas vezes publicamente desde que venceu as eleições.
2. Petrobras
O desdobramento mais recente dos problemas que a estatal brasileira vem enfrentando após as denúncias de corrupção é a perda de seu grau de investimento, segundo classificação da agência Moody's. A Petrobras ainda não divulgou o balanço auditado do terceiro trimestre do ano passado, o que complica a situação da empresa para os avaliadores. Caso haja algum movimento político em direção ao impeachment, diz o FT, a Petrobras seria apontada como o pecado de Dilma, já que ela é a presidente no poder no momento da Operação Lava Jato.
3. Confiança do consumidor
índice divulgado pela FGV atingiu o menor patamar desde 2005.
4. Inflação
O jornal fala que boa parte da população brasileira viveu a época da hiperinflação e que algumas pessoas temem que o governo abandone a meta da inflação, de 4,5%. Esta semana o IPCA-15 mostrou que a inflação nos últimos doze meses acumula 7,36%.
5. Desemprego
Segundo o FT, os brasileiros até estariam dispostos a tolerar uma inflação mais alta e crescimento mais baixo se sentissem que seus empregos estivessem seguros. Mas o texto fala que há sinais de alta do desemprego, o que é um grande desafio para a popularidade da presidente.
6. Confiança dos investidores
O blog cita uma matéria do jornal Valor Econômico sobre a venda de títulos de curto prazo do governo como exemplo de que os investidores estão preocupados com a capacidade do país de atingir suas metas em relação ao Orçamento. 
7. Orçamento
O déficit primário do ano passado não foi um bom sinal. "No ano passado, o Brasil entregou seu primeiro déficit primário em mais de uma década, levando o país de volta aos dias obscuros que antecederam a implementação da disciplina fiscal".
8. Economia
Apesar da nomeação de Joaquim Levy para a Fazenda ter sido positiva, para alguns está difícil acreditar que ele conseguirá cumprir a tarefa que tem pela frente de reverter a fraca economia, segundo o FT. Um dos motivos apontados é o fato de Levy parecer uma figura solitária no governo.
9. Água
"A sensação do apocalipse chegando ao Brasil é sublinhada pela falta de água atingindo a cidade de São Paulo", diz o texto, explicando a situação que os paulistanos estão vivendo por conta da queda do nível do sistema Cantareira. "Mas a causa não é só a falta de chuva. Estima-se que um terço da água da Sabesp seja perdida com vazamentos. Má gestão e dificuldade de investir também são culpados". Apesar de o Financial Times não citar, vale lembrar que a Sabesp é um órgão do estado de São Paulo. 
10. Eletricidade
O FT lembra que Fernando Henrique Cardoso perdeu muita popularidade após o apagão no início da década passada. Apesar de não estar em vigor o racionamento de energia no Brasil, o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo
NUMA PIOR

BRASIL ESTÁ EM ATOLEIRO, DIZ ECONOMIST EM MANCHETE DE CAPA

PARA A REVISTA, "A ECONOMIA DO BRASIL ESTÁ EM UMA BAGUNÇA, COM PROBLEMAS MUITO MAIORES DO QUE O GOVERNO ADMITE OU INVESTIDORES PARECEM PERCEBER"

Nova edição da Economist destaca o Brasil na capa (Foto: Reprodução/Facebook)

A revista The Economist traz novamente esta semana uma capa sobre o Brasil. Na edição latino-americana que chega às bancas, uma passista de escola de samba está em um pântano coberta de gosma verde com o título "O atoleiro do Brasil". Em editorial, a revista diz que a primeira estrela da América Latina "está na maior bagunça desde o começo dos anos 1990".
O país já tinha sido capa da revista em 2009, com a imagem do Cristo Redentor decolando. Quatro anos depois, o mesmoCristo aparecia em queda livre. No ano passado, a Economist defendeu a eleição de Aécio Neves
A capa da edição da Economist para o restante do mundo não tem o país como tema principal e dá destaque a outro assunto: o avanço dos telefones celulares.
A Economist diz em editorial que, durante a campanha à reeleição, Dilma Rousseff descreveu a situação do país como positiva, afirmando que o pleno emprego, o aumento dos salários e benefícios sociais estavam ameaçados apenas pelos planos neoliberais de seus opositores. "Após dois meses no cargo, os brasileiros estão percebendo que o que lhes foi vendido era um falso prospecto", diz a revista.
O texto diz que "a economia do Brasil está numa bagunça, com problemas bem maiores do que o governo admite ou que os investidores parecem perceber". Entre os problemas estão a economia estagnada, a inflação, a diminuição dos investimentos, o escândalo de corrupção da Petrobras que teve como efeito colateral a paralisação de empreiteiras, e a desvalorização do real. A revista também cita a queda de popularidade da presidente.
"Escapar desse atoleiro seria difícil mesmo para uma grande liderança política. Dilma, no entanto, é fraca. Ela ganhou a eleição por pequena margem e sua base política está se desintegrando", diz a revista.
A Economist afirma que boa parte dos problemas brasileiros foram gerados pelo próprio governo que adotou uma estratégia de "capitalismo de Estado" no primeiro mandato. Isso gerou fracos resultados nas contas públicas e minou a política industrial e a competitividade, diz o editorial.
Por outro lado, a publicação parece ter gostado da nomeação de Levy para a Fazenda. "Para dar o devido crédito, a sra. Rousseff pelo menos reconheceu que o Brasil precisa de políticas mais favoráveis aos negócios se quiser manter seu grau de investimento e voltar a crescer. Esse entendimento é personificado pelo novo ministro da Fazenda,Joaquim Levy, um economista de Chicago e banqueiro e um um dos poucos economistas liberais do país".
As reformas anunciadas por Levy, porém, enfrentam o risco de serem anuladas por uma recessão ou menor arrecadação. É o maior teste que o país enfrentam desde os anos 1990, afirma a Economist. "Se o Brasil tiver uma repetição dos protestos de 2013 contra a corrupção e serviços precários, a sra. Rousseff pode estar fadada ao fracasso".
Entre as medidas para que o Brasil retome o caminho do crescimento sustentado, a revista diz que "pode ser muito esperar uma reforma das arcaicas leis trabalhistas". "Mas ela deve pelo menos tentar simplificar os impostos e reduzir a burocracia sem sentido", diz o texto, ao citar que há sinais de que o Brasil pode se abrir mais ao comércio exterior.
O texto termina com a lembrança de que o Brasil não é o único dos BRICS que enfrenta problemas. "Mesmo com todos os seus problemas, o Brasil não está em uma confusão tão grande como a Rússia. O Brasil tem um grande e diversificado setor privado e instituições democráticas robustas. Mas seus problemas podem ir mais fundo do que muitos imaginam. O tempo para reagir é agora".

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

SITUAÇÃO CRÍTICA
Hospital Regional do Sertão Central não tem como funcionar por falta d'água
O Açude Fogareiro, em Quixeramobim, é o reservatório que abastece toda a população na sede daquele município. Com o período de estiagem prolongado, o nível desceu abaixo de 2% da sua capacidade, e a água que resta já não é de boa qualidade. As previsões são de que o volume atual deverá garantir o abastecimento só até o início do mês de maio deste ano. De fato, por causa da situação extremamente crítica, um sistema de racionamento já foi imposto à população e a prefeitura decretou situação de emergência.

Por causa da seca, o Hospital Regional do Sertão Central nem sequer tem data para começar a funcionar. Construído para oferecer atendimentos de alta complexidade a pacientes vindos de vinte municípios da região, a unidade deveria ter sido entregue em novembro de 2013.

O atraso na conclusão do equipamento elevou os custos da obra para R$ 87 milhões, o que significa R$ 20 milhões a mais que o previsto no orçamento inicial, que era de pouco mais de R$ 67 milhões. Sem água, no entanto, simplesmente não é possível colocá-lo para funcionar.

Uma das soluções estudadas para resolver a demanda é a construção de uma adutora entre os municípios de Banabuiú e Quixeramobim. Orçada em R$ 28 milhões, a obra também não tem data para sair do papel. Segundo o prefeito Cirilo Pimenta, a construção da adutora depende de recursos federais para começar, mas ele defende que o Estado utilize recursos próprios para evitar que milhares de pessoas enfrentem o colapso total no abastecimento, e sugere a utilização dos recursos do FECOP, o Fundo Estadual de Combate à Pobreza, para subsidiar a construção de adutoras emergenciais.
Enquanto os políticos não agilizam uma solução para o problema, a população permanece sem água nas torneiras, e o Hospital Regional de portas fechadas.

* Com informações do MonólitosPost.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

PSDB DE CARA NOVA
Raimundo Gomes de Matos deverá assumir comando estadual do PSDB no Ceará

Dando sequência à sua política de renovação de seus quadros, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), articula a ascensão do deputado federal Raimundo Gomes de Matos à presidência da agremiação tucana no estado do Ceará. Entre filiados e demais membros do partido a expectativa é que Raimundo Matos traga "novo ânimo" e seja o responsável pela volta do crescimento do tucanato no estado.
Matos já responde pela vice-presidência tucana no estado e é o único deputado federal do partido pelo estado do Ceará.
Também em fase de mudança, o diretório municipal do partido em Fortaleza, já que Tomás Figueredo Filho, entregará o cargo de presidente, o nome mais propalado nas hostes tucanas é do médico e suplente de senador Fernando Façanha.

Em contato com a assessoria de imprensa de Raimundo Matos, a equipe do BlogdoKTSantos, apurou que Matos nem confirma e nem desmente a possibilidade de vir assumir a direção dos tucanos no estado.
OBRA POLÊMICA
Deputado sugere "passar trator" na obra do Acquário cearense
Heitor Férrer fez pronunciamento contra a sequência da obra
Heitor Férrer disse que o Estado já gastou R$ 150 milhões, e mais R$ 450 mi seriam gastos. FOTO: JOSE LEOMARHeitor Férrer disse que o Estado já gastou R$ 150 milhões, e mais R$ 450 mi seriam gastos. FOTO: JOSE LEOMAR
Odeputado Heitor Férrer (PDT), em seu pronunciamento, na manhã desta terça-feira, voltou a condenar a construção do Acquário Ceará pela gestão do governador Camilo Santana. Segundo informou, o equipamento já consumiu R$ 125 milhões, e ainda serão gastos R$ 450 milhões, fora os empregos que serão gerados para funcionários de uma empresa americana.
“Se o Governo de Camilo Santana continuar com a mesma insanidade do Governo Cid Gomes, nós vamos pagar a mais 150 milhões de dólares”,criticou o pedetista. Segundo ele, Santana “continua com o mesmo capricho” do ex-governador, que chegou a prometer discutir com a sociedade a construção do equipamento.
O parlamentar disse também que o ideal a fazer seria “passar um trator” na obra, visto que, em sua opinião, não existe necessidade para a obra. “Nós vamos ter um equipamento em um País de terceiro mundo, onde mergulhadores descerão com peixe para botar na boquinha de outros peixinhos importados”.
“O Acquário é uma tragédia que não pode ser contemplada. Não podemos bancar uma obra de R$ 500 milhões. Desista disso!”, solicitou o pedetista. O deputado Roberto Mesquita (PV) também criticou a realização da obra, mas disse que sobre a construção ou não da obra já é um assunto que foi ultrapassado, uma vez que a construção da obra já está em andamento, mas defendeu que o empreendimento não deveria ser prioritário para a gestão.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CPMI do Petrolão

Sob pressão do presidente do PSB, Carlos Siqueira, os seis senadores socialistas deverão apoiar, por unanimidade, a criação de CPMI para investigar esquema de corrupção na Petrobras. A decisão do PSB, que será oficializada em reunião amanhã, viabilizará a criação da comissão, cujo requerimento - articulado pelo líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) - já tem 24 assinaturas das 27 necessárias. 

Numa paulada só

Além da CPMI da Petrobras, o líder do PSB, João Capiberibe (AP), deve levar para a bancada a discussão de apoiar a CPMI do BNDES.  

Caixa-preta

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) diz que só faltam os votos do PSB para criar CPI que investigará a caixa-preta do BNDES.

Joaquim quem?

Empossado há dois meses, Joaquim Levy ainda não foi listado pela CGU, no Portal de Transparência, como ministro da Fazenda.

Ninguém merece

O efetivo da Polícia Civil do Distrito Federal é menor que há 22 anos, quando a havia 1 milhão de habitantes. Hoje, são quase 3 milhões. 

Sem explosões

A explosão de caixas eletrônicos, cada vez mais comum no País, e particularmente grave em São Paulo, não é sequer um problema para a polícia do Rio de Janeiro. A Febraban, federação dos bancos, trabalha com a informação de inteligência segundo a qual os bandidos não explodem caixas no Rio porque são impedidos pelos chefes do tráfico de drogas, e não pela ação das forças de segurança pública do Estado.

História

No Rio, são conhecidos acordos “históricos” entre governos e traficantes estabelecendo áreas de “atuação” desses bandidos.

Pacotão

Em São Paulo, o pacote de medidas contra explosão de caixas inclui a inutilização de cédulas, por incineração ou tinta, e emissão de fumaça.

Proibição inútil

A Febraban pretende que a fabricação de dinamite seja proibida. Bobagem: o Brasil também não fabrica os fuzis usados pelos bandidos.

Maldade

Nos corredores do Palácio do Planalto chamam maldosamente de “PCC” o trio que representa o poder em ascensão no PMDB: (Luiz Fernando, o governador) Pezão, (Eduardo) Cunha e (Sérgio) Cabral. 

Royalties na pauta

O PMDB do Rio tenta influenciar na escolha do substituto de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. É que os ministros do STF vão julgar ainda este ano a redefinição dos royalties do petróleo.

Colapso nervoso

O PT prevê reunião difícil de sua Executiva, quinta (26), dia em que a CPI da Petrobras será instalada. Os petistas andam nervosos desde a revelação de que empreiteiros envolvidos no roubo à Petrobras pediram interferência de Lula para assegurar impunidade para eles.  

Discussão inútil

O PT quer discutir na reunião de sua executiva, dia 26, o fato de o seu tesoureiro João Vaccari ter sido levado coercitivamente para depor na PF. Tolice. A verdade é que saiu barato para Vacari: ele não foi preso, não foi algemado, nem andou na parte de trás de um camburão.

Governo trapalhão

O insulto de Dilma à Indonésia complica a situação do traficante que está no corredor da morte, e também atrapalha o diplomata Rubem Barbosa, indicado para assumir a embaixada do Brasil em Jacarta. 

Palpites caros

Só um funcionário que produz “análise de comunicação” recebeu da estatal EBC exatos R$ 53.487,60 em dezembro de 2014. E não é o único nessa tarefa extenuante. São os palpites mais caros do mundo.

Ônus da prova

Para o ministro Oreste Dalazen, do TST, não é violação ilegal do sigilo bancário monitorar contas de empregados de instituição financeira. O ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous reagiu: “A decisão expressa os tempos que vivemos: todos são criminosos até prova em contrário”.

Consolação 

O PDT se reúne amanhã para acomodar deputados que ficaram de fora da CPI da Petrobras. Foram escolhidos Félix Mendonça (BA) como membro titular e Weverton Rocha (MA) como suplente. 

Foi o mordomo

Braço sindical do PT, a CUT protestará em março, “em defesa da Petrobras”, contra a oposição e, claro, a imprensa que denuncia falcatruas petistas.
Jornalista Cláudio Humberto..

sábado, 21 de fevereiro de 2015

DITADURA CUBANA

Pablo Milanés: "A abertura cubana é uma maquiagem"

17.set.2010 - O cantor e compositor cubano Pablo Milanés posa para foto no saguão do Hotel Olinda, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ)
O fundador da Nueva Trova fala de seus anos nos campos de trabalho forçado
  • Roberto Price/Folhapress
    17.set.2010 - O cantor e compositor cubano Pablo Milanés posa para foto no saguão do Hotel Olinda, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ)
Nesta entrevista concedida a "El País", metade por via telefônica e metade de forma presencial, Pablo Milanés (nascido em Bayamo, Cuba, em 1943) fala em profundidade sobre os anos que passou nas Umap, os campos de trabalho tristemente famosos, onde nos anos 1960 foram recolhidos homossexuais, religiosos e todos os que em Cuba não se adequavam aos "parâmetros revolucionários".
Sobre o anúncio do restabelecimento de relações entre Cuba e os EUA, o cantor e compositor diz não ver uma verdadeira disposição a "ceder" em nenhuma das duas partes e considera "uma maquiagem" as reformas realizadas até agora em seu país. No entanto, continua se sentindo revolucionário e dá como exemplo a seguir o ex-presidente uruguaio José Mujica.
Nesta semana começará um giro pela Espanha para apresentar "Renacimiento", trabalho que chega sete anos depois de seu último álbum e no qual Milanés resgata ritmos tradicionais de Cuba, como o guaguancó, o son ou o changüí, pouco habituais em seu repertório.
No ano passado o artista se submeteu na Espanha a um transplante de rim, doado por sua esposa, Nancy, e agora parece rejuvenescido. Acaba de terminar um disco com José María Vitier e trabalha em dois novos projetos, um deles com sua filha Haydee.
El País: No recente Festival de Cinema de Havana houve uma homenagem a [Gabriel García] García Márquez [escritor colombiano]. Lá o senhor cantou "Días de Gloria" (1999), uma das canções que o escritor mais apreciava e que em sua última estrofe lamenta: "O que é que me resta daquela manhã, desses doces anos, se em ira e desengano deixamos partir os dias de glória?" [tradução livre]. Era uma decepção compartilhada? Por que tanta gente arrependida?
Pablo Milanés: Nunca falei com Gabo sobre por que ele gostava dessa canção, mas a escutou, gostou e a elogiou muito... deve tê-la compreendido perfeitamente. Arrependido não é exatamente a palavra. Estou mais frustrado, e creio que os que pensam como eu também, por dirigentes que prometeram um amanhã melhor, com felicidade, liberdade e uma prosperidade que nunca chegou em 50 anos.
El País: Por que "Renacimiento"?
Milanés: Esse trabalho se chamou assim por dois motivos: porque é um renascer em minha obra, depois de vários anos sem publicar um disco, e porque a base fundamental de quase todos os temas é a música renascentista e barroca, essencial em minha obra.
A partir desses pilares, exploro diversos gêneros cubanos menos conhecidos e inclusive alguns mais esquecidos, como o changüí, que é uma variante específica do leste cubano e com raízes mais profundas na Europa e na África. Em muitos dos temas se combinam dois estilos musicais, transitando de uma primeira parte clássica para um gênero mais contemporâneo ou essencialmente cubano na segunda parte da composição.
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Cuba e EUA retomam relações diplomáticas; veja fotos da ilha durante isolamento85 fotos

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17.dez.2014 - O dia 17 de dezembro de 2014 ficará marcado na história como o recomeço das relações diplomáticas entre EUA e Cuba. Nesta quarta-feira (17), Barack Obama, nos EUA, e Raúl Castro, em Cuba, anunciaram a retomada do diálogo entre os dois países, após 53 anos do isolamento imposto à ilha. Os anúncios dos dois presidentes foram feitos ao mesmo tempo, cada um em seu respectivo país. As fotos a seguir mostram Cuba em anos recentes, antes de os moradores testemunharem esse dia histórico. Leia mais Mandel Ngan/AFP, Alejandro Ernesto/Efe, Alejando Ernesto/AFP e Doug Mills/Reuters
El País: Nas letras também há cargas de profundidade. Em "Canto a La Habana" o senhor diz: "Havana sempre é minha guia, limpa e bonita como foi ontem, seca e esgotada como está hoje".
Milanés: Havana é uma das cidades mais mágicas do mundo, mesmo quando está caindo. É uma canção de elogio, mas ao mesmo tempo contém a tristeza pelo fato de como a deixaram cair na "miséria e solidão", como digo na canção.
El País: Em "Dulces Recuerdos" se recria o dia em que o Partido Comunista da Espanha foi legalizado. "A recordação não empana sua beleza dessa noite, mas o tempo se encarregou de matar outros anseios e me leva até Paris 68, quando juntos contemplamos um cartaz que dizia: 'Marx morreu, Deus não existe'..." Vale também para Cuba?
Milanés: Naquele dia eu estava em Madri e senti a euforia daquela quantidade de gente que corria para a Cibeles para comemorar. Eu também comemorei até de madrugada. Por mais universalidade que tenham minhas canções, é raro que não incluam Cuba, e naturalmente Cuba também está aí e faz parte do fracasso do socialismo real, de que falo nesse tema.
El País: Recentemente o senhor recebeu um transplante de rim, que foi doado por sua esposa, Nancy. Como isso mudou sua vida?
Milanés: Sinto-me extraordinariamente bem, faço exames mensais desde o transplante e todos os parâmetros estão perto da perfeição. Naturalmente, isso mudou minha vida e implica o sacrifício de uma mudança de costumes radical.
El País: Esse ato de amor de Nancy...
Milanés: Efetivamente foi um ato de amor incomensurável. Quando Nancy decidiu me doar seu rim, o expressou diante de meus filhos, meus amigos e os que me queriam bem, com uma convicção que não teve censuras por parte de ninguém; demonstrou a todos que esse ato de amor era intocável.
El País: Como o senhor avalia o anúncio do restabelecimento de relações entre Cuba e EUA?
Milanés: Em primeiro lugar, me encheu de regozijo o regresso dos presos cubanos, porque aqui sempre existiu a convicção de que o julgamento nos EUA foi arranjado. Depois vem o restabelecimento das relações, que para os cubanos do interior e do exterior sem dúvida é conveniente, pela unificação definitiva de muitas famílias.
Agora, depois de 18 meses de conversações secretas, onde se supõe que chegaram a acordos, as declarações dos governos de ambos os países me deixam desconcertado. Cuba não cederá uma vírgula em sua posição e os EUA penetrarão em todos os âmbitos que puderem para o suposto desenvolvimento da nação cubana. Continuam em xeque.
A que acordos chegarão os dois, se agora se contradizem? Essa é a minha dúvida: que nenhum ceda e que mais uma vez o povo cubano continue em sua agonia sem saída, como está há 50 anos.
El País: As medidas de abertura em Cuba tiveram efeitos positivos, ou só aumentaram as desigualdades?
Milanés: Nem uma coisa nem outra. Eu sempre disse que estas aparentes aberturas foram uma simples maquiagem. É preciso ir ao fundo, ao povo comum, para ver que nada mudou.
El País: Em entrevistas recentes, o senhor se referiu à sua passagem pelos "campos stalinistas" da Umap e como esse fato interrompeu sua carreira. Até agora nunca se aprofundou no que aconteceu. Pode contá-lo hoje...
Milanés: Nunca me perguntaram tão diretamente sobre as Umap (ironicamente, Unidades Militares de Ajuda à Produção). A imprensa cubana não se atreve e a estrangeira desconhece a nefasta transcendência que teve aquela medida repressora, de corte puramente stalinista.
Ali estivemos entre 1965 e o final de 1967, mais de 40 mil pessoas em campos de concentração isolados na província de Camagüey, com trabalhos forçados desde as 5 da madrugada até o anoitecer, sem nenhuma justificativa nem explicações, e muito menos o perdão que estou esperando que o governo cubano peça. Eu tinha 23 anos, fugi de meu acampamento - seguiram-me outros 280 companheiros presos de meu território - e fui a Havana denunciar a injustiça que estavam cometendo.
O resultado foi que me enviaram preso durante dois meses à fortaleza de La Cabaña, e depois estive em um acampamento de castigo pior que as Umap, onde permaneci até que foram dissolvidas pelo escândalo que causaram diante da opinião internacional.
MUDANÇA EM SECRETARIA
Cai primeiro secretário do governo Camilo Santana
Durand deixa o governo

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No dia 18 de janeiro último, matéria do Diário do Nordeste já adiantava a crise entre o ex-secretário do Esporte e o governador Camilo Santana
O deputado estadual eleito David Durand (PRB) deixou ontem o cargo de secretário estadual do Esporte por descontentamento com o fato de o Governo do Estado não lhe ter dado liberdade para nomear todos os cargos da Pasta para atendimento de seus correligionários. Em nota, o Governo do Estado declarou que o secretário adjunto, Carlo Ferrentini, assume interinamente.
No início da tarde de ontem, o deputado foi ao gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque, e oficializou a volta ao Legislativo. Fernando Hugo, o suplente, foi imediatamente informado.
Conforme o Diário do Nordeste adiantou na edição de 18 de janeiro, David Durand mostrava-se insatisfeito com a pouca autonomia que teria na Pasta, inclusive para nomeação de pessoal. À época, dirigentes do PRB foram a público desmentir a informação e hoje estão calados, embora tenha sido publicada nota, ontem, sem assinatura, confirmando o que havia sido relatado.
O deputado não deixou a secretaria, naquela oportunidade, em razão de uma conversa com o deputado federal e principal liderança da sua agremiação, Ronaldo Martins, com o governador, intermediada por aliados de Camilo Santana.
Posse
Em seguida, no início de fevereiro, mais um indício de estremecimento na relação de David Durand e o governador Camilo Santana. Para serem empossados deputados, no dia 1º de fevereiro, todos os secretários que foram eleitos deputados estaduais foram exonerados do cargo de secretário e, posteriormente, retornaram aos respectivos cargos somente Ivo Gomes (PROS) e Osmar Baquit (PSD).
Os dois são secretários, respectivamente, de Cidades e Pesca. No dia 3 de fevereiro, dois dias após a posse dos deputados, Durand ainda não havia pedido licença ao Legislativo para retornar ao cargo de secretário, como necessário, e continuava deputado, conforme noticiou o blog de Política do Diário do Nordeste.
A situação irritou o presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque, e chegou a gerar constrangimento ao suplente de deputado estadual Fernando Hugo, que foi à Assembleia Legislativa para ser empossado na cadeira que seria deixada pelo deputado e não pôde tomar posse porque Durand ainda permanecia no cargo de deputado.
Tomaram posse, naquela oportunidade, os suplentes Leonardo Pinheiro e Professor Teodoro, ambos do PSD, substituindo Ivo Gomes e Osmar Baquit. Só no dia seguinte, depois de o governador não ceder à pressão por cargos de Durand, ele voltou para o secretariado estadual.
Barganha de cargos
Ele chegou a querer conversar com o suplente Fernando Hugo para tratar dos cargos do mandato parlamentar. Foi marcado um encontro às 8 horas no gabinete de Hugo, mas a interferência de colegas, entre eles Tin Gomes, advertido do escândalo que seria feito se Durand fosse barganhar cargos, motivou o cancelamento da reunião e Hugo tomou posse sem restrição. Agora, com a volta de Durand à Assembleia, Fernando Hugo perde o lugar.
O retorno do ex-secretário para a Assembleia Legislativa cria uma dificuldade política para o governador Camilo Santana, pois a suplente Rachel Marques (PT) perde a vaga na Casa que iria ocupar com a saída da deputada Mirian Sobreira (PROS) para assumir a futura Secretaria das Drogas, que está sendo criada na Reforma Administrativa.
Se o governador não convidar outro deputado para assumir a secretaria do Esporte, com a licença de Mirian Sobreira, quem assumirá a vaga será o suplente Fernando Hugo, o terceiro da coligação na relação dos mais votados que não conseguiram se eleger. Rachel vem logo depois dele em razão de Dedé Teixeira (PT), outro suplente, já estar no secretariado de Camilo Santana.
Com informações do jornal Diário do Nordeste..