O ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula, Roberto Amaral, foi destituído na tarde desta segunda-feira da presidência nacional do PSB, sendo substituído pelo primeiro-secretário da sigla, Carlos Siqueira. Contrário ao apoio a Aécio Neves, Amaral deu declarações públicas contra a cúpula partidária chegando a desagradar o núcleo duro do partido sediado em Pernambuco.
Siqueira protagonizou com a candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, um desentendimento público, criando a primeira crise na campanha da ex-senadora que substituiu Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo. Segundo aliados, ele se reconciliou com ela na semana passada.
A decisão pró Aécio foi tomada pela Executiva da sigla na última quinta-feira (16) por 21 votos a 7. A troca de comando foi tomada por aclamação em reunião realizada no Hotel Nacional, na região central de Brasília. Amaral não compareceu. A ex-prefeita Luiza Erundina, outra das
Amaral pretendia permanecer no comando da legenda, mas perdeu poder após ser derrotado na definição sobre qual rumo a sigla deveria tomar no segundo turno. Próximo ao PT, ele defendia a neutralidade.
Entre os que lideraram o apoio a Aécio estão o vice-governador eleito de São Paulo, Márcio França, o então vice de Marina, Beto Albuquerque (RS), e a seção pernambucana da sigla. Assumirá a primeira-vice presidência o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, cuja candidatura no Estado foi escolha pessoal de Campos.
A permanência de Marina no PSB segue indefinida. Muito possivelmente ela deverá deixar a sigla quando conseguir montar o seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade.
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