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quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Mensalão: PGR confia que STF decidirá com “justiça” pela “condenação de todos” 

Na véspera do início do julgamento da ação penal do mensalão do PT, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável pela acusação, afirmou confiar que “o Supremo Tribunal Federal decidirá com justiça, e a justiça, no entender do Ministério Público, é a condenação de todos (os réus)”. A afirmação foi feita no intervalo da sessão plenária desta quarta-feira do STF.
Na primeira da série de sessões do julgamento da Ação Penal 470, nesta quinta-feira, o chefe do Ministério Público vai fazer sustentação oral, logo depois da leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa. Ele calcula que vai chegar próximo às cinco horas que lhe foram destinadas para reforçar as suas alegações finais e o memorial enviado aos ministros.
Com relação a uma possível intervenção referente à suspeição do ministro Dias Toffoli — que foi advogado do PT antes de ser nomeado advogado-geral da União pelo presidente Lula e, depois, em 2009, para o STF — Roberto Gurgel admitiu que está “estudando” o assunto, cuja oportunidade para ser levantado será no início do julgamento. “Até lá eu resolvo isso. Examinarei se vou ou não vou abordar”, acrescentou.
Quanto ao paralelismo que alguns advogados da defesa dos réus tentam fazer com o caso do ex-presidente Fernando Collor — que não foi condenado pelo STF em ação penal — o procurador-geral disse: “No caso Collor, o que se entendeu é que não haveria ato de ofício, e que a falta de ato de ofício impediria que se tipificasse o delito. Neste caso (mensalão), mostramos que houve, sim, atos de ofício, que estão nas alegações finais”.  

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