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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O difícil milagre.

• A presença de Lia Ferreira Gomes na campanha sucessória de Caucaia é uma tentativa desesperada para salvar de uma derrota humilhante o prefeito Washington Góes. Lia é um simbolismo familiar que não espelha o envolvimento pessoal do irmão governador. Cid Gomes mantém um pacto com o senador Eunício Oliveira para não participar de nenhuma campanha onde os seus partidos estejam 
disputando. Em Caucaia, a peemedebista Inês Arruda emerge sob os escombros de uma administração que mostrou-se relapsa, incompetente e sem futuro. Washington teve todas as oportunidades elegendo-se prefeito da cidade, que detém o maior fluxo de investimentos do governo federal no Ceará, mas não soube construir uma plataforma capaz de fazê-lo respeitado para se impor como o construtor da nova era. Substituiu uma Inês morta para ressuscitá-la provavelmente a sua saída. A participação da irmã do governador, nas eleições de Caucaia, não significa o empenho do governo em apoiar a nulidade da atual administração. Desde a sua posse, o município fez a marcha do caranguejo. Na verdade, Lia representa o interesse do publicitário Eynard Jácome, seu esposo, que detém a conta de publicidade da prefeitura numa relação que terminou por comprometê-lo face à ausência de um bom projeto de mídia e o que assistimos, hoje, é uma campanha de resistência esboçada no apagar das luzes do consulado do dr. Washington. Não se deve menosprezar a presença da médica Lia nos palanques. Tanto quanto os irmãos, ela é dotada do mesmo espírito que tem conferido a família lugar de destaque em qualquer movimentação política. Mas será difícil a ela explicar ao povo, por que o dr. Washington Góes esqueceu os seus compromissos para a fixação dos objetivos e reformas prometidos na campanha de 2008. Caucaia continua no mesmo buraco, uma cidade suja, sem evoluir nos conceitos Saúde e Educação, apesar de estar em
segundo lugar como fonte arrecadadora de recursos estaduais e, em primeiro, na escalada de dotações do governo federal. Se a sorte do seu gestor não revelou-se eficiente para resgatar a sua significação econômica e política no conselho estadual durante quatro anos, dificilmente o milagre da salvação poderá acontecer no apagar das luzes.

O Estado, coluna do Fernando Maia, 28/08/2012.

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