Suplentes têm atuação tímida na Assembleia
A maioria dos suplentes que substituíram deputados titulares não conseguiu visibilidade no Poder Legislativo
Durante o período eleitoral, nas casas legislativas, é comum que suplentes assumam a vaga deixada pelo titular, o que faz com que os dois tenham algum tipo de visibilidade: um visitando suas bases eleitorais e o outro utilizando-se do alcance que os meios de comunicação proporcionam. No entanto, poucos são os suplentes que se destacaram durante seus mandatos ao longo dos anos na Assembleia Legislativa.
Entre os deputados que são suplentes na Assembleia, estão Antônio Carlos (PT), Inês Arruda (PMDB) e João Batista (PROS). O primeiro assume a vaga deixada após licença de Dedé Teixeira (PT). Antônio Carlos, que já foi líder do Governo, agora tem uma atuação mais independente e vez por outra empreende um posicionamento mais crítico da atual gestão.
Com o retorno de deputados licenciados para a Casa no ano passado e neste ano, o petista teve que deixar o cargo, mas já retornou e deve permanecer por até quatro meses na Assembleia. João Batista (PROS), ex-vereador do PRTB, está na vaga deixada por Júlio César Filho (PTN), que foi tratar de sua candidatura à reeleição. De um mandato sem expressividade na Câmara de Fortaleza, o parlamentar, no Legislativo Estadual, tem se limitado a emitir opiniões e se congratular com seus pares nas sessões.
Inês Arruda (PMDB) permanece na Assembleia por conta da licença de Nelson Martins (PT), secretário estadual de Desenvolvimento Agrário. Arruda não tem muita intimidade com o púlpito do Plenário 13 de Maio e só fez uso da tribuna uma vez neste ano. Apesar de ser vista no Segundo Expediente da Casa, a peemedebista dificilmente comparece ao trabalho no horário de abertura das sessões, às 9h20.
Requerimento
A parlamentar prioriza projetos sobre os direitos da mulher. Recentemente, um requerimento de autoria da deputada chamou atenção, ao emitir congratulações de aniversário à filha, Malu Arruda. Tomaz Holanda (PPS) é outro que pouco usufruiu da visibilidade do Legislativo cearense. Das poucas vezes que subiu à tribuna, tratou de disputas eleitorais de seus correligionários em municípios do Ceará, chegando a gerar intriga com o vice-presidente da Mesa Diretora, Tin Gomes (PHS).
Mailson Cruz (SD) e Ana Paula Cruz (PHS) foram suplentes que pouco usufruíram dos espaços da Casa e quase não tiveram destaque no tempo em que passaram no Poder Legislativo. Poucos foram os projetos e as participações na tribuna. Os dois, no entanto, irão tentar retornar ao Parlamento cearense.
Dr. Pierre (PCdoB) também não conseguiu a desenvoltura do titular, Lula Morais (PCdoB), durante o tempo que ficou na Casa. Já Nenen Coelho (PSD), apesar do desempenho e participação nas discussões propostas, apresentou poucas matérias. A tímida produção dos suplentes é outro ponto negativo para os que querem representar a sociedade por até quatro meses no Poder Legislativo Estadual. Tino Ribeiro (PSDC) reforça a lista dos que tiveram fraca participação no período em que estiveram deputados.
O deputado Thiago Campelo (SD) foi um dos poucos que conseguiram algum destaque, tendo até mais participação nos trabalhos da Casa do que o dono do assento, o democrata Téo Menezes. Um suplente que também se destacou durante a permanência na Assembleia foi Vasques Landim (PR), que passou quatro meses na vaga de Leonardo Pinheiro (PSD). Representante da região do Cariri, Landim, assim como Thiago Campelo, teve atuação mais propositiva e com maior participação nos debates da Casa do que o titular da vaga na Assembleia.
Com Diário do Nordeste..
Nenhum comentário:
Postar um comentário