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domingo, 14 de junho de 2015

A AMARGA COPA DE 1978
Estranha goleada da Argentina no Peru elimina o Brasil
Suspeitas. Nascido na Argentina, o goleiro Quiroga, da seleção do Peru, leva um dois seis gols na derrota de sua equipe para os donos da casa
Suspeitas. Nascido na Argentina, o goleiro Quiroga, da seleção do Peru, leva um dois seis gols na derrota de sua equipe para os donos da casa 


 

O lugar-comum "o futebol é uma caixinha de surpresas" não foi criado na Copa do Mundo de 1978, mas bem que poderia ter sido. Realizada numa Argentina assolada pela inflação e governada por uma junta militar, o mundial foi vencido pela dona da casa, numa disputa em que houve uma grande dose de fatos, no mínimo, surpreendentes. O mais esquisito foi a eliminação do Brasil, após os argentinos, nas quartas-de-final, derrotarem os peruanos pelo improvável placar de 6 a 0.

Desde a queda do treinador Osvaldo Brandão, que disputara as eliminatórias, a seleção brasileira era comandada por Cláudio Coutinho, o preparador físico de 1970, um estudioso que introduziu no futebol termos como "overlapping" e "ponto futuro". Com uma campanha medíocre, o time seguiu aos trancos até vencer a Polônia, na segunda fase, por 3 a 1, e ficar a um passo da final.

A Argentina, que fazia parte do mesmo grupo, tinha o mesmo número de pontos ganhos que o Brasil e jogaria mais tarde no mesmo dia, precisaria vencer os peruanos por uma diferença de quatro gols para tirar os brasileiros do páreo e jogar a final com a classificada Holanda. Uma missão possível, mas muito difícil, principalmente porque o Peru não vinha fazendo feio.
Deu-se que a Argentina meteu os quatro e ainda fez mais dois gols, por via das dúvidas. Há quem diga que isso nada teve a ver com o fato de Quiroga, o goleiro peruano, ter nascido na Argentina. Seja como for, seus conterrâneos acabaram se sagrando campeões do mundo ao vencer a Holanda por 3 a 1, na prorrogação. O Brasil, por sua vez, teve que se contentar com o terceiro lugar, ao bater a Itália por 2 a 1, encerrando a sua participação na Copa sem ter perdido um único jogo e com os mesmos 11 pontos obtidos pela campeã.

Num mundial sem grandes estrelas, o jeito foi a seleção brasileira se autoproclamar também campeã, só que "moral". Esquisitices à parte, a Copa da Argentina ficou na história do esporte brasileiro pela despedida de Rivelino da seleção e pela intervenção do presidente da CBD, o almirante Heleno Nunes, na escalação do time, barrando Zico e Reinaldo para escalar Jorge Mendonça e Roberto Dinamite.

Veja os gols......

                    

Fonte o Globo...

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