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sábado, 13 de agosto de 2016

ESTELIONATO ELEITORAL
A "indústria das falsas lideranças políticas" no Brasil  
Candidatos a prefeito e vereador têm reclamado de verdadeiros achaques praticados por  vereadores, ex-vereadores, suplentes e até lideranças comunitárias, cobram  "fortunas" pelo apoio a um candidato, como se donos fossem dos votos do eleitor. 

Candidatos a prefeito e vereador,  de todos os partidos, Brasil afora, reclamam dos custos da campanha eleitoral e, principalmente da cobrança aberta que lideranças políticas fazem em troca da promessa de votos.
Virou uma espécie de indústria, o apoio eleitoral no Brasil, estimulada, sobretudo, por candidatos de primeira viagem, com os bolsos cheios de dinheiro e pouca experiência para conquistar o eleitor.
Vereadores, ex-vereadores, suplentes de vereador e, até lideranças comunitárias,  chegam a cobrar R$ 60 mil, R$ 100 mil por um “punhado de votos” em determinado município.
– O pior é que os candidatos acabam se sujeitando, já que precisam de lideranças em suas reuniões, comícios e palestras. Montar palanque sem liderança em uma cidade é pedir para ser ignorado .

A indústria do voto funciona assim: uma destas lideranças senta com um candidato a prefeito e mostra sua capacidade eleitoral, baseada na própria votação que obteve nas eleições municipais. A partir daí, negocia um valor fixo – em milhares de reais – para apoiar o tal candidato. O que acaba  virando  um verdadeiro leilão.
Outros candidatos, com bala para gastar, negociam com vereador já comprometido, oferecendo mais e,  gerando uma inflação eleitoral sem controle.
No passado, o dinheiro era repassado a associações comunitárias de todos os tipos, geralmente controladas por esses vereadores, ex-vereadores, suplentes de vereadores e lideranças comunitárias. Cabia à associação a prestação de contas do que foi usado.
Com as investigações sendo mais aprofundadas, levando os envolvidos, muitas vezes à execração pública, e outras vezes á cadeia mesmo, novas táticas foram adotadas e, a negociação passou a ser aberta e direta, com o próprio vereador, suplente e as tais lideranças comunitárias.
E fica difícil pegar as negociações, já que são feitas nas sombras, sem recibo ou qualquer documento.
O  custo do voto só aumenta para candidatos e partidos, mesmo que a Justiça Eleitoral tenha definido limites para os gastos com as campanhas, a fim de tentar fazer valer a isonomia para todos, ou pelo menos quase todos.
Resumindo a "ópera": O sujeito vende o que não lhe pertence, ou seja, o voto de seus liderados, embolsa o dinheiro e ainda goza da cara dos tolos e ( inocentes?). E ainda há casos em que o "pseudo líder", vende e não entrega a "mercadoria" e, ainda joga a culpa no eleitor.
Com tais "mumunhas" e "canalhices", perde o eleitor, perde o "comprador"  (candidato a prefeito ou a vereador) e perde principalmente,  a democracia.
Portanto, olho vivo.....
Carlos Kté Santos...



2 comentários:

  1. Fenomenal, este artigo, comungo com tudo que foi dito, assino embaixo, e digo mais, estão querendo comercializar voto que não lhe pertence, além de colocar o candidato numa situação difícil, por creditar fielmente, contando como certo os votos prometidos, que no final pode ser uma decepção, levando-o a prejuízo inesperado. Parabéns Kté.

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  2. Fenomenal, este artigo, comungo com tudo que foi dito, assino embaixo, e digo mais, estão querendo comercializar voto que não lhe pertence, além de colocar o candidato numa situação difícil, por creditar fielmente, contando como certo os votos prometidos, que no final pode ser uma decepção, levando-o a prejuízo inesperado. Parabéns Kté.

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