A "indústria das falsas lideranças políticas" no Brasil
Candidatos a prefeito e vereador têm reclamado de verdadeiros achaques praticados por vereadores, ex-vereadores, suplentes e até lideranças comunitárias, cobram "fortunas" pelo apoio a um candidato, como se donos fossem dos votos do eleitor.

Virou uma espécie de indústria, o apoio eleitoral no Brasil, estimulada, sobretudo, por candidatos de primeira viagem, com os bolsos cheios de dinheiro e pouca experiência para conquistar o eleitor.
Vereadores, ex-vereadores, suplentes de vereador e, até lideranças comunitárias, chegam a cobrar R$ 60 mil, R$ 100 mil por um “punhado de votos” em determinado município.
– O pior é que os candidatos acabam se sujeitando, já que precisam de lideranças em suas reuniões, comícios e palestras. Montar palanque sem liderança em uma cidade é pedir para ser ignorado .
A indústria do voto funciona assim: uma destas lideranças senta com um candidato a prefeito e mostra sua capacidade eleitoral, baseada na própria votação que obteve nas eleições municipais. A partir daí, negocia um valor fixo – em milhares de reais – para apoiar o tal candidato. O que acaba virando um verdadeiro leilão.
Outros candidatos, com bala para gastar, negociam com vereador já comprometido, oferecendo mais e, gerando uma inflação eleitoral sem controle.
No passado, o dinheiro era repassado a associações comunitárias de todos os tipos, geralmente controladas por esses vereadores, ex-vereadores, suplentes de vereadores e lideranças comunitárias. Cabia à associação a prestação de contas do que foi usado.
Com as investigações sendo mais aprofundadas, levando os envolvidos, muitas vezes à execração pública, e outras vezes á cadeia mesmo, novas táticas foram adotadas e, a negociação passou a ser aberta e direta, com o próprio vereador, suplente e as tais lideranças comunitárias.
E fica difícil pegar as negociações, já que são feitas nas sombras, sem recibo ou qualquer documento.
O custo do voto só aumenta para candidatos e partidos, mesmo que a Justiça Eleitoral tenha definido limites para os gastos com as campanhas, a fim de tentar fazer valer a isonomia para todos, ou pelo menos quase todos.
Resumindo a "ópera": O sujeito vende o que não lhe pertence, ou seja, o voto de seus liderados, embolsa o dinheiro e ainda goza da cara dos tolos e ( inocentes?). E ainda há casos em que o "pseudo líder", vende e não entrega a "mercadoria" e, ainda joga a culpa no eleitor.
Com tais "mumunhas" e "canalhices", perde o eleitor, perde o "comprador" (candidato a prefeito ou a vereador) e perde principalmente, a democracia.
Portanto, olho vivo.....
Carlos Kté Santos...
Fenomenal, este artigo, comungo com tudo que foi dito, assino embaixo, e digo mais, estão querendo comercializar voto que não lhe pertence, além de colocar o candidato numa situação difícil, por creditar fielmente, contando como certo os votos prometidos, que no final pode ser uma decepção, levando-o a prejuízo inesperado. Parabéns Kté.
ResponderExcluirFenomenal, este artigo, comungo com tudo que foi dito, assino embaixo, e digo mais, estão querendo comercializar voto que não lhe pertence, além de colocar o candidato numa situação difícil, por creditar fielmente, contando como certo os votos prometidos, que no final pode ser uma decepção, levando-o a prejuízo inesperado. Parabéns Kté.
ResponderExcluir