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quinta-feira, 14 de março de 2013


Lula pontifica na reforma ministerial, enquanto comemora impunidade no Mensalão e no Rosegate

Enquanto continua passando a imagem de que é o “Presidente paralelo do Brasil” ou o “Interventor Emérito nos assuntos da Prefeitura de São Paulo”, Luiz Inácio Lula da Silva comemora o sucesso de sua ação de bastidores para apagar dois incêndios que ameaçavam queimá-lo politicamente: o desdobramento do caso Mensalão e o Rosegate. Os dois escândalos, tramitando judicialmente, já estão sob controle – na visão de aliados próximos a Lula – que agora está mais preocupado com a reforma ministerial que Dilma Rouseff fará.

Ontem ficou evidente que dará em nada a denúncia feita pelo empresário Marcos Valério, para tentar diminuir suas penas de mais de 40 anos de prisão no Mensalão, em troca de revelar supostos novos detalhes sobre o nunca comprovado (só o diabo sabe como) envolvimento pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva nos esquemas de compra de votos de parlamentares. A Procuradoria da República em Minas Gerais simplesmente enviou o caso para o Ministério Público no Distrito Federal – local onde teriam ocorrido os fatos “denunciados” por Valério.

A Polícia Federal (sabe-se lá qual de seus cinco grupos internos) está escalada para investigar se são verídicas as informações de que Lula levou grana oriunda dos esquemas do Mensalão para custear suas despesas pessoais. A denúncia sobre tal benefício foi feita por Valério, no dia 24 de setembro, à Procuradoria Geral da República. O caso já foi enviado pelo Procurador-Geral Roberto Gurgel para MG. Agora retorna à Brasília, por decisão do procurador regional Leonardo Augusto Santos Melo. O jogo de empurra sinaliza que o caso vai dar em nada contra Lula – como tradicionalmente acontece.
No Rosegate, a coisa anda mais lenta ainda. Nem se cogita colher algum depoimento de Luiz Inácio da Silva sobre o escândalo de corrupção em que sua assessora direta e amiga pessoal Rosemary Nóvoa Noronha foi indiciada por tráfico de influência, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha. E agora, como o Alerta Total revelou ontem, em primeira mão, Lula e seu companheiro José Dirceu preparam o lançamento da candidatura de Rose a deputada Federal pelo PT, em 2014. Eleita, Rosemary ganharia a chamada “impunidade” (ops) imunidade parlamentar e teria direito a foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal – em algum dia quando o caso chegar entrar na fase de processo judicial.

Mesmo indiciada no inquérito da Operação Porto Seguro por corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de influência e formação de quadrilha, Rosemary Nóvoa Noronha já se apresentou à cúpula do PT como pretendente a disputar o cargo de deputada federal por São Paulo, na eleição de 2014. A candidatura de Rose já conta com o apoio de seu melhor amigo e padrinho Luiz Inácio Lula da Silva. Só vai faltar ele escalar Marisa Letícia como principal cabo eleitoral da ex-secretária do escritório paulista da Presidência da República. José Dirceu também aposta na velha amiga Rose.

Vale tudo argentino

Motivo real e objetivo para a transnacional brasileira Vale desistir de investir US$ 10,9 bilhões na Argentina.

O Conselho de Administração da empresa tinha informações seguras de que o governo “peronista-bolivariano” só aguardava as melhorias e investimentos para inventar alguma desculpa esfarrapada e expropriar a mina de potássio na província de Mendoza.

Tanto que o ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido, soltou ontem sua bravata ameaçadora, no melhor estilo capimunista:

Eu, se fosse investidor da Vale, estaria preocupado”.

Maciel sempre na fita

A escolha de Antonio Maciel Neto (ex-grupo Suzano) para presidir o grupo Caoa tem um objetivo direto.

Fortalecer o esquema comercial das revendas Ford, Subaru e Hyundai, além da fábrica de veículos Hyundai.
Enquanto Carlos Alberto de Oliveira Andrade (a tradução da sigla Caoa) seleciona um executivo de peso para entrar com tudo no mercado financeiro, assim que os credores do banco BVA aceitarem a oferta de 65% de deságio para que o Banco Central autorize a compra da instituição quebrada.
Poder Jesuíta

A Companhia de Jesus – patrocinadora da globalização mesmo desde quando tal termo nem existia – volta a ter poder, explicitamente, na hierarquia católica.
A tendência é que Francisco I, um conservador light, diminua o poder da prelazia papal Opus Dei – fortíssima nos tempos de João Paulo II e que viveu tempos de pressão e ligeiro sinal de decadência na curta Era Bento 16.

O principal desafio gerencial do novo Papa é resolver os problemas financeiros do Vaticano, sobretudo de seu banco envolto em escândalos de corrupção, e aproveitar que a América Latina ainda concentra 42% dos católicos do mundo para impedir a transferência de fiéis para outras religiões ou seitas.

Tempo curto?

O primeiro Papa jesuíta deve inspirar suas ações em João 23, que ficou conhecido como o “Papa Bom”, durante seu pontificado entre 1958 e 1963.

A tendência é que a “gestão” de Francisco I represente uma fase de transição da Era João Paulo II, marcadamente conservadora e tradicionalista, para uma fase de uma Igreja menos fechada e aberta a novas práticas e (por que não?) até novas ideias, sem se desviar da orientação original.

Pela idade, 76 anos, Francisco I tem tudo para repetir a estratégia de seu antecessor, Bento 16: assim que cumprir sua missão, abre espaço para um cardeal mais “jovem” – com possibilidade de um “mandato” acima de 10 anos.

Marketing religioso


O primeiro Papa não europeu eleito em 1200 anos já começou o pontificado com uma ação brilhante.

A escolha de seu nome, inspirada em São Francisco de Assis, tem a simbologia de fortalecer o princípio de que a Igreja Católica pode ter um compromisso com os mais pobres e necessitados, com práticas e discursos conservadores menos radicais.

Tudo sem necessariamente aderir aos pseudo-dogmas das Teologias da Libertação – com enfoque marxista-gramscista.

Habemus Papam Hermano

Pilhéria de católicos bem humorados:

“Se Deus é brasileiro, porque o Papa não pode ser argentino?”

Só a raínha Cristina Kirchner ficou infernizada com a escolha do cardeal Jorge Mario Bergoglio para o trono de Pedro.
Interprete como quiser...

A frase de Francisco I, na sacada da basílica de São Pedro, “foram quase até o fim do mundo buscar um Papa”, aceita várias interpretações.

No sentido "detonativo" (ops, denotativo), ele quis dizer que a América do Sul fica geograficamente distante do Vaticano.

Ou, no sentido conotativo, advertiu que a Argentina parece próxima do juízo final, com a péssima e demagógica gestão de Cristina Kirchner.

Habemus de tudo...

Alerta total




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