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domingo, 9 de novembro de 2014

Mobilidade urbana e seus 'gargalos'
congestionamento moto
"País desenvolvido não é aquele onde pobre anda de carro, mas aquele em que rico anda de transporte público". A frase simboliza muito bem o dilema que a sociedade brasileira enfrenta: nos últimos dez anos o número de carros em circulação aumentou 110%, enquanto a população cresceu 12%. O tema da mobilidade urbana foi jogado ao centro da discussão durante várias manifestações ao redor do planeta, com mais ênfase nos últimos cinco anos, e no Brasil não tem sido diferente.
As gestões públicas têm se 'rebolado' tentando atender às necessidades da população de ter seu direito de ir e vir reconhecido e atendido. Porém há os 'gargalos' que têm que ser superados para que tenhamos pelo menos o mínimo de conforto neste direito de ir e vir.
Países mais desenvolvidos já deram grandes passos no sentido de encontrar soluções para seus problemas de mobilidade urbana, coisa que em países em desenvolvimento como o Brasil, ainda estão longe de acontecer.
Outrora dizia-se ser problema somente das grandes metrópoles, mas a falta de planejamento atinge também regiões de menor porte.
O crescimento constante de cidades médias também tem levado ao 'estrangulamento' do sistema de transporte (seja ele público ou não), trazendo a estas áreas os mesmos males das grandes  metrópoles, acarretando inúmeros problemas sociais.
Quando falamos nos 'gargalos' que temos que resolver para minorarmos os problemas de mobilidade, nos perguntamos que caminhos tomarmos para equacioná-los, e se encontraremos mesmo estes caminhos.
Na tentativa de se encontrar uma saída para isso, algumas medidas  têm surgido,  e aos poucos estão sendo postas em prática, mesmo que muito lentamente. Exemplo destas medidas  são as tentativas de melhorias no transporte público, como por exemplo aumento da frota de ônibus, trens e metrôs. 
Porém para tanto, estes tipos de transportes públicos precisam de espaços 'exclusivos' para fazerem seu papel a contento. Aí é onde aparecem os tais 'gargalos'. Para torná-los viáveis; faixas exclusivas? Os contestados e polêmicos viadutos? As 'deficitárias e mal planejadas ciclofaixas?
O consenso anda longe de existir, porém são inadiáveis as soluções para o caso, ou do contrário continuaremos na mesma cantilena. O fato é que o progresso é benéfico, mas  seus 'efeitos colaterais" são  por demais nocivos.


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