Avião de Dilma fica retido no ar e presidente perde a posse de Macri no Congresso
Falta de ordem de ministro de Cristina leva aeronave a entrar na fila para pouso
Mauricio Macri e a vice Marta Gabriela Michetti tomam posse no Congresso - EITAN ABRAMOVICH / AFP
Buenos Aires - A falta da assinatura de um decreto do ministro da Defesa de Cristina Kirchner levou o avião da presidente Dilma Roussef a entrar numa fila de voos comerciais e ficar retido por 20 minutos. Como consequência, a presidente brasileira perdeu a posse de Mauricio Macri no Congresso e decidiu seguir direto para a Casa Rosada.
O avião de Dilma deveria chegar ao Aeroporto Aeroparque, no centro de Buenos Aires às 11h20m, mas pousou apenas às 11h45m — hora em que a posse, adiantada em 15 minutos, começou. Na véspera, o então ministro da Defesa, Agustin Rossi, não deixou assinado o decreto de exclusão aérea, que previa prioridade para o pouso de chefes de Estado e de governo convidados para a posse. Com isso, o avião do governo brasileiro foi obrigado a entrar em uma fila de voos.
Atrasada, Dilma resolveu então seguir direto para a Casa Rosada onde deve ter um encontro bilateral com o novo presidente argentino. Na véspera, o governo argentino não enviou uma delegação para receber o rei Juan Carlos, da Espanha. O rei, pai de Felipe VI, teve que pegar um táxi.
Na posse no Congresso estavam presentes chefes de Estado, como Michelle Bachelet, do Chile; Evo Morales, da Bolívia; Rafael Correa, do Equador; e Juan Manuel Santos, da Colômbia. Dilma foi a única ausência.
Após o juramento, Macri discursou, prometendo governar em equipe. Ao sair, ele fez uma expressão de preocupação e perguntou a um assessor:
— Mas o que houve?
Não se sabe se ele estava se referindo à ausência de Dilma.
Com O Globo..
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