Cerveja de açaí criada por paraense conquista público brasileiro
Produto foi eleito melhor cerveja artesanal em concurso realizado em SC.
Cerveja encorpada tem alto teor alcoolico e gosto terroso.
Cerveja pro duzida a partir do açaí conquista jurados do festival de Blumenau em Santa Catarina
Uma cervejaria do Pará resolveu aliar duas preferências regionais - a cerveja e o açaí - para criar uma bebida inspirada no alimento preferido dos paraenses. O resultado é uma cerveja de coloração escura, com um estilo tipicamente inglês: o "stout" que, por ser mais encorpado e ter teor alcoolico mais elevado, costuma ser associado a regiões de clima frio.
Apesar disso, a cervejaria do Pará apostou na fórmula, e a Stout Açaí recebeu reconhecimento nacional: a bebida foi eleita a "Cerveja do Ano" no Festival Brasileiro da Cerveja, realizado em março em Blumenau, no estado de Santa Catarina.
"Achamos que o frutado do açaí, por também ser terroso, ia complementar bem com os aromas de café e chocolate comuns neste estilo de cerveja" afirma o empresário Caio Magalhães, um dos donos da cervejaria responsável pela Stout Açaí. Caio é sommelier de cervejas, e participa como um dos conselheiros durante a criação de novos rótulos da marca, auxiliando o mestre cervejeiro da fábrica.
A Stout Açaí disputou com 414 cervejas artesanais, que foram avaliadas por 25 jurados de várias partes do mundo, e somou 91 dos 100 pontos possíveis. Além do primeiro lugar, a cervejaria paraense também emplacou uma dobradinha na medalha de bronze com bebidas feitas de bacuri e taperebá.
A Stout Açaí disputou com 414 cervejas artesanais, que foram avaliadas por 25 jurados de várias partes do mundo, e somou 91 dos 100 pontos possíveis. Além do primeiro lugar, a cervejaria paraense também emplacou uma dobradinha na medalha de bronze com bebidas feitas de bacuri e taperebá.
Harmonia gastronômica
Para o empresário, cada estilo de cerveja tem o seu momento adequado para o consumo. "A cerveja de açaí é uma cerveja escura, encorpada, de alto teor alcoólico. Não é aquele estilo refrescante de cerveja com o qual a maioria das pessoas está acostumada. É uma cerveja mais gastronônomica, para ser degustada, podendo até harmonizar com um prato ou uma sobremesa" diz o sommelier, ressaltando que a Stout Açaí combina bem com doces como petit gateau e brownie. Lançada em 2012, a Stout Açaí teve uma aceitação imediata do público. Tanto entre os paraenses familiarizados com o sabor do açaí, quanto entre os visitantes da região. "Os turistas também gostam muito, inclusive eles preferem as cervejas com ingredientes regionais" destaca o empresário, comemorando o sucesso da Stout Açaí também nos pedidos de outros estados. "Desde que começamos a exportar para outros estados, o movimento no bar cresceu bastante. Muitas vezes as pessoas já ouviram falar, e quando vem a belém não deixam de vir aqui".
Para o empresário, cada estilo de cerveja tem o seu momento adequado para o consumo. "A cerveja de açaí é uma cerveja escura, encorpada, de alto teor alcoólico. Não é aquele estilo refrescante de cerveja com o qual a maioria das pessoas está acostumada. É uma cerveja mais gastronônomica, para ser degustada, podendo até harmonizar com um prato ou uma sobremesa" diz o sommelier, ressaltando que a Stout Açaí combina bem com doces como petit gateau e brownie. Lançada em 2012, a Stout Açaí teve uma aceitação imediata do público. Tanto entre os paraenses familiarizados com o sabor do açaí, quanto entre os visitantes da região. "Os turistas também gostam muito, inclusive eles preferem as cervejas com ingredientes regionais" destaca o empresário, comemorando o sucesso da Stout Açaí também nos pedidos de outros estados. "Desde que começamos a exportar para outros estados, o movimento no bar cresceu bastante. Muitas vezes as pessoas já ouviram falar, e quando vem a belém não deixam de vir aqui".
Caio afirma que o festival ajudou na divulgação da Stout Açaí, mas o interesse pela cerveja é grande desde sua criação. "O próprio nome já cria uma expectativa, desperta uma curiosidade para a pessoa provar. Mesmo antes do prêmio isso já acontecia bastante. Quando levamos as outras cervejas pelos festivais, precisamos explicar o que é o bacuri, o cumaru, a priprioca, e o açaí dispensa apresentações".
Segundo ele, a produção de cervejas com sabores característicos da região amazônica já faz parte da identidade da marca, que também conta com rótulos nos sabores bacuri, taberebá, priprioca e cumaru."A maioria dos ingredientes que usamos nunca foram usados para esse fim, e testamos vários tipos de dosagem para saber a que mais nos agrada". Mas nem sempre as tentativas são bem sucedidas, como no caso do cupuaçu. "Muitas pessoas pedem uma cerveja de cupuaçu, é uma fruta muito popular, mas até agora não conseguimos desenvolver uma dosagem agradável" diz o dono da cervejaria, que até agosto deve lançar mais duas cervejas e aumentar ainda mais a variedade de sabores regionais no ramo.
Fundada no ano 2000 por Arlindo Magalhães, pai de Caio, a cervejaria hoje é administrada pela dupla em duas unidades: uma na Estação das Docas, onde foi fundada e ainda representa o principal ponto de vendas da marca, e uma mais recente, que funciona como a mini-fábrica da cervejaria, em Icoaraci, distrito de Belém. No primeiro ano de fundação, a marca produzia cerca de 11 mil litros de cerveja por mês, hoje a produção mensal chega a 100 mil litros, inclusive exportando para os estados que representam 99% do consumo de cerveja artesanal do país.
Cultura cervejeira
De acordo com Caio Magalhães, a participação de mercado das microcervejarias no consumo de cerveja no Brasil ainda é irrisória. "Estima-se que a participação esteja em cerca de 0,5%. Em países como Estados Unidos, Argentina, Chile, este mercado já está em torno de 5%" pontuou, ressaltando que, nos países citados, o consumo de cervejas artesanais já é cultural, um estágio que o Brasil ainda precisa alcançar. "Quanto mais cervejarias artesanais existirem, é melhor para todo o segmento."
De acordo com Caio Magalhães, a participação de mercado das microcervejarias no consumo de cerveja no Brasil ainda é irrisória. "Estima-se que a participação esteja em cerca de 0,5%. Em países como Estados Unidos, Argentina, Chile, este mercado já está em torno de 5%" pontuou, ressaltando que, nos países citados, o consumo de cervejas artesanais já é cultural, um estágio que o Brasil ainda precisa alcançar. "Quanto mais cervejarias artesanais existirem, é melhor para todo o segmento."
O empresário Marcelo Poça compartilha a opinião de Caio. Inspirado pelo sucesso das cervejarias artesanais locais, Marcelo resolveu experimentar a produção de cervejas em seu restaurante no município de Barcarena, e acredita que o surgimento de novos produtores favorece a produção local. "Hoje não existe diferença de tributação entre um micro-cervejeiro e uma grande
cervejaria, e o surgimento de mais cervejeiros artesanais ajudaria a pressionar as autoridades" diz o empresário, propondo que a categoria dos cervejeiros seja enquadrada como microempreendedorismo, para que possam usufruir de reduções nos impostos.
Marcelo comemorou a vitória da Stout Açaí como uma chance de aumentar a visibilidade sobre a produção local. "Achei que a vitória foi fundamental para levantar o comércio cervejeiro aqui no estado. É um produto inusitado, e talvez até quem não conheça o açaí conseguirá experimentar através da cerveja, e assim você promove a culinária da região como um todo, não só na cervejaria" considerou.
Com informações de G1
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