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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PSDB quer devassar empresa ligada a filho de ministro
O PSDB pediu esclarecimentos ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) sobre o contrato de R$ 148,1 milhões com a Petra Energia S/A, que teve como vice-presidente Pedro Mercadante Oliva, filho do influente ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que também comandou o MCT entre 2011 e 2012 . Por meio de ofício, o partido de oposição solicitou cópia integral dos contratos que deram base jurídica aos repasses e também do processo licitatório para seleção da Petra.
• Repasse. Como informou a coluna no último dia 13, o Finep empenhou a verba quando Mercadante comandou as pastas da Educação e Casa Civil.

• Sem fundo. Em 2011, a MPX de Eike Batista se associou à Petra na termoelétrica da Parnaíba e obteve financiamento de R$ 400 milhões do BNDES.
• Fora de combate. A Petra declara que Pedro Mercadante foi um dos vice-presidentes até setembro de 2012 e não teve participação nos contratos com o Finep.

• Presente de Natal. O requerimento de informação foi protocolado por Izalci Lucas (DF) no dia 23 de dezembro, a pedido do líder do PSDB, Antônio Imbassahy.
2014: governo gasta R$ 945 milhões em diárias
•O governo Dilma pagou, até novembro deste ano, mais de R$ 945,3 milhões em diárias a servidores e comissionados. Os campeões de gastos são todos funcionários do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Somados, cinco deles levaram quase R$ 754 mil em viagens internacionais à China, para acompanhar de perto as atividades da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, sigla em inglês).

• Grana fácil. Até outubro, o valor total de diárias somava R$ 831 milhões. Em aproximadamente 30 dias, o governo torrou mais R$ 114,3 milhões.

• Negócio da China. O INPE foi quem mais emplacou viagens ao exterior. Foram 1.358 diárias para cinco funcionários. Tudo bancado pelo contribuinte.

• Medalha de ouro. O primeiro lugar em gastos com diárias ficou com Bernardo Vertamatti, que ganhou R$ 200,7 mil em 2014. O valor é referente a 333 diárias.

• Doação para o Fome Zero. Como dinheiro já não é problema na vida do ex-presidente Lula, ele deveria doar em vez de vender, como pretende, seu apartamento tríplex, no balneário do Guarujá (SP) construído pela Bancoop, cooperativa dos bancários paulistas, processada por corrupção.

• Voto de confiança. O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, discorda da posição de atletas que criticaram a escolha do ministro do Esporte, George Hilton. Para Del Nero, deve se dar um voto de confiança e aguardar as ações do novo ministro, antes de se condenar a indicação de Dilma.
Obstinado, líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), se reuniu ontem à noite em Brasília com deputados que integram a coordenação de sua campanha a presidente da Câmara, a fim de traçar estratégias para janeiro.

• Dentro do esperado. A nomeação de Ricardo Berzoini (PT-SP) a ministro das Comunicações não é novidade para leitores desta coluna, que sabiam da informação antes mesmo do 2º turno das eleições, no dia 23 de outubro.

• Convidado de honra. Com a ausência da presidente Cristina Kirchner na posse de Dilma, quem deve representar a Argentina é o vice-presidente Amado Boudou, indiciado por suborno em escândalo de corrupção no país “hermano”.

• Guerra interna. O PT já não esconde o clima de insatisfação com o ministério de Dilma. Dirigentes reclamam de Pepe Vargas, da tendência Mensagem ao Partido, nas Relações Institucionais: “rachou ainda mais a sigla”, dizem.

• O filho é teu. A bancada do PT na Câmara avisou ao Planalto que a indicação de Patrus Ananias (PT) para o Desenvolvimento Agrário é na cota pessoal da presidenta Dilma e do governador mineiro Fernando Pimentel.

• Como está, fica. Além de indicar Aldo Rebelo (AL) a ministro de Ciência e Tecnologia, a presidenta Dilma sinalizou ao PCdoB que manterá Vicente Neto (BA) no comando da Embratur. O PMDB está doido para abocanhar o cargo.

• Pensando bem...o clima de “já acabou” em 2014 contaminou até 2015.
 
O PODER SEM PUDOR
Vantagens da soneca
 
O poeta chileno Pablo Neruda era conhecido pelo hábito de abandonar qualquer coisa, após o almoço, por uma boa soneca. Era candidato a presidente do seu país quando visitou o Brasil. Em uma de suas muitas entrevistas, ele acabaria sendo confrontado com aquele hábito que fazia as delícias dos seus adversários. Neruda respondeu com tranquilidade:
- Claro, vou continuar com a sesta. Enquanto estiver dormindo, a população saberá que não lhe vou fazer nenhum mal.
Coluna de Claudio Humberto JB

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