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quinta-feira, 30 de julho de 2015

CAUCAIA
Câmara Municipal se reúne em sessão extra para apreciar pautas do executivo

Vereadores da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Caucaia. (Foto de Eri Brasil)

Mesmo estando em recesso, a Câmara Municipal de Caucaia, realizou na manhã  desta quinta- feira (30/07), uma sessão extra, com a finalidade de apreciar e votar pautas oriundas do poder executivo.
Cinco projetos foram lidos e discutidos pelos vereadores. São eles;  O piso salarial  dos Agentes Comunitários de Saúde, dos Agentes de Endemias, que serão equiparados ao Piso Nacional destas categorias profissionais, bem como as gratificações extras que serão pagas de acordo com a lei nacional que rege estes profissionais.

Também foi posto em pauta o projeto que trata do REFIS, que proporcionará  àqueles munícipes que têm dívidas com o erário municipal, uma negociação para a quitação de seus débitos. O prazo para o refinanciamento destas dívidas vai até o dia 30 de Dezembro de 2015. Vale ressaltar que estas negociações proporcionarão aos devedores o perdão de 100% dos juros e multas para quem pagar até 30 de Setembro, a partir desta data os descontos obedecerão uma tabela de descontos.


Um outro projeto discutido, foi o que autorizava a Secretaria de Educação do município o fechamento de 08 unidades escolares, ( unidades estas que já permanecem sem atividades), porém por ser um tema polêmico foi pedido vistas, por parte do vereador Sebastião Conrado, bem como o que tratava  do PDDU.

Nas considerações finais sobre os assuntos,  o vereador Bené Cunha (PSDC), demonstrou seu contentamento principalmente com o projeto que equiparou o piso salarial dos Agentes Comunitários  de Saúde, bem como o dos Agentes de Endemias. " É mais que justo que estes profissionais sejam bem remunerados,  por dois  fatores. Primeiro, o trabalho social que eles desenvolvem no sentido de trazerem  melhorias na qualidade de vida de nossos munícipes, e o outro é a auto-estima de todos, pois com uma conquista como esta, certamente todos se sentirão muito mais valorizados pela gestão municipal." Finalizou Bené Cunha.

Já para o vereador Kiko do Cazuza (PROS), "é a confirmação de que a gestão municipal, tem o compromisso de continuar melhorando as condições de trabalho de uma categoria tão importante como estes trabalhadores da saúde e começa pela equiparação do piso salarial nacional. E para aqueles que questionam, se o prefeito conseguirá pagar o novo salário, eu afirmo que  já há os recursos e o prefeito honrará o que aqui foi aprovado hoje. " Finalizou Kiko do Cazuza.




quarta-feira, 29 de julho de 2015

SUSTENTABILIDADE
EUA preveem El Niño mais violento em décadas, afetando também o Brasil
Um sinal é o tornado que arrasou, em abril, a cidade de Xanxerê, em Santa Catarina, onde os ventos chegaram a 260 km/h


Xanxerê (SC): tornado matou duas pessoas, feriu 97 e deixou 600 desabrigadas. A cidade sofreu sua maior tragédia - Sirli Freitas / Agência RBS/21-4-2015

Um cartão-postal do inferno se desenha para o próximo verão. Ele mostra uma colossal mancha vermelha no Oceano Pacífico e representa, segundo as agências climáticas dos Estados Unidos e da Austrália, o fortalecimento do El Niño, o fenômeno que semeia seca, calor e tempestade planeta afora. Dizem as agências, pode ser o mais avassalador em 50 anos. Se estiverem certos, um super El Niño. A mancha vermelha sinaliza o aquecimento anormal da água do Oceano Pacífico, marca registrada do El Niño. No Brasil, pesquisadores discordam e não acreditam que ganhará tanta potência. Mas o fato é que ele já está entre nós.
Há sinais do El Niño nas chuvas torrenciais que desde abril castigam o Sul do Brasil. A única coisa boa do saco de maldades de dimensões planetárias do “menino do tempo” foi tirar do sufoco hidroelétricas do Sul do Brasil. Mas as benesses param aí. Já começa a chover demais para a agricultura. E junto com os períodos de chuva prolongada vieram algumas das piores tempestades dos últimos anos na região.

CHUVA EM VEZ DE FLORES

O exemplo mais notório é o tornado que arrasou a cidade de Xanxerê, em Santa Catarina, em 20 de abril. Uma análise recém-concluída pelo coordenador do Programa de Pós-Graduação em Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (RS) Ernani Nascimento, um dos maiores especialistas em tempo severo do país, indica que os ventos chegaram a 260 km/h, o que coloca o tornado de Xanxerê como um dos mais violentos já registrados no Brasil, atrás apenas do de 2005 em Indaiatuba, São Paulo.

No Brasil, o El Niño afeta principalmente as regiões Sul, com chuvas torrenciais, e Nordeste, com o agravamento da seca. Ele também costuma elevar as temperaturas de forma geral em boa parte do Brasil. Invernos quentes, primaveras tórridas e verões absolutamente escorchantes.


O Sul costuma ser afetado primeiro. A seca no Nordeste vem depois, numa tentativa do planeta em se reequilibrar. No Sudeste, uma zona de transição, o cenário é incerto. Só quando entrar setembro — e, com ele, não as flores, mas as chuvas da primavera —, será possível saber se continuará a seca que atormentou a região este ano e no ano passado.

UM ESCUDO QUE NINGUÉM QUER

Tudo indica que sim, segundo o climatologista José Marengo, chefe de pesquisa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Até agora, as chuvas não ajudaram muito o Sudeste, e o Sistema Cantareira continua em 14,6%, ou seja, abaixo do volume morto, mostram medições da Unesp.

Todavia, frisa Marengo, o calor e a seca anômalos não se devem propriamente ao El Niño, mas a fatores como o aquecimento simultâneo do Atlântico e do continente — fenômeno que já acontece e não dá mostras de que vá arrefecer. Esse aquecimento produz área de alta pressão, um escudo indesejado contra frentes frias e, dessa forma, chuvas. Marengo não vê motivos para acreditar que este El Niño será o pior das últimas décadas. Mas reconhece que ele poderá agravar o que já está ruim.

— Os verões e os invernos estão ficando mais quentes, uma provável consequência das mudanças climáticas globais. Há dias de frio extremo no inverno, mas são pontuais. A tendência é de elevação da temperatura. E, se você colocar um El Niño, fica mais quente ainda — explica.
Nos últimos dias, a Administração de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) e o Serviço de Meteorologia da Austrália emitiram boletins com alertas sobre a possibilidade de o atual El Niño se intensificar e permanecer significativamente ativo até o fim da primavera de 2016 no Hemisfério Norte (outono no Brasil). Isso o tornaria especialmente longevo.

— El Niños costumam durar cerca de um ano e aí começam a perder força — observa o climatologista do Inpe Manoel Gan.
A professora de meteorologia da UFSM Nathalie Tissot Boiaski, que estuda o El Niño no Brasil e tem acompanhado as tempestades deste ano, observa que o fenômeno começou em novembro do ano passado. O que causa apreensão é a possibilidade de ele continuar a se intensificar.
— Este El Niño tem mostrado tendência de continuidade. No fim de julho, completamos cinco meses de elevação de cerca de 1 grau Celsius no Pacífico. Vimos fenômenos mais intensos, como os de 1982/83 e 1997/98. Mas isso não significa que este não será poderoso. Porém, temos que esperar — afirma.

Com informações de O Globo..

SUPERPOPULAÇÃO
População mundial vai crescer 53% e chegar a 11,2 bilhões em 2100, diz relatório da ONU
Estudo demográfico prevê que a Índia vai ultrapassar a China e se tornar o país mais populoso até 2022



Milhares de hindus se reúnem às margens do Rio Ganges, na Índia - PEDRO UGARTE / AFP

NOVA YORK — A atual população mundial de 7,3 bilhões de pessoas vai alcançar a marca de 8,5 bilhões até 2030, e de 9,7 bilhões em 2050. Com esse ritmo, o planeta deve chegar a 2100 com 11,2 bilhões de seres humanos, um crescimento de 53% em relação ao presente. Essas previsões estão no relatório "Perspectivas da População Mundial: A Revisão de 2015", publicado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU). 


China e Índia continuarão como os países mais populosos, cada um atualmente com cerca de 1 bilhão de pessoas (19 e 18% da população mundial, respectivamente), mas o estudo, divulgado durante uma entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York, diz que a Índia deve ultrapassar a China até 2022.

Com a maior taxa de crescimento populacional, a África deve responder por mais da metade do avanço demográfico de 2015 a 2050. Hoje, 41% das pessoas no continente têm até 15 anos, e 19% têm de 15 a 24 anos. Também de acordo com o relatório, metade do crescimento populacional do planeta nos próximos 35 anos vai se concentrar em nove países: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Estados Unidos, Indonésia e Uganda. Ou seja, países com alta taxa de fertilidade ou que já têm grandes populações.

"Entender as mudanças demográficas que provavelmente vão ocorrer nos próximos anos, assim como os desafios e oportunidades que elas apresentam para o desenvolvimento sustentável, é importante para a implementação de uma nova agenda de desenvolvimento", afirmou Wu Hongbo, secretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, sobre os resultados apontados no relatório.

Atualmente, dos dez países mais populosos do mundo, um está na África (Nigéria), cinco na Ásia (Bangladesh, China, Índia, Indonésia e Paquistão), dois na América do Sul (Brasil e México), um na América do Norte (EUA) e um na Europa (Rússia). Sétima maior população do mundo, a Nigéria é o país que apresenta maior ritmo de crescimento, e deve ultrapassar os EUA até 2050, ocupando a terceira posição entre os mais populosos.



Até 2050, segundo o estudo, a população dos 28 países africanos deve crescer em mais de 100%. Até 2100, pelo menos dez dessas nações observarão um avanço demográfico de mais de cinco vezes. São eles: Angola, Burúndi, República do Congo, Malauí, Malu, Niger, Somália, Uganda, República Unida da Tanzânia e Zâmbia.

O crescimento da África será puxado por sua atual população de jovens, que vão chegar à idade adulta nos próximos anos e começarão a ter filhos, garantindo o papel central do continente no crescimento e na distribuição da população mundial nas próximas décadas.
O relatório aponta ainda que as futuras taxas de crescimento populacional dependem dos caminhos que os comportamentos de fertilidade irão tomar, já que pequenas mudanças quando projetadas nas próximas décadas podem gerar grandes diferenças na população total do planeta. Nos últimos anos, a taxa de fertilidade do mundo vem se reduzindo em praticamente todas as áreas do mundo, mesmo na África.

Com informações de O Globo...


ELEIÇÕES SP 2016

PP anuncia Datena como pré-candidato à Prefeitura de SP

Vice deverá ser o deputado federal Antônio de Olim, do mesmo partido.
Apresentador não deverá ter adversários na convenção da legenda, em 2016.

Datena entre Guilherme Mussi (à esq.) e Antonio de Olim (Foto: Reprodução/Facebook)
O apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, é pré-candidato à Prefeitura de São Paulonas eleições 2016, informou o Partido Progressista (PP) nesta terça-feira (28). A filiação do jornalista à legenda aconteceu nesta noite.
Datena não deverá ter adversários no partido. O apresentador só será oficialmente considerado candidato no ano que vem, quando acontecem as convenções do partido.
O vice da chapa deverá ser o deputado federal Antonio de Olim, também do PP. A assessoria do parlamentar confirmou ao G1 a pré-candidatura. Em sua página no Facebook, Olim comemorou: “Nasce uma nova política para São Paulo. Datena declara que será candidato à Prefeitura de São Paulo.”
O deputado, que foi delegado do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), esteve na reunião que acertou a ida do apresentador à legenda. Também esteve presente o presidente estadual do PP, deputado federal Guilherme Mussi.

terça-feira, 28 de julho de 2015

ELEIÇÕES AMERICANAS
Conheça o avião pessoal de um dos candidatos à sucessão de Obama

Trump visita cidade no Texas em 23 de julho (Foto: Matthew Busch/ Getty Images)
TRUMP VISITA CIDADE NO TEXAS EM 23 DE JULHO (FOTO: MATTHEW BUSCH/ GETTY IMAGES)


bilionário Donald Trump está viajando pelos Estados Unidos para divulgar sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos. Ele quer ser o candidato do partido Republicano nas eleições de 2016. Mas, ao contrário de seus concorrentes, ele não precisa se preocupar em como chegar aos lugares. Trump tem o seu próprio avião. E não estamos de um jatinho executivo, mas de um Boeing 757.
O modelo foi comprado pelo empresário em 2011 por US$ 100 milhões (R$ 336 milhões). Anteriormente, a aeronave pertencia a Paul Allen, cofundador da Microsoft. Na época, Trump fez uma reforminha básica, adicionando equipamentos eletrônicos, cobrindo superífcies com ouro e bordando estofados com o brasão da família. O interior da aeronave foi mostrado pela assistente do bilionário, Amanda Miller, em um vídeo tour
A mídia americana chegou a apelidar o Boeing de "Trump Force One", uma brincadeira com o "Air Force One", o avião oficial do presidente dos Estados Unidos. 
Boeing 757 de Donald Trump (Foto: Matthew Busch/ Getty Images)
Cabine do avião de Donald Trump (Foto: Reprodução/ YouTube)

domingo, 26 de julho de 2015

REFORMAS

Congresso pode ter 'pautas-bomba' e projetos polêmicos no 2º semestre

Pauta inclui PEC da maioridade, correção do FGTS e reforma política.
Expectativa sobre pauta polêmica cresceu após Cunha ir para oposição.

Após um semestre de intensos atritos com o Executivo, o Congresso Nacional deve retomar os trabalhos a partir de agosto com a votação de pautas delicadas para o Palácio do Palácio, como o projeto que reduz as desonerações na folha de pagamento de empresas – parte do pacote de ajuste fiscal. Temas polêmicos como redução da maioridade e financiamento privado de campanha também estarão em debate.
Outro item incômodo na lista de “pautas-bomba”, como são chamadas as medidas com impacto nos cofres públicos, é um projeto que muda a correção dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), passando de 3% para cerca de 6%. O governo alega que o projeto afetará programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, e obras de saneamento básico, financiadas com recursos do fundo.
As dificuldades para a aprovação de termas de interesse do Palácio do Planalto deve aumentar após a última tensão entre Legislativo e Executivo. Na semana passada, o presidente Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),anunciou rompimento com o governo e informou passa a integrar a oposição.

Embora tenha dito que não pretende colocar em votação propostas que afetem o Orçamento, Cunha já deu mostras de que o segundo semestre não será fácil para o Planalto na Câmara, com a criação de duas CPIs que desagradam ao governo.
Além de Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também pode impor um ritmo de votação de projetos contrários aos interesses do Planalto. Renan, inclusive, anunciou empronunciamento no último dia 17 na TV Senado que o Congresso deve ter "meses nebulosos, com a concentração de uma agenda muito pesada."
Veja abaixo o que pode ser votado no Congresso a partir de agosto:
Desonerações
Aprovado em junho pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que reduz as desonerações das folhas de pagamento de mais de 50 setores da economia pode entrar na pauta do Senado já nos primeiros dias de agosto. O texto é o último do pacote de ajuste fiscal enviado pelo governo para reequilibrar as contas públicas. (veja vídeo ao lado)
Antes de ser enviado como projeto de lei para o Congresso, o governo havia editado uma medida provisória que foi devolvida por Renan Calheiros para o Palácio do Planalto. Na ocasião, Calheiros reclamou da falta de diálogo entre os dois Poderes. O governo acabou reencaminhando a proposta ao Congresso, mas como projeto de lei.
Como o texto original foi alterado pelos deputados, não houve consenso entre os líderes partidários do Senado para colocar o texto em votação antes do recesso. A tendência é que o texto seja alterado e passe por nova análise na Câmara.
Dinheiro não declarado
Considerado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como essencial para a reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o projeto de lei que irá permitir que o país repatrie dinheiro de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal deve ser votado na primeira semana de agosto no Senado.
A proposta é para que sejam cobrados multa e imposto na recuperação do dinheiro. O percentual cobrado seria de 35% dos recursos não declarados – 17,5% de multa e 17,5% de impostos. A ideia do projeto é utilizar os recursos provenientes da multa e dos impostos para compensar os estados pelas perdas com a eventual unificação do ICMS.
Além disso, os parlamentares devem votar uma medida provisória para desvincular parte das receitas da repatriação da União para que este recurso sustente um fundo de compensação aos estados criado pelo governo. (veja vídeo ao lado sobre a proposta que o governo encaminhou ao Congresso no último dia 14)
Lei de responsabilidade das estatais
Idealizado por Cunha e Renan, o projeto que cria uma lei de responsabilidade para as estatais também deve movimentar o Congresso no segundo semestre. A nova legislação seria criada nos mesmos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal e teria o objetivo de dar maior transparência às contas das estatais.
26/07/2015 06h00 - Atualizado em 26/07/2015 06h00

Congresso pode ter 'pautas-bomba' e projetos polêmicos no 2º semestre

Pauta inclui PEC da maioridade, correção do FGTS e reforma política.
Expectativa sobre pauta polêmica cresceu após Cunha ir para oposição.

Lucas Salomão e Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
Após um semestre de intensos atritos com o Executivo, o Congresso Nacional deve retomar os trabalhos a partir de agosto com a votação de pautas delicadas para o Palácio do Palácio, como o projeto que reduz as desonerações na folha de pagamento de empresas – parte do pacote de ajuste fiscal. Temas polêmicos como redução da maioridade e financiamento privado de campanha também estarão em debate.
Outro item incômodo na lista de “pautas-bomba”, como são chamadas as medidas com impacto nos cofres públicos, é um projeto que muda a correção dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), passando de 3% para cerca de 6%. O governo alega que o projeto afetará programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, e obras de saneamento básico, financiadas com recursos do fundo.
As dificuldades para a aprovação de termas de interesse do Palácio do Planalto deve aumentar após a última tensão entre Legislativo e Executivo. Na semana passada, o presidente Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),anunciou rompimento com o governo e informou passa a integrar a oposição.

Embora tenha dito que não pretende colocar em votação propostas que afetem o Orçamento, Cunha já deu mostras de que o segundo semestre não será fácil para o Planalto na Câmara, com a criação de duas CPIs que desagradam ao governo.
Além de Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também pode impor um ritmo de votação de projetos contrários aos interesses do Planalto. Renan, inclusive, anunciou empronunciamento no último dia 17 na TV Senado que o Congresso deve ter "meses nebulosos, com a concentração de uma agenda muito pesada."
Veja abaixo o que pode ser votado no Congresso a partir de agosto:
Desonerações
Aprovado em junho pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que reduz as desonerações das folhas de pagamento de mais de 50 setores da economia pode entrar na pauta do Senado já nos primeiros dias de agosto. O texto é o último do pacote de ajuste fiscal enviado pelo governo para reequilibrar as contas públicas. (veja vídeo ao lado)
Antes de ser enviado como projeto de lei para o Congresso, o governo havia editado uma medida provisória que foi devolvida por Renan Calheiros para o Palácio do Planalto. Na ocasião, Calheiros reclamou da falta de diálogo entre os dois Poderes. O governo acabou reencaminhando a proposta ao Congresso, mas como projeto de lei.
Como o texto original foi alterado pelos deputados, não houve consenso entre os líderes partidários do Senado para colocar o texto em votação antes do recesso. A tendência é que o texto seja alterado e passe por nova análise na Câmara.
Dinheiro não declarado
Considerado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como essencial para a reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o projeto de lei que irá permitir que o país repatrie dinheiro de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal deve ser votado na primeira semana de agosto no Senado.
A proposta é para que sejam cobrados multa e imposto na recuperação do dinheiro. O percentual cobrado seria de 35% dos recursos não declarados – 17,5% de multa e 17,5% de impostos. A ideia do projeto é utilizar os recursos provenientes da multa e dos impostos para compensar os estados pelas perdas com a eventual unificação do ICMS.
Além disso, os parlamentares devem votar uma medida provisória para desvincular parte das receitas da repatriação da União para que este recurso sustente um fundo de compensação aos estados criado pelo governo. (veja vídeo ao lado sobre a proposta que o governo encaminhou ao Congresso no último dia 14)
Lei de responsabilidade das estatais
Idealizado por Cunha e Renan, o projeto que cria uma lei de responsabilidade para as estatais também deve movimentar o Congresso no segundo semestre. A nova legislação seria criada nos mesmos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal e teria o objetivo de dar maior transparência às contas das estatais.
A Lei de Responsabilidade Fiscal foi criada para controlar os gastos da União, dos estados e dos municípios. A lei obriga que os governantes prestem conta de suas finanças aos tribunais de contas da União, dos estados ou dos municípios, órgãos responsáveis por aprovarem ou não as contas públicas.
Para que o projeto seja votado, os peemedebistas criaram uma comissão especial para elaborar um texto final sobre o tema, que deve ser apresentado ainda em agosto. O texto é visto como uma reação de Cunha e Renan às investigações contra os dois na Operação Lava Jato, na qual os dois respondem a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Reajuste para servidores do MPU
Outro texto que impacta diretamente os cofres da União é o que concede reajuste salarial de até 78% para servidores do Ministério Público da União e do do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). (veja ao lado vídeo de manifestação em Brasília de servidores do Judiciário e do MPU em defesa do reajuste salarial)
O reajuste é nos mesmos moldes do já aprovado no Senado para servidores do Judiciário e que foi vetado integralmente pela presidente Dilma Rousseff, que citou um impacto de R$ 25 bilhões nas contas do governo até 2017.
A tendência é que o projeto seja aprovado pelos senadores e, da mesma forma que o reajuste para os servidores do Judiciário, seja vetado pela presidente.
presidente.
Maioridade penal
Aprovada em primeiro turno pela Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte deve passar, já na primeira semana de agosto, por nova votação na Casa. (veja vídeo ao lado)
A aprovação da PEC em primeiro turno foi cercada de polêmicas, após Cunha fazer uma manobra para aprovar o texto 24 horas depois de um projeto similar ser rejeitado pelos deputados.
Caso o texto seja aprovado em segundo turno, passará por análise, também em dois turnos, no Senado. Apesar de ter contado com a maioria dos votos na Câmara, o clima entre os senadores nos últimos dias antes do recesso era de rejeição à proposta. A tendência, portanto, é de que o projeto seja amplamente discutido em uma comissão especial criada por Renan Calheiros antes de ser submetido à votação em plenário.
Reforma política
A reforma política, assunto que dominou boa parte das sessões da Câmara nos últimos meses, deve ser concluída no início de agosto na Casa. Para concluir a votação da proposta de emenda à Constituição da reforma política, os deputados deverão se debruçar sobre dois temas: financiamento de campanha e idade mínima para ser deputado. (veja vídeo ao lado sobre a última discussão)
A PEC foi aprovada em dois turnos na Casa e a maioria dos destaques destinados a mudar o texto foi votada, mas faltou analisar duas propostas de modificação – uma tenta derrubar a doação de empresas aos partidos e outra quer retomar para 21 anos a idade mínima exigida para se candidatar a deputado federal (o texto-base reduziu para 18 anos). Quando a votação do texto for concluída na Câmara, a PEC será enviada para análise do Senado e passará por dois turnos de votação novamente.
Apesar disso, os senadores já iniciaram a análise paralela de projetos da reforma política em plenário. Com isso, o relator do texto na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), optou por colocar em votação no Senado apenas textos que não tratavam de temas semelhantes na Câmara. Com isso, segundo Jucá, será possível melhorar e ampliar a reforma aprovada pelos  deputados.
CPIs
Além dos projetos com impacto na economia e daqueles cercados de polêmica, o  Congresso também terá novas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que desagradam o Palácio do Planalto. Tanto na Câmara quanto no Senado, serão instaladas comissões para investigar contratos de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na Câmara, a CPI deve ser instalada no dia 6 de agosto. Já no Senado, Renan Calheiros deve ler em plenário, nas primeiras sessões do mês, a criação do colegiado.
Outras duas CPIs que são contrárias aos interesses do governo federal são as que investigarão supostas irregularidades nos fundos de pensão de estatais. No Senado, a composição da comissão já foi definida por Renan. Na Câmara, a CPI deve ser instalada na primeira semana de agosto.
LDO
A primeira grande votação prevista para o Congresso em agosto é a da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cuja votação foi adiada no primeiro semestre e deve ocorrer a partir da primeira semana do mês.
A LDO é responsável por nortear o Orçamento da União para o próximo ano. A aprovação do texto é, por lei, condição necessária para que os parlamentares entrem oficialmente em recesso oficial. Como o projeto ainda está na Comissão Mista de Orçamento, houve um acordo entre os parlamentares para adiar a análise do texto.
Com informações de G1...

quinta-feira, 23 de julho de 2015

NOVO PLANETA
NASA anuncia descoberta de planeta extrassolar "quase gêmeo" da Terra
Kepler 452b é menos de duas vezes maior que nosso planeta e orbita na zona habitável de estrela também muito parecida com nosso Sol

Comparação entre o Kepler 452b, a Terra e outros planetas - NASA

A Nasa anunciou no início da tarde desta quinta-feira a descoberta de um planeta extrassolar que está entre os mais parecidos com a Terra. Batizado Kepler 452b, ele é menos de duas vezes maior que nosso planeta e orbita uma estrela muito parecida com o Sol na sua chamada zona habitável, onde não está nem perto nem longe demais, de forma que sua temperatura provavelmente também não seja nem quente nem fria demais — o que permite a existência de água líquida em sua superfície, condição considerada essencial para o desenvolvimento de vida como conhecemos.

O novo “quase gêmeo” da Terra faz parte de mais uma grande leva de novos candidatos a planetas extrassolares saídos de análises dos dados coletados pelo telescópio espacial Kepler durante os quatro anos em que funcionou a plena forma, entre 2009 e 2013. Ao todo, são mais de 500 possíveis novos exoplanetas cuja existência ainda precisa ser confirmada por observações posteriores com outros equipamentos (por isso o “candidatos”). Destes, se destacam 12 que teriam menos que o dobro do diâmetro da Terra e estariam na zona habitável de suas estrelas, dos quais o Kepler 452b é o primeiro a ser confirmado.

— Este catálogo contém nossa primeira análise de todos os dados do Kepler, assim como uma avaliação automatizada destes resultados — conta Jeffrey Coughlin, cientista do Instituto Seti (sigla em inglês para “busca por vida extraterrestre inteligente”) e líder do esforço que revelou os novos candidatos, que se somam aos mais de 4 mil já encontrados nos dados do telescópio espacial. — Análises melhoradas vão permitir aos astrônomos determinar melhor o número de planetas pequenos e frios que são os melhores candidatos a abrigar vida.

EXOPLANETA PODE DAR PISTAS SOBRE O FUTURO DA TERRA

Localizado a cerca de 1,4 mil anos-luz da Terra, o Kepler 452b orbita a uma distância equivalente de nosso planeta uma estrela com características muito próximas do Sol, apenas 4% mais maciça e 10% mais brilhante que nossa estrela. Pelo seu tamanho e o tipo de estrela que orbita, os cientistas estimam que o exoplaneta tem uma chance maior que 50% de ser rochoso como a Terra, se encaixando numa categoria de planetas com dimensões entre as da Terra e de Netuno. Sistemas planetários extrassolares assim são muito comuns, mas estranhamente estão ausentes de nosso próprio Sistema Solar.


— O Kepler 452b nos leva um passo mais perto de entendermos quantos planetas habitáveis existem lá fora — diz Joseph Twicken, também cientista do Instituto Seti e programador-chefe da missão Kepler. — A investigação continuada de outros candidatos neste catálogo e uma última análise dos dados acumulados pelo Kepler nos ajudarão a achar os planetas mais frios e menores, o que nos permitirá a melhor estimar a prevalência de mundos habitáveis.
Por outro lado, embora tenha tamanho e brilho muito similares ao do nosso Sol, a estrela do Kepler 452b é 1,5 bilhão de anos mais velha do que a nossa. Isso faz do novo exoplaneta também um provável candidato a mostrar qual poderá ser o futuro da Terra.

— Se o Kepler 452b é de fato um planeta rochoso, sua localização em relação à sua estrela pode significar que ele está entrando em uma fase de efeito estufa incontrolável na sua história climática — aponta Doug Caldwell, outro cientista do Instituto Seti que também trabalha na missão Kepler. — O aumento na emissão de energia por sua estrela envelhecida pode estar aquecendo a superfície e fazendo seus oceanos evaporarem. Este vapor d'água seria então perdido pelo planeta para sempre. O Kepler 452b pode estar experimentando agora o que a Terra passará daqui a mais de um bilhão de anos, quando o Sol estiver mais velho e brilhante — diz.
O Kepler 452b é aproximadamente 60% maior que a Terra, o que a coloca em uma classe de planetas conhecida como "super-Terras". Sua órbita é muito similar à nossa, com órbita de 385 dias.

TELESCÓPIO COLETA DADOS DO SISTEMA SOLAR
O telescópio espacial Kepler encontra seus candidatos a planetas extrassolares por um método chamado “de trânsito”. Equipado com um fotômetro hipersensível, ele é capaz de detectar as ínfimas variações no brilho das estrelas que observa provocadas pela passagem de um planeta entre elas e a Terra de nosso ponto de vista, fenômeno conhecido na astronomia como “trânsito”. Durante os quatro anos de sua missão principal, Kepler ficou fixamente apontado para uma pequena região do céu na direção das constelações de Cygnus (Cisne) e Lira, coalhada com cerca de 150 mil estrelas, tendo revelado quase 5 mil candidatos (já incluídos os mais de 500 novos), dos quais a grande maioria objeto de observações posteriores teve sua existência confirmada.

Sucessivas falhas em dois dos quatro giroscópios que permitiam ao Kepler manter o “olhar” fixo na região do céu que estudava, no entanto, encurtaram sua missão principal, encerrada em maio de 2013. Depois de muito trabalho, porém, os cientistas da Nasa conseguiram recuperar pelo menos parte da sua capacidade de fazer descobertas científicas, dando início, em maio do ano passado, à chamada missão K2, em que, embora com capacidade limitada, continua sua busca por planetas extrassolares, além de coletar dados sobre aglomerados de estrelas, berçários estelares e objetos dentro de nosso próprio Sistema Solar.


Com informações de O Globo...