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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

AFAGOS NO PSDB
Mercadante reconhece erros do governo, elogia PSDB e propõe 'acordo suprapartidário'
Ministro da Casa Civil fez afago na oposição e pediu apoio para o que chamou de responsabilidade fiscal.


BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, admitiu nesta quarta-feira que o governo cometeu erros -sem especificar quais - e pediu apoio da oposição para o que chamou de responsabilidade fiscal. O ministro foi elogioso ao PSDB, lembrando que a gestão dos tucanos foi marcada pelo controle da inflação, e pediu um apoio suprapartidário para questões que envolvem política de estado, como a indústria naval. Articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, também nesta quarta, que é grave a crise política e pediu ajuda do Congresso.



— Vivemos um momento politizado, com erros que cometemos, e se comete quando se governa — admitiu.
— Vocês têm experiências importantes na administração de estados e do Brasil e precisamos ter pactos de política de estado que vão além do governo — afirmou, dirigindo-se ao presidente da Comissão de Minas e Energia, Rodrigo de Castro (PSDB-MG).
— Existem questões de responsabilidade fiscal, como controle da inflação que vocês fizeram e foi importante para o país. Tem que ter um acordo suprapartidário — sugeriu.
Sobre a oposição, Mercadante elogiou o papel dela como fiscalizadora.

— Eu senti uma oposição fiscalizando, cobrando, exigindo, mas muito elegante no debate, tratando de políticas públicas, e fiz questão de tratar com a mesma elegância, reconhecendo a importância histórica que eles tiveram no governo do país, especialmente na contribuição da estabilidade econômica do país, e que esse passado, esse programa, essa história, não pode se transformar agora nesse debate de simplesmente de confrontação, de intransigência e de radicalização. o Brasil precisa de bom-senso, de equilíbrio, de estabilidade — declarou.


Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), autor do requerimento que convidou Mercadante a comparecer, agradeceu a presença dele, mas lembrou que em junho, quando se discutia na comissão a convocação do ministro, os líderes do PT, Sibá Machado (AC), e do governo, José Guimarães (PT-CE), se esforçaram para evitar que ele comparecesse.

O ministro da Casa Civil defendeu responsabilidade, por parte do Congresso, na votação de projetos que signifiquem gastos para o governo. Mercadante, que participou de uma audiência na Comissão de Minas e Energia, foi altamente elogioso à oposição, lembrando das ações dos governos tucanos no combate à inflação e na responsabilidade com o gasto público.
— É muito importante que haja uma consciência, eu diria da oposição e especialmente da base do governo, do Parlamento, dos poderes, que o Brasil precisa ter muita responsabilidade fiscal — disse.

Depois de fazer considerações sobre as dificuldades econômicas pelas quais o país passa, o ministro voltou a pedir comprometimento das lideranças.
— Nós sairemos mais rápido da crise, preservando o emprego e a renda da população quanto mais comprometidas com a responsabilidade fiscal as lideranças políticas estiverem — afirmou.

— Temos de ter muita responsabilidade fiscal no salário do funcionalismo, na Previdência Social, na recomposição de receita porque é isso que vai reduzir a inflação, baixar o custo do crédito, preservar o investimento, o emprego e a renda da população. Isso é absolutamente essencial ao Parlamento hoje.
O ministro falou por mais de quatro horas na comissão.

Com O Globo...

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