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domingo, 3 de janeiro de 2016

CAUCAIA 2016

Eleições municipais em Caucaia prometem disputa acirrada
Pelo menos 10 nomes pleiteiam disputar a cadeira de Washington Góis
A menos de dez meses para as eleições municipais Brasil afora, o pleito em Caucaia, - segundo maior município do estado em população e, com mais de duzentos mil eleitores, deverá ser um dos mais concorridos . Pelo menos 10 pré-candidatos "ensaiam", lançar seus nomes ao julgamento do eleitorado do município à sucessão do atual prefeito Washington Góis.
Fazendo uma análise independente e imparcial, o Blog traz os atuais nomes que pretendem entrar na corrida pelo trono máximo do município.
Com mais de 200 mil eleitores, a eleição em Caucaia, poderá ser decidida em um provável segundo turno.

Zé Gerardo
O ex-prefeito e ex-deputado federal Zé Gerardo Arruda (PMDB), mesmo com impedimentos na justiça, -foi o primeiro político a ter seus direitos cassados após o Regime Militar que governou o país por 24 anos, tenta via liminares por sua candidatura de pé. Porém para alguns analistas será difícil contornar a situação, levando então Zé Gerardo a optar por algum nome de sua família. Dentre estes possíveis nomes, estão a ex-prefeita e ex-deputada Inês Arruda, seu filho Gera Arruda, ex-suplente de deputado federal e sua filha Lívia Arruda, ex-deputada estadual.

Naumi Amorim

O deputado estadual Naumi Amorim, que concorreu no pleito anterior, obtendo expressiva votação, é "pule de dez", para as próximas eleições. Naumi, é hoje o nome mais badalado na cidade em função do bom desempenho na disputa anterior e por ter sido eleito  deputado estadual, também com excelente votação. Amorim, foi eleito pelo PSL, e acaba de filiar-se ao recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB). Segundo analistas políticos, esta mudança de partido poderá trazer-lhe prejuízos, pois a "engenharia política" que se desenha para apoiá-lo será muito complicada e isso poderá acarretar prejuízos eleitorais.

Paulo Guerra

Tradicional político no município, Paulo Guerra está no 2º mandato como vice  do atual prefeito Washington Góis. Guerra já disputou a prefeitura em outra ocasião e também concorreu a deputado estadual. Paulo Guerra é um dos chamados 'históricos' do PDT, porém com as recentes mudanças no comando da agremiação, alguns analistas chegam a duvidar que o mesmo tenha assegurada tão sonhada oportunidade de disputar mais uma vez a cadeira de prefeito da cidade. Porém em recente contato com o Blog, Guerra afirma que tem a garantia da direção estadual do partido de que será o candidato da sigla trabalhista.

Lia Gomes

A médica Lia Gomes (herdeira política do clã Ferreira Gomes), também deverá vir com força para a disputa. Mesmo tendo retirado seu nome a alguns meses atrás, alguns analistas entendem sua atitude como uma estratégia para não sofrer desgastes desnecessários. Lia seria o nome oficial da gestão municipal para suceder Washington Góis. Porém como o próprio afirmou à época, não apoiará nenhum nome à sua sucessão, não se pode mensurar neste momento como se comportará sua candidatura de Lia Gomes. 

Potim

O contador  Hipólito Indio Guimarães Neto, mais conhecido como Potim, também é mais um  que deseja ser candidato, concorrendo pelo PTC. Potim está á frente do Instituto de Previdência de Caucaia (IPMC), há alguns anos, e teve seu nome envolvido em possíveis irregularidades, porém, nada ficou comprovado e,  o mesmo já realiza movimentos pela cidade como pré-candidato. Comenta-se na cidade que Potim trabalha duas hipóteses: ser vice de alguém, ou em caso de mudança de opinião do prefeito Góis, ser sua opção para a disputa. 

Eduardo Pessoa

Eduardo Pessoa, é  atualmente vereador na Câmara Municipal da cidade e também pleiteia disputar o cargo de prefeito. Porém enfrenta dificuldades dentro de sua própria agremiação (PRP), em função de haver colegas de partido que também pleiteiam entrar na disputa. Se não conseguir consolidar sua candidatura no atual partido, deverá aproveitar a janela de transferências e buscar outra agremiação, que poderá ser o PR.  Inclusive dirigentes do PR realizaram um grande encontro, e comunicaram seu apoio a Eduardo Pessoa, que já disputou outras eleições sempre com boa votação.

Silvio Nascimento

Atual presidente da Câmara Municipal Sílvio Nascimento é outro nome que deverá vir para a disputa. Jovem, bem articulado, Nascimento dificilmente disputará a eleição pelo atual partido (PRP), pois segundo o mesmo, tem convites para ingressar em  outras agremiações. Sílvio tem estado muito próximo do deputado federal Danilo Forte (PSB) e segundo comentários, deverá ingressar na sigla socialista para disputar a eleição.

Erivaldo Rodrigues

O advogado Erivaldo Rodrigues, que já foi vereador pelo PCdoB, também se movimenta no sentido de disputar a cadeira de Góis. Porém, tem enfrentado as mesmas dificuldades dos demais pré-candidatos: conseguir arregimentar em torno de si, forças que o coloquem no páreo com possibilidades de um bom desempenho nas urnas. Erivaldo, também tem feito movimentações pela cidade no sentida de tornar de conhecimento público seu desejo de ser candidato.

Baiano Ximenes

Quem também deseja entrar na disputa, é o líder do setor de transporte alternativo (Cooperativa Esperança), Baiano Ximenes. Baiano em contato com a reportagem, disse estar na busca por uma agremiação que lhe dê a legenda para entrar na disputa. Segundo o próprio Baiano, em uma pesquisa encomendada pelo governo do estado, seu nome aparece bem cotado na intenção de votos.

Amarílio Melo

Coronel da Reserva da PM, Amarílio que teve muita influência na primeira eleição de Washington Góis, já disputou o cargo de deputado estadual, também deseja suceder a Góis no comando do Poder Executivo municipal. O maior problema de Amarílio é a falta de espaço político, pois só conta com o seu pequeno PEN. Porém via redes sociais o Cel. PM, reafirma que entrará na disputa.

Candidatura do PT

A maior "incógnita" no atual momento político do município é o PT. Dentro da própria agremiação há dúvidas quanto ao fato de ter ou não um nome para a disputa, já que depende de acordos entre as forças que comandam  o partido a nível estadual com o grupo político comandando pelos  irmãos Ferreira Gomes. Porém,  há dentro da agremiação há quem deseje uma candidatura própria, e segundo os próprios dirigentes locais da agremiação, nomes não faltam para uma disputa, pois o partido tem na pessoa do presidente do diretório municipal Ribamar Santos, um nome de peso, além do vereador Augostinho Ferreira e seu irmão Ambrósio, que acaba de entregar o cargo de secretário de Educação.  Vale ressaltar que o PT sempre foi aliado do prefeito Washington Góis nas últimas eleições no município.

Apesar dos dez  nomes citados, é provável que alguns não consigam por seu projeto em ação, em função de vários fatores, que vão desde a questão de legenda, acordos entre siglas, e a condições financeiras.
O certo é que as peças estão todas no tabuleiro aguardando o início do jogo. Mesmo que alguém da atual corrida não dispute o pleito, certamente influenciará a disputa.

Confira abaixo matéria sobre a possível inviabilidade de Zé Gerardo publicada no Jornal O Globo

Após cinco anos, STF determina punição de primeiro parlamentar condenado

Ex-deputado Zé Gerardo (PMDB-CE) terá que pagar multa e prestar serviços à comunidade


Cinco anos depois de se tornar a primeira autoridade condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na vigência da Constituição de 1988, o ex-deputado Zé Gerardo (PMDB-CE) será finalmente punido. Na tarde desta quarta-feira, o plenário da corte negou o último recurso ao ex-parlamentar e determinou a imediata execução da pena. Em outubro de 2010, o ex-deputado foi condenado por crime de responsabilidade. A punição será o pagamento de multa no valor de R$ 25,5 mil, acrescido de correção monetária. Ele também prestará uma hora diária de serviços à comunidade, a serem definidos por um juiz de primeira instância, por dois anos e dois meses.

O crime ocorreu quando Zé Gerardo era prefeito de Caucaia, um município do interior do Ceará com 334 mil habitantes. Na época, o político era filiado ao PSDB. O STF considerou que houve desvio de dinheiro público no município. Em dezembro de 1997, a prefeitura e o Ministério do Meio Ambiente firmaram um convênio para a construção de um açude. Foram transferidos R$ 500 mil em recursos federais para a obra, que se somariam a R$ 71,8 mil dos cofres da prefeitura. Em vez do açude, foram construídas 16 “passagens molhadas” – espécie de ponte no mesmo nível do rio para o uso de pedestres e de veículos.

Em 2000, quando as obras das pontes já tinham sido iniciadas, a prefeitura solicitou ao Ministério do Meio Ambiente alteração do convênio, pedindo autorização para substituir o açude pelas pontes. Além de negar o pedido, o ministério recomendou a devolução do dinheiro corrigido, pois ele havia sido empregado de forma “inadequada”. Segundo o Ministério Público, autor da denúncia, as “passagens molhadas” foram erguidas sem qualidade mínima e, para completar, custaram menos do que o valor repassado dos cofres públicos.

Em 2010, o relator do caso, ministro Carlos Ayres Britto, já aposentado defendeu a condenação de Zé Gerardo ao pagamento de multa no valor de R$ 102 mil. No entanto, os demais ministros que votaram pela condenação concordaram em aplicar uma pena mais branda, já que o réu nunca tinha sofrido outra condenação judicial definitiva.
— O réu não só aplicou a verba pública em outra finalidade, como depois tentou apagar o rastro do crime com aditivos contratuais, de forma intempestiva, porque as obras já tinham sido realizadas — argumentou em 2010 Ricardo Lewandowski, o atual presidente do STF.
A decisão do STF de 2010 foi tomada de última hora. Isso porque, sem levar em consideração a pena que seria aplicada, o crime prescreveria dias depois da data do julgamento – ou seja, havia o risco de o réu não ser punido, mesmo que fosse condenado. 

O processo foi aberto na Justiça Federal do Ceará em novembro de 2001, mas foi transferido para o STF em maio do ano seguinte. Como foi eleito deputado federal, Zé Gerardo conquistou o direito de ser julgado em foro especial.
A decisão desta quarta-feira foi tomada em julgamento rápido dos últimos embargos de declaração propostos pela defesa do réu. Os ministros foram unânimes em determinar a imediata execução da pena, sem necessidade de publicação da decisão no Diário da Justiça.



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