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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

PERIGO
Açude Castanhão apresenta rachadura em sua estrutura
Moradores temem rompimento da barragem com a chegada quadra chuvosa

Uma trinca em um dos pilares da barragem Castanhão, vem deixando moradores e engenheiros do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), apreensivos. O dano foi observado pelos engenheiros do órgão ainda no ano de 2014, que prometem realizar o conserto no próximo mês março. 

Segundo relatório dos engenheiros que fizeram a inspeção do reservatório em 2014, a rachadura apresentava 8 mm de profundidade, por 15 cm de largura e uma extensão de 3,5 metros.

Diante da quadra invernosa o problema trás inquietação, pois o grande volume de água que será armazenado pela barragem pode comprometer sua estrutura e causar danos inimagináveis. 
O açude Castanhão é o maior do estado Ceará, com uma capacidade de armazenamento de 6,7 bilhões de metros cúbicos de água que abastece Fortaleza e Região Metropolitana, além dos perímetros irrigados em toda a região do Vale do Jaguaribe.

Mais reservatórios danificados

Ainda segundo engenheiros e técnicos do Dnocs, outras barragens construídas pelo órgão também apresentam rachaduras, necessitando de reparos urgentes. Dentre estas barragens estão: Tejuçuoca, em Tejuçuoca, Farias de Souza  em  Nova Russas e Tomás Osterne  no Crato.

Castanhão

Açude Castanhão, de nome oficial: Açude Padre Cícero, é um açude construído sobre o leito do rio Jaguaribe,  sendo  portanto uma represa, tecnicamente falando. A barragem está localizada em Jaguaribara, embora atinja outros municípios.
A obra foi iniciada em 1995, durante o governo de Tasso Jereissati, e concluída em 23 de dezembro de 2002, pelo governador Beni Veras (PSDB), numa parceria entre a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará - SRH-CE e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS.

A barragem Castanhão foi inicialmente pensada pela família Cunha. Principalmente pelo Sr. José Holanda Cunha figura conhecida que comandava a oligarquia da região na época. A família  Cunha era dona das terras da fazenda Castanhão (que deu nome ao açude, por cobrir suas terras quase por inteiro) e o povoado conhecido como "Boqueirão do Cunha" onde o açude se encontra atualmente.
Durante a construção do açude foi necessário remover a antiga sede do município de Jaguaribara, que ficou sob as águas. Em substituição à cidade submersa, foi construída a cidade de Nova Jaguaribara.
O açude do Castanhão compreende os limites geográficos de pelo menos quatro municípios cearenses: Jaguaribara (Nova Jaguaribara), Alto Santo, Jaguaretama e Jaguaribe, dadas as suas grandes dimensões.
Representa importante mecanismo de controle das secas e das cheias sazonais que atingem o vale do Jaguaribe, assim como, cresce em importância para o restante do Ceará, enquanto reserva hídrica estratégica para o Estado.
Suas águas são vocacionadas para o uso na agricultura irrigada, pisciculturapesca (esportiva e de subsistência), lazer náutico, assim como, através da construção do Canal da Integração, este açude terá suas águas levadas para abastecimento da população da Grande Fortaleza e para o Complexo Portuário do Pecém, onde permitirá a implantação de um polo industrial. Não há uso atual como fonte hidroelétrica desta barragem.



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