CÂMARA FEDERAL
Oposição articula bloco à eleição de Cunha à presidência da Câmara
Na reta final da disputa pela presidência da Câmara Federal, os partidos que sustentam o nome de Júlio Dealgado (PSM-MG), para o comando da casa, articulam um desembarque em bloco da candidatura pessebista em favor da eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O Peemedebista é o favorito para o posto, mas corre o risco de enfrentar uma eleição de dois turnos, se Delgado permanecer na disputa. Caso o movimento da oposição se concretize, crescem as chances de Cunha liquidar a fatura em um turno só e alijar o PT dos principais cargos da Câmara dos Deputados.
O argumento para o desembarque da candidatura de Delgado é pragmático. Integrantes do PSDB, PPS e do próprio PSB, dizem que insistri em uma terceira via sem chance real de vitória é "relegar a oposição ao nanismo em todos os postos da casa".
"Como vamos atuar e defender nossa agenda se estivermos fora de todas as comissões importantes?", questiona um tucano de SP.
A ocupação de cargos e comissões na Câmara, é definida de acordo com o tamanho dos blocos que se agrupam antes da eleição do presidente da casa.
Hoje o grupo de partidos que apoia Cunha, é o maior. O petista Arlindo Chinaglia (SP), que polariza a disputa com o peemedebista, vem logo atrás, seguido pelo grupo de Delgado.
Na definição do comando das comissões, portanto, o grupo de Cunha, com o PMDB à frente, teria prioridade. Depois, seria a vez do bloco comandado pelo PT de Chinaglia e, só então viriam as indicações da oposição.
"Não tem comissão para todos. No caso PPS e PV, que são as menores bancadas, teriam que dividir uma comissão entre eles", destacou um pessebista.
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