Pesquisar

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

CORRUPÇÃO
OAS pagava R$ 600 mil/mês ao seu presidente
A empreiteria OAS faturou, tanto no esquema petrolão, iniciado em 2004, no governo Lula, e desmantelado pela polícia em 2012, que não se importava de pagar R$ 600 mil por mês ao principal executivo, José Aldemário Pinheiro Filho, vulgo “Leo Pinheiro”, que tem 10% da OAS. Agora sob recuperação judicial, e com Leo preso, a empresa negociou acordo antecipando um ano de “salários”, cerca de R$ R$ 7,2 milhões.
• Três capitães. Na carceragem da PF em Curitiba, o principal executivo da OAS divide uma pequena cela com três outros capitães da construção civil.
• Eles já tiveram o poder. Estão na mesma cela na PF, além de Pinheiro, o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, e o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada.
• Convivência. Habituado à vida confortável e aos hotéis de alto luxo, Pinheiro, Pessoa e Almada usam o banheiro da cela. E com plateia, sem privacidade.
• Língua nos dentes. A força tarefa da Lava Jato avalia que os três empreiteiros têm muito a revelar, nos depoimentos. E que estão quase maduros para fazê-lo.
Governo ignora Lei antiterror: autor é de oposição
A 18 meses das Olimpíadas do Rio, onde o risco de atentados é real, o Brasil não dispõe lei que tipifica o crime de terrorismo. Vários governos já manifestaram preocupação ao Brasil oficialmente, mas o projeto que define juridicamente o ato de terror, do planejamento à execução, dormita há dois anos. O governo ignora o projeto pelo seu conteúdo e porque o autor é um deputado de oposição: Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
• Trinta anos. O projeto de combate ao terrorismo define penas que podem chegar a 30 anos de prisão, em caso de ato terrorista que resulte em morte.
• Vexame. Apesar de signatário de tratados e resoluções internacionais sobre o  terror, a lei brasileira não prevê (nem pune) o crime de terrorismo.
"Sensibilidade". Na avaliação dos EUA, vazada no Wikeleaks, uma das “heranças da ditadura é a sensibilidade em relação ao que constitui terrorismo.”
• Fusão é para fracos. Gilberto Kassab (Cidades) acalmou o PMDB com a promessa de que apoiará o projeto que dificulta a fusão de partidos. Mas a medida não altera a criação do PL, a nova sigla de estimação do ministro Kassab.
• Hora de polarizar. Deputados do PMDB se reúnem nesta segunda (9) para tentar acordo em torno de um candidato único a líder pelo Nordeste. Leonardo Picciani (RJ) jura que já tem 28 dos 65 votos. E negocia mais oito.
• Procura-se. Com Sibá Machado (AC) à frente da liderança, o PT busca “pizzaiolo de fibra” para presidir o Conselho de Ética em tempos de Petrolão. O escolhido terá a missão de salvar a pele de envolvidos no escândalo. 
• Sangue no olho. O PSDB avalia apoiar o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) ou José Carlos Araújo (PSD-BA) para presidir o Conselho de Ética. O clima no tucanato é de caça às bruxas, ou melhor, caça aos “petroleiros”.
• Começou mal. Promessa de campanha do governador Rodrigo Rollemberg (DF), o corte de cargos em 60% está longe de ser cumprido: em janeiro, 9,5 mil comissionados ganharam uma boquinha, contra 1,2 mil exonerações.
• Muito em comum. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem mais em comum com o Planalto do que imagina. Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, Rodrigo segue a mesma dieta que a presidenta Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: o chamado “método Ravenna”.
• Toma lá, dá cá. A campanha ostensiva do governador do Rio, Luiz Pezão, e do prefeito Eduardo Paes por Leonardo Picciani para líder do PMDB foi vista como um gesto para o deputado abrir mão de disputar a prefeitura em 2016.
• CPI da Petrobras III. O presidente do SD, Paulo Pereira (SP), assumirá como membro titular da nova CPI da Petrobras na Câmara. Para suplente, o partido indicará o deputado João Henrique Caldas, mais conhecido como ‘JHC’ (AL).
• Pensando bem…Graça Foster entrou nos quadros da Petrobras como estagiária, há mais de 30 anos. Tudo que fez, aprendeu na estatal.
O PODER SEM PUDOR
Mato sem cachorro
Getúlio Vargas depôs Washington Luís, no começo dos anos 30, e iniciou um processo de mudanças. O ex-presidente se exilou nos Estados Unidos e acompanhava à distância os movimentos do ditador. Certo dia, ele soube que, apesar das promessas de mudança, Getúlio reconduzira Coriolano de Góes ao cargo de Chefe de Polícia, que exercera no governo deposto.
Informado, Washington Luís sorriu, afagou seus bigodes e observou:
– Este Getúlio está perdido. Caçando com meus cães, vai acabar como eu: num mato sem cachorro.
Da coluna de Claudio Humberto JB..

Nenhum comentário:

Postar um comentário