Na vitória de Cunha, Danilo dispara: ‘’É o início do fim do ciclo do PT’’
Cearense transmitiu o sentimento de vingança dos petistas durante festa da vitória
O entusiasmo dos aliados do presidente eleito da Mesa Diretora da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), durante a festa da vitória, em Brasília, fez explodirem a emoção, o sentimento de vingança e a insatisfação entre os integrantes da base de apoio parlamentar ao Governo da presidente Dilma Rousseff. O grito de alívio, com a derrota do PT, foi dado por um cearense, o deputado Danilo Forte. Sem meias palavras, Danilo bradou: ‘’É o início do fim do ciclo do PT’’.
Candidato a líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, Danilo assumiu o segundo mandato consecutivo, dá sinais de independência na atuação política e tem sido crítico do modelo petista de governar. O discurso áspero em direção ao Palácio do Planalto não é de hoje e há muito tempo ele faz coro ao grupo do novo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, que capitaliza os governistas insatisfeitos com o Governo Federal.
A festa da vitória teve o sabor de vingança e não faltaram ironias e deboches, típicos de quem ganha e enxerga, nessa conquista, a eternidade do poder. Segundo informações das Agências Estado e Folha, aliados de Cunha se referiam aos Ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) como Freddie Mercury, vocalista do Queen, e Pepe Legal
“Foi um fracasso retumbante do time do Freddie Mercury e do Pepe Legal”, dizia aos risos um cacique do PMDB na festa da vitória. O cardápio preferido dos peemedebistas, após a vitória de Eduardo Cunha, foi fazer piada com a articulação política da presidente Dilma Rousseff.
Os alvos eram os dois principais ministros da ‘cozinha’ do Palácio do Planalto, que trabalharam por Arlindo Chinaglia (PT-SP), segundo colocado na disputa, com quase metade dos votos de Cunha. Mercadante foi comparado a Freddie Mercury (1946-1991), vocalista bigodudo da banda Queen. Sobrou, também, para o ministro Pepe Vargas, que se transformou em Pepe Legal, personagem de desenho animado estrelado por um cavalo atrapalhado, que às vezes atira no próprio pé.
Sereno e sem perder o equilíbrio, o novo presidente da Câmara Federal era o retrato da felicidade e do bom senso “Eu não impus derrota nenhuma ao governo. Foram eles que se derrotaram”, afirmou. Em conversas reservadas, porém, disse a aliados que só pretendia aparecer no Palácio do Planalto para ser recebido por Dilma. E se Mercadante ou Pepe quiserem conversar, terá prazer em recebê-los em sua casa –a Câmara.
Cunha assumiu o comando da Câmara, recebeu telefone da presidente Dilma Rousseff e, agora, parte para definir o que pode ser espinha na garganta dos aliados do Governo: a pauta de votações na Câmara, com projetos que são de apelo popular, mas que não interessam aos cofres do Palácio do Planalto.
Com Cearaagora...
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