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Ministra do Planejamento Miriam Belchior |
Se a Delta Construções quebrar, "o problema é daempresa, não é do governo", declarou ontem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, procurando afastar as especulações de que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderão sofrer atrasos ou paralisações por causa da CPI mista que apura a atuação do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
A Delta é a maior executora de projetos do PAC diretamente contratados pelo governo federal. De 2007 até agora, a empreiteira recebeu do governo federal R$ 2,968 bilhões, segundo levantamento da ONG Contas Abertas.
Somando os projetos de responsabilidade das estatais e demais contratos, o total chega a R$ 4,130 bilhões. Se a Delta for declarada inidônea, os contratos serão analisados caso a caso. "Vamos ver o que vai acontecer, e quando acontecer veremos o que pode ser feito", desconversou a ministra.
O coordenador do Contas Abertas, Gil Castelo Branco, considerou "absoluta ilusão" dizer que o PAC não será afetado.
OAB: decisão do STF paga em parte dívida social do Brasil com cidadãos negros
Ao comentar hoje (27) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar constitucional o sistema de cotas raciais nas universidades, o presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, afirmou que "a enorme dívida social que o Brasil contraiu com os cidadãos negros e com os pobres em geral foi, ao menos em parte, paga com os votos dos dez ministros da Corte".
Damous lembrou que o sistema de cotas, de acordo com a opinião de diversos educadores, tem sido um sucesso. "Os estudantes cotistas vêm tendo um ótimo aproveitamento, o que desmente os que afirmavam que o sistema de cotas desqualificaria o rendimento escolar".
Durante dois dias de julgamento, o Supremo discutiu a validade da política de cotas raciais adotada pela Universidade de Brasília (UnB), em 2004, que reserva por dez anos 20% das vagas do vestibular exclusivamente para negros e um número anual de vagas para índios independentemente de vestibular. O DEM, autor da ação contra as cotas raciais, acusou o sistema adotado pela instituição de ensino, no qual uma banca analisa se o candidato é ou não negro, de criar uma espécie de ?tribunal racial?.
Fonte:JB
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