Roberto Mesquita rebate acusações de Ciro Gomes sobre o Partido Verde
O deputado Roberto Mesquita (PV) fez duras críticas a Ciro Gomes, durante pronunciamento na sessão plenária desta quinta-feira (19/04). Segundo o parlamentar, blogs cearenses divulgaram que o ex-deputado federal teria dito que “Luizianne está bancando o PV na oposição ao governo Cid”.
Mesquita desafiou Ciro a comprovar que ele e Augustinho Moreira, representantes do PV na Assembleia Legislativa, são mantidos pela prefeita. Para o parlamentar, o irmão do governador quer destruir a trajetória política dos deputados e do Partido Verde. Ele lembrou que foi contra, assim como Augustinho, à parceria do PV com o PT, mas foram votos vencidos dentro da sigla.
Mesquita criticou ainda a atuação de Ciro Gomes na Câmara dos Deputados, onde “faltou muito e não apresentou nenhum projeto relevante”. Ele disse que Ciro não tem moral para nenhuma acusação, porque foi mantido financeiramente quando estava no ostracismo por um contrato de consultoria arranjada. “Ele está precisando de um “internamento” para se desintoxicar de tanta ruindade”, afirmou Mesquita.
Comissão de Saúde debate projeto popular de financiamento do SUS
A Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa recebeu, na manhã desta quinta-feira (19/04), o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso. Ele veio a convite do Parlamento para divulgar a mobilização iniciada pela entidade, com o objetivo de colher assinaturas de apoio a uma proposta de iniciativa popular para assegurar mais recursos à saúde.
Presente ao evento, o presidente da AL, deputado Roberto Cláudio (PSB), sugeriu a realização de um lançamento oficial da campanha no plenário da Casa. “Quem vai ficar contra isso? Ninguém. Podemos realizar seminários regionais”, disse. O socialista quer o envolvimento da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) e da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil na força-tarefa local.
Florentino Cardoso afirmou que a regulamentação da Emenda 29 não fixou um percentual de investimento do Governo Federal na saúde. Estados e municípios estão obrigados a aplicar, respectivamente, 12% e 15% do que recolhem. “Proporcionalmente, gastamos menos que a Argentina, Chile, Uruguai e alguns países da África. A saúde pública agoniza e não aguentamos mais tanto sofrimento. Não falta recurso; falta prioridade”, afirmou.
No Ceará, ele pretende fazer algo similar ao ocorrido em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, políticos e setores da sociedade civil comprometeram-se com o recolhimento de 1,4 milhão de assinaturas à proposta. Por ser de iniciativa popular, ela precisa de apoio de 1% do eleitorado nacional distribuído em pelo menos cinco estados. Do contrário, não inicia tramitação no Congresso. “Esse não é um projeto da AMB; é um projeto do povo”, citou Cardoso. A expectativa é de a matéria ser apresentada em Brasília ainda este ano.
A ideia da AMB foi respaldada por representantes da Procuradoria de Justiça em Defesa da Saúde, Federação Nacional dos Médicos, OAB-CE, Conselho Estadual de Saúde do Ceará e Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza presentes à visita de Florentino.
Também foi endossada pelos deputados Hermínio Resende (PSL), Fernanda Pessoa (PR) e Mirian Sobreira (PSB). “Se tivéssemos uma saúde primária eficiente, 80% dos casos seriam resolvidos sem a rede terciária, que é a mais cara”, considerou Mirian, vice-presidente da Comissão.
Hermínio Resende disse ser necessária a preocupação também com os recursos humanos do setor. Para ele, pensar apenas em infraestrutura não resolve o problema de todo. “Os gestores brincam de pagar salários. Não tem sentido, por exemplo, um dentista ganhar apenas R$ 2 mil. Essa Casa vai se empenhar para conseguir o maior número de assinaturas”, frisou.
Já Fernanda Pessoa defendeu a realização de campanhas educativas pela TV Assembleia (canal 30) e FM Assembleia (96,7 MHz). “Nada mais justo do que a caravana no Ceará começar aqui, na Casa do Povo”, argumentou a republicana.
O projeto de lei de iniciativa popular propõe o investimento de pelo menos 10% da receita corrente da União na saúde pública.
Fonte:Al.ce
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