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terça-feira, 30 de outubro de 2012


Embate eleitoral entre PT e PSB continua na Câmara e Assembleia

Deputado Antônio Carlos (PT) reforçou que o seu partido deverá recorrer à Justiça contra o resultado das eleições. Foto: Rodrigo Carvalho

Deputado Antonio Carlos ex-líder do governo estadual
A primeira sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado após o segundo turno das eleições foi marcada pelo clima tenso, com exposição das divergências cultivadas e propagadas pelos grupos liderados por PT e PSB no período eleitoral.

Em meio às declarações de apoio ao novo prefeito eleito, deputado Roberto Claudio, que inclusive presidia a sessão, o deputado Antônio Carlos (PT) reforçou, em pronunciamento, que o seu partido deverá recorrer à Justiça contra o resultado das eleições. Segundo o parlamentar, o domingo, dia do pleito, foi marcado por crimes eleitorais praticados pela coligação vencedora entre “compra de votos, boca de urna e abuso de poder econômico”.
Reação da bancada governista
O posicionamento do petista causou reação imediata da bancada governista que se revezou para rechaçar as declarações. Tin Gomes (PHS) destacou que a coligação vencedora conseguiu sensibilizar a população para necessidade de mudança e que, se houve excessos, foi de lado a lado e em ações pontuais e não coordenadas pela campanha. “Se vossa excelência foi surpreendido com a militância vestida de amarelo nas ruas é porque nós sensibilizamos a população. Se houve compra de votos não foi de nossa parte”, afirmou.
Sarto Nogueira (PSB) rebateu com uma acusação. De acordo com ele, o que houve foi policiais, “liderados por um vereador eleito, fazendo prisões arbitrárias e praticando irregularidades, o que é lamentável”, disse, se referindo ao parlamentar eleito Capitão Wagner (PR) apoiador da campanha petista.
O deputado Fernando Hugo (PSDB) também fez críticas ao posicionamento de Antônio Carlos, que já foi líder do governo Cid Gomes na Casa.
Câmara Municipal
Na Câmara Municipal, o embate no mesmo sentido foi entre os vereadores Guilherme Sampaio (PT) e Elpídio Nogueira (PSB). "O que houve de irregularidades neste segundo turno foi um fato sem precedentes", bradou Guilherme, contestado, em seguida, pelo colega. "O que houve foi uma manifestação voluntária da sociedade e até de pessoas que vieram do Interior, convidada por nós".
O clima nas sessões legislativas dá uma mostra de como será o período de transição administrativa entre os dois grupos.
DN

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