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domingo, 30 de junho de 2013

Médicos de Venezuela e Bolívia criticam experiência de 'importar' cubanos

Representantes de entidades médicas dos dois países relatam problemas vividos durante os programas Barrio Adentro e Operación Milagro

Representantes dos médicos da Venezuela e da Bolívia vieram ao Brasil, a convite do Conselho Federal de Medicina, para contar em um fórum a experiência de seus países com a “importação” de médicos. As associações médicas brasileiras têm se posicionado contra a decisão do Ministério da Saúde de trazer médicos estrangeiros para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no interior do Brasil.
O único ponto positivo destacado na entrevista concedida ao iG é que os cubanos, de fato, foram trabalhar nos lugares mais remotos da Bolívia e da Venezuela. Fora isso, os médicos apontaram “barbeiragens”, falta de documentação que comprovasse que os cubanos eram formados em medicina e disseram que as iniciativas foram um fracasso nos dois países.
Douglas León Natera, presidente da Federação Médica Venezuelana, contou que dos seis mil módulos de assistência médica construídos pelos cubanos naquele país a partir de 2003, apenas 20% seguem em funcionamento.
“Dizem que existem 30 mil médicos cubanos na Venezuela. Nós sabemos que não se tratam de médicos, só sabemos que são cubanos. Não vimos um título destes profissionais, só conseguimos ver 37 currículos. O governo venezuelano não permitiu ver mais nenhuma documentação”, disse Natera.
O programa começou em 2003, quando o então presidente venezuelano Hugo Chávez criou um programa de saúde a partir de um acordo do país com Cuba, que recebeu o nome de Barrio Adentro. Natera relata que até 1998, antes da chegada de Hugo Chávez ao poder, havia 298 hospitais e 4980 ambulatórios distribuídos em todo o território venezuelano.
De acordo com o site do programa mantido pelo governo venezuelano, nos dez primeiros meses do programa, chegaram 10 mil médicos, o que teria estabelecido a proporção de um médico para cada 250 famílias.
Atualmente, ainda de acordo com o governo venezuelano, o programa conta com mais de seis mil consultórios médicos, três mil odontológicos e 559 centros de diagnóstico integral. Os postos de saúde do Barrio Adentro, sobrados de alvenaria com 80 metros quadrados, funcionam como moradia dos médicos e posto de saúde. Natera diz, no entanto, que o projeto foi criado exclusivamente para beneficiar os cubanos, com construções superfaturadas e sem licitação.
Na Bolívia, a chamada Operación Milagro começou em 2006, relatou ao iG o médico boliviano Aníbal Cruz, vice-presidente da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe.
“O acordo já havia sido firmado em 2005, quando Evo Morales tinha sido eleito, mas ainda não era presidente. Em fevereiro de 2006, a Bolívia enfrentou uma grande inundação e a primeira equipe, cerca de 200 médicos cubanos, chegou. Ao final de quatro meses, vieram mais 2,4 mil e depois mais 4,2 mil médicos cubanos”,
Fonte: Reuters

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Crise no Ceará ameaça implodir fusão de partidos

Para o Mobilização Democrática (MD), resultado da fusão entre o PPS e PMN, virar partido, falta apenas o registro oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir daí, a agremiação se firmará como a única janela aberta para receber os insatisfeitos de outras legendas. Entretanto, hoje, impasses criados sobre quem ficará com o comando do partido no Ceará e na Paraíba ameaçam implodir o arranjo nacional.
Na prática, um acordo firmado entre a direção das duas legendas previa que o PMN ficaria com a presidência do MD nesses dois estados e em outras nove unidades federativas. Entretanto, o PPS tenta reverter o combinado para não abrir mão de responder pelo comando da nova sigla no Ceará.
“Pelo que sei, a Presidência é minha”, afirma o presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira, garantindo que o comando da legenda não deva cair no colo do presidente do PMN cearense, Reginaldo Moreira. A tese é reforçada ainda pelo deputado estadual Mário Hélio, presidente do PMN em Fortaleza, ao admitir que a maioria de seu partido está com Alexandre.
Implosão da Fusão 
Mas, do outro lado, o ex-presidente da União dos Vereadores Cearenses (UVC), Deuzinho Filho, está reticente e apoia o nome de Reginaldo para presidência da nova sigla. “Estive em Brasília nessa terça-feira, 25, e há, inclusive, um movimento de lideranças para sair um terceiro nome dessa disputa, se não houver consenso, que seria o meu”, revela. 
Questionado sobre sua disposição para entrar na “competição”, Deuzinho dispara: “Vou aguardar a decisão da Executiva Nacional. Agora, se meu nome sair para união, seguirei as orientações de Reginaldo Moreira”.  
Não concordo!
Na contramão do que almejam os aliados de Moreira, o deputado Tomaz Holanda é outro a defender o nome do presidente do PPS e descarta a possibilidade levantada por Deuzinho. “Houve uma discussão em Brasília, onde o Alexandre disse ao Roberto Freire (presidente nacional do PPS) que abre mão da presidência, desde que seja para um nome que tenha mandato. O Reginaldo Moreira não foi testado nas urnas”, declarou. E acrescentou que desconhece “essa mobilização em nome do Deuzinho. Um partido só pode crescer e sair fortalecido se tiver uma liderança que tenha credibilidade com a população”.

Senado aprova projeto que transforma corrupção em crime hediondo

O plenário do Senado aprovou hoje (26) projeto de lei que inclui as práticas de corrupção ativa e passiva, concussão, peculato e excesso de exação na lista dos crimes hediondos.
Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis.
Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena.
O projeto agora segue para a Câmara.

Feriado no comércio e manifestações marcam a quinta-feira em Fortaleza

A Justiça confirmou o feriado no comércio de Fortaleza para hoje (27), após pedido da Federação do Comércio,  que alegava prejuízo com o feriado desnecessário nesta quinta-feira.
O feriado municipal foi decretado para melhorar o tráfego de veículos, por conta da partida semifinal da Copa das Confederações, que acontece na Arena Castelão, a partir das 16h.
Como não houve acordo entre lojistas, sindicato e funcionários para trabalhar pagando com acréscimo de salários dos trabalhadores, o comércio será fechado.
Na decisão, a desembargadora Sérgia Miranda considerou as manifestações de rua que ocorrem no Brasil neste mês, paralelamente à Copa das Confederações.
Além disso, uma série de manifestações estão agendadas para acontecer hoje em Fortaleza.
Em uma delas, movimentos e organizações do campo realizarão marcha da Praça da Serrinha, até as proximidades da Arena Castelão.
A expectativa é reunir 40 mil pessoas.
Além dessa, associações militares reunidas confirmam para hoje manifestação com concentração a partir das 10h, também com a concentração no bairro Serrinha.
As entidades reivindicam a inclusão do tema da segurança pública nas pautas que serão discutidas com os governantes.
O movimento também contará com a presença de estudantes, que já haviam agendado essa manifestação há algum dias.
Cearanews7

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Supremo decide pela prisão imediata do deputado Natan Donadon

Deputado do PMDB de Rondônia foi condenado em 2010 a 13 anos.
Plenário rejeitou recurso; ele será 1º deputado em exercício a ser preso.


O deputado Natan Donadon (PMDB-RO) na Câmara (Foto: Leonardo Prado / Agência Câmara)O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (26), por oito votos a um, pela prisão imediata do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO). Ele foi condenado em 2010 a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e formação de quadrilha, mas aguardava o julgamento dos recursos em liberdade.
Donadon será o primeiro deputado em exercício a ser preso por determinação do Supremo desde a Constituição de 1988. Ainda não há informações sobre o momento exato em que a prisão será cumprida.
A questão sobre a perda do mandato parlamentar não foi definida pelo plenário do Supremo e deve ser decidida pelo Congresso, uma vez que, durante o julgamento em 2010, os ministros não discutiram a questão. No caso do processo do mensalão, porém, o STF decidiu pelas cassações dos mandatos dos quatro parlamentares condenados.
Donadon já teve o primeiro recurso negado em dezembro do ano passado. Ao julgar um segundo recurso do deputado nesta quarta, o Supremo entendeu que os embargos de declaração (tipo de recurso contra condenações) era meramente protelatório e decidiu que ele deveria ser preso."Estou votando no sentido de não conhecer os embargos e, por considerá-los protelatórios, pelo reconhecimento do trânsito em julgado (fim do processo), determinando o lançamento do nome do réu no rol dos culpados, expedição do mandado de prisão e comunicação ao juiz da Vara de Execução Penal da área de Brasília", disse a ministra relatora do caso, Cármen Lúcia.
O advogado do deputado, Nabor Bulhões, alegou que houve omissões no julgamento de seu cliente, já que as penas dadas a ele foram mais elevadas do que a outros envolvidos no episódio condenados pela primeira instância. "Não houve e nem há protelação", disse Nabor Bulhões aos ministros do Supremo.Todos os ministros acompanharam, exceto Marco Aurélio Mello, que ficou vencido porque entendeu que, como Donadon renunciou ao cargo em 2010, antes de ser condenado mesmo já estando eleito para o próximo mandato, o STF não tinha mais competência para o julgamento.
Após o STF determinar a prisão imediata do parlamentar, o advogado deixou o plenário do Supremo e disse que entrará com pedido de revisão criminal, para reduzir a pena. Esse tipo de recurso só é possível quando já há um mandado de prisão. A defesa poderá ainda entrar com pedido para que Donadon fique solto até o fim do julgamento da revisão criminal.
Condenação de Donadon
Donadon foi considerado culpado pelo Supremo em outubro de 2010 por supostamente liderar uma quadrilha que desviava recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia. Os desvios teriam ocorrido entre 1995 e 1998, num total de R$ 8,4 milhões. A condenação foi decidida por 7 votos a 1, com pena de 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, além de multa.
Na época do julgamento, a defesa do ex-parlamentar negou as acusações e alegou que Donadon não foi responsável pelas supostas fraudes em licitações que teriam possibilitado os desvios. A defesa alegou que, na função de diretor financeiro da Assembleia Legislativa, Donadon limitou-se a assinar cheques.
Natan Donadon foi condenado pelo STF em 28 de outubro de 2010. Um dia antes, no dia 27, ele renunciou ao mandato que exercia. No mesmo ano, porém, ele concorreu novamente a deputado pelo PMDB, foi eleito para um novo mandato e tomou posse em 2011.
G1...

Leia detalhes do bate-boca de Dilma com Roberto Cláudio

A notícia do bate-boca entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB) gerou ampla repercussão. Enquanto a notícia se espalhava pela internet, a assessoria do prefeito desmentia o atrito.
À reportagem do jornal Aqui CE, a assessoria de Roberto Cláudio afirmou que houve um exagero para criar uma situação de embaraço entre a petista e o prefeito.
Ao jornal O Povo, a assessoria da Prefeitura desmentiu a existência de qualquer tensionamento entre a presidente e o prefeito. Ainda segundo informações do jornal, houve, apenas, uma ponderação de RC acerca da informação da presidente de que uma desoneração prevista pelo Planalto permitiria redução em até 7,5% no preço da tarifa de ônibus.
No entanto, notícias nacionais dão conta de que o tom ríspido de Dilma foi desferido não apenas contra o prefeito de Fortaleza.
A edição de hoje (26) do jornal O Globo destacou o mal-estar generalizado que permeou a maior parte da reunião da presidente Dilma Rousseff com os 27 governadores e 26 prefeitos, em Brasília, nessa segunda-feira (24).
De acordo com jornal, os participantes da reunião saíram reclamando que, após discurso na televisão, Dilma “passou horas mastigando chicletes para disfarçar a tensão, reclamou de dor nas costas em alguns momentos, ouviu muito, mas não acolheu sugestões e nem respondeu a ninguém, à exceção de algumas interpelações duras, feitas, por exemplo, para rebater as reclamações do prefeito de São Paulo, Fernando Hadad (PT), e de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB)”.
O bate-boca
Em outra matéria, a edição de hoje do jornal O Globo detalha o bate-boca entre a presidente Dilma e o prefeito Roberto Cláudio. Segundo o texto, a irritação começou quando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tentou expor sua posição contrária ao passe livre para estudantes, e se agravou quando Roberto Cláudio afirmou que não tinha como reajustar as tarifas em Fortaleza, uma vez que a cidade já está com aumentos represados há muito tempo.
Neste momento, de acordo com o jornal, Dilma se exaltou ainda mais e, com o dedo em riste apontado para o prefeito, esbravejou: “Eu fiz as continhas! Isso eu sei! Eu fiz a de-so-ne-ra-ção! Isso é meu, e eu quero ver a redução de 7%. Você tem que me dar isso!”
Após o ocorrido, conforme o Ceará News 7 antecipou, poucos governadores quiseram conceder entrevista à imprensa. Cid Gomes e Roberto Cláudio saíram discretamente pela lateral do Planalto.
* Com informações dos jornais O Globo, Aqui CE e O Povo.

Câmara derruba PEC que tentava limitar o poder de investigação do MP

Deputados no plenário da Câmara durante a sessão de votação da PEC 37 (Foto: Luis Macedo / Agência Câmara)

PEC 37 impedia promotores e procuradores de abrir investigações próprias.
Protestos pelo país pediram que Congresso rejeitasse a proposta.

A Câmara dos Deputados derrubou nesta terça-feira (25), por 430 votos a nove (e duas abstenções), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impedia o Ministério Público de promover investigações criminais por conta própria (veja como cada deputado votou).
O texto da chamada PEC 37 (entenda) previa competência exclusiva da polícia nessas apurações. Com a decisão da Câmara, a proposta será arquivada.
Pela proposta de alteração na carta constitucional, promotores e procuradores não poderiam mais executar diligências e investigações próprias – apenas solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia. A rejeição da proposta era uma das reivindicações dos protestos de rua que se espalharam em todo o país.
Antes de iniciar a votação nominal, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDBx-RN), fez um apelo para que a proposta que limita o MP fosse derrotada por unanimidade.
“Tenho o dever e a sensibilidade de dizer a esta casa que todo o Brasil está acompanhando a votação desta matéria, nesta noite, no plenário. E por isso tenho o dever e a sensibilidade de declarar, me perdoe a ousadia, que seria um gesto importante, por unanimidade, derrotar essa PEC”, disse.
A votação foi acompanhada por procuradores e policiais, que ocupavam cadeiras na galeria do plenário da Câmara. Conduzidos pelo líder do PSDBCarlos Sampaio (SP), promotor de Justiça licenciado, parlamentares tucanos ergueram cartazes no plenário contra a PEC 37. As cartolinas estampavam “Eu sou contra a PEC 37. Porque não devo e não tenho medo da investigação. A quem interessa calar o MP?”, indagava o manifesto.
Ao abrir a sessão extraordinária, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que era necessário votar a PEC 37, mesmo sem acordo.
“Lamentavelmente chegamos a 95% de acordo. Faltaram 5% para concluirmos um texto. Esta Casa demonstrou sua vontade de estabelecer um perfeito entendimento entre o Ministério Público e os delegados. Mas na hora que não foi possível, isso não poderia ser pretexto para não votar a PEC. Ela não poderia ficar pairando”, disse.
Henrique Alves disse ainda “ter certeza” de que os parlamentares voltariam a proposta pensando no que seria melhor para o país.“ Tenho certeza de que cada parlamentar estará votando de acordo com a sua consciência, para o combate à corrupção, o combate à impunidade”, disse
Em discurso no plenário, o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (RJ), destacou o papel das manifestações populares na derrubada da PEC 37. “Lá na CCJ da Câmara a maioria dos deputados era a favor da PEC 37. A maioria desse plenário era a favor da PEC 37. [...] Essa PEC vai ser derrubada pelo povo nas ruas”, afirmou.
Todos os partidos orientaram as bancadas para rejeitar a proposta. “A bancada do Democratas vai votar em sua ampla maioria, senão na sua totalidade, para derrotar a PEC 37. Mas aos colegas que votarem favoravelmente a ela, o meu respeito, porque eu respeito qualquer parlamentar no momento da sua decisão e votação”, disse o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO).

reposta às manifestações.
Ao defender a rejeição da PEC 37, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o partido quer dar uma 
“Ninguém quer acabar com o poder de investigar. Todos nós queremos que todos investiguem. Queremos dar uma resposta à sociedade, uma resposta às ruas. Não queremos que nenhuma criminalidade fique sem investigação”, afirmou.
Autor da PEC lamenta 'rótulo'
O autor da proposta, deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), foi o único a defender o texto no plenário. Ele afirmou que a PEC 37 foi rotulada de forma “indevida” como sinônimo de “impunidade”. 
“Essa PEC tramitou nesta Casa com 207 assinaturas, foi aprovada na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], foi aprovada na comissão especial. Lamentavelmente, num acidente de percurso, a PEC foi rotulada e alcançada por um movimento que nada tem a ver com sua propositura. Não é verdadeiro o rótulo de impunidade da PEC”, afirmou.
Agência Câmara

terça-feira, 25 de junho de 2013

Dilma tem bate-boca com prefeito Roberto Cláudio em Brasília

De modo geral, governadores e prefeitos saíram decepcionados da reunião com Dilma Rousseff, realizada ontem (24), em Brasília. De acordo com os gestores, a presidente “jogou a batata quente” nas mãos deles, uma vez que as medidas anunciadas pouco dependem do governo federal.
A angústia dos gestores passou a ser, então, como viabilizar as promessas que a petista fez em rede nacional. Preocupado em como fazer sua parte para que o discurso de Dilma saia do papel, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), reclamou da dificuldade de os municípios reduzirem as tarifas de ônibus. 
Neste momento, a presidente interrompeu o prefeito: “Olha aqui, meu filho! Eu conheço muito bem esses números”, afirmou, com extrema rispidez.
Diante da situação vexatória e insatisfeitos com o resultado da reunião, Roberto Cláudio e o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), saíram à francesa, pela lateral do Planalto, evitando a imprensa.  
EFEITOS DO CÂMBIO

Gol vai cortar 200 voos semanais

Só a alta do dólar vai custar R$ 900 milhões às empresas aéreas brasileiras neste ano, de acordo com a Gol

Nova York. A companhia aérea Gol vai cortar 200 voos semanais a partir de agosto, principalmente rotas dentro do Brasil. A estratégia faz parte do ajuste da empresa à alta do dólar, afirmou seu presidente Paulo Sérgio Kakinoff em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira.

A companhia aérea alega que cerca de 55% dos seus custos operacionais estão atrelados ao dólar, por isso precisa fazer ajustes. Os cortes representam 9% de sua oferta de voos domésticos no Brasil FOTO: ALEX COSTA
A Gol tem 950 voos diários, incluindo rotas nacionais e internacionais, e um total de 6,650 mil voos por semana. Mas o corte, segundo Kakinoff, não será linear, ou seja, haverá dias da semana que serão menos afetados pelos cortes que outros.
Justificativa

A Gol tem cerca de 55% de seus custos operacionais atrelados ao dólar, principalmente combustíveis (43%), que são precificados na moeda norte-americana, além das despesas com leasing. Por isso, a necessidade de ajustes a um novo cenário. Na média internacional, o combustível de aviação responde por 33% dos custos.

Conforme o executivo, só a alta do dólar vai custar R$ 900 milhões às empresas aéreas brasileiras este ano, se a moeda norte-americana ficar na casa dos R$ 2,25 em 2013. Na manhã de ontem, a Gol soltou comunicado informando que cortaria 9% de sua oferta doméstica, número pior que o previsto inicialmente.

Ajustes

A expectativa anterior da empresa era de que a oferta de voos seria cortada em 7%. Ao mesmo tempo, a Gol reiterou sua meta de margem operacional entre 1% e 3%. "O ambiente externo evoluiu negativamente para a companhia", disse Kakinoff. Após estes ajustes, o presidente da empresa disse que não estão previstos novos cortes na oferta de pessoas. Ele descartou novas demissões na empresa.

Diante do novo cenário, a Gol reviu suas projeções para dólar e o crescimento brasileiro este ano. Antes, a companhia trabalhava com dólar a R$ 1,95 a R$ 2,05 na média de 2013. Agora, trabalha com R$ 2,08 a R$ 2,18. Para o crescimento brasileiro, a empresa mudou a projeção do intervalo de 2,5% a 3% para 2% a 2,5%. Já para o preço do combustível a expectativa passou de R$ 2,30, por litro, para R$ 2,40.
Manifestações

Sobre os efeitos das manifestações na empresa, Kakinoff afirmou que não houve redução na procura por passagens aéreas. O que ocorreu até agora foi um efeito na logística da operação. Como exemplo, ele cita as manifestações em São Paulo, que na sexta-feira, 21, fecharam o acesso ao aeroporto de Guarulhos, complicando a chegada e saída de passageiros.

Questionado se a empresa estuda emitir dívida para captar recursos, Kakinoff afirmou que a companhia tem R$ 3 bilhões em caixa e não estuda captar no exterior ou no Brasil neste momento. 
Fonte: Diário do  Nordeste

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Campos adapta discursos com base no desgaste da gestão Dilma

Os planos do governador de Pernambuco também são seguidos pelos principais opositores da petista.
O presidenciável Eduardo Campos (PSB) tem adaptado suas estratégias de candidatura, de olho na crise econômica, queda na popularidade do governo Dilma Rousseff e onda de protestos que se arrebentou pelo País.
Os planos do governador de Pernambuco também são seguidos pelos principais opositores da petista, que já aproveitam o desgaste sofrido pela presidente para lançar candidatura no ano que vem.
De acordo com dirigentes do partido, o líder do PSB, Campos, deverá redirecionar sua fala nas próximas aparições, de uma forma que o permita criticar a aliada. A expectativa é de que ele abandone o discurso expressado em seu último programa partidário, de que o País vai bem, mas que “pode mais”, e seja mais direto nos ataques ao PT.
Isso acontece por conta de alguns integrantes do partido considerarem o slogan um erro, como é o caso do primeiro-secretário do PSB, Carlos Siqueira. “O Brasil nunca esteve bem nesses dez anos de governo petista”, defende o socialista.

Eunício: “Ninguém mais aceita essa história de dois palanques para Dilma"

As negociações para a manutenção da aliança entre PMDB e PT já vêm acontecendo há algum tempo. Não é de hoje que peemedebistas escancaram suas exigências para a continuidade da dobradinha e expõem insatisfação com a indefinição do PT.
Cansado da morosidade petista, o PMDB mudou o tom do diálogo. Na reunião da executiva nacional, que acontecerá nesta terça-feira (25), o PMDB debaterá os rumos da aliança, mas firmará condições e ensaiará tom impositivo.
O partido quer governar na formulação de políticas públicas e quer o fim da centralização de poder. Caso a presidente Dilma Rousseff não aceite mudar, a sigla não descarta romper o pacto eleitoral para 2014.
A questão dos palanques regionais, já bastante debatida, também será tratada de maneira mais contundente. Reflexo disso foi a afirmação do senador Eunício Oliveira ao jornal O estado de São Paulo desse domingo (23): “Ninguém mais aceita essa história de dois palanques para Dilma".
apoio à candidatura de Eunício ao Governo do Ceará é uma das principais exigências dos peemedebistas. Apesar de vir sendo apontado como único nome capaz de garantir a união PMDB-PT-PSB no Ceará, Dilma e Cid Gomes ainda não se posicionaram sobre quem irão apoiar em 2014. 

Ciro: “Crimes perfeitos não existem. E agora? Chama o São Lula? Ridículo”

O ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, ex-deputado federal pelo PSB e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, atualmente é também colunista político da revista Carta Capital, que traz, na edição do próximo dia 26, uma explanação do socialista sobre o momento de crise que passa o governo da presidente Dilma Rousseff nas últimas semanas, desde que tiveram início as manifestações em todo o país.
O movimento difuso, dito apartidário e sem lideranças, tem assustado toda a classe política que não sabe onde desaguarão essas vozes insatisfeitas. Para Ciro, hoje, o ideal é tentar entender esse movimento e não deixar o “mundo politiqueiro cooptá-lo, manipulá-lo, desqualificá-lo ou, muito menos, reprimi-lo”.
Segundo o ex-ministro, uma atenção internacional claramente é pedida pelos manifestantes, que desejam também que os governantes estabeleçam uma agenda planejada para atacar de forma consequente os verdadeiros problemas do cotidiano. “O Brasil navega a esmo.
Não tem projeto para nada importante”, afirma, lançando contra o PT a responsabilidade por uma economia deteriorada, uma política movida à fisiologia, clientelismo e corrupção.
“Crimes perfeitos não existem. E agora? Chama o São Lula? Ridículo”, disse. O peessibista não acredita que a maioria dos manifestantes seja propriamente contra a Copa, mas defende um resgate imediato e urgente de uma nova linguagem política.
“Outras expressões, valores básicos de decência, espírito público, amor verdadeiro ao povo, parcimônia, sinceridade, compromisso, projeto (...) Toda impaciência se dilui diante de um plano com começo, meio e fim, com prazos e resultados previstos”, pontua.
Fonte: Aqui CE. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Supremo libera tramitação de projeto que limita novos partidos

Por placar de 7 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, nessa quinta-feira (20), a retomada da tramitação do projeto de lei que inibe a criação de partidos. De autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), o texto impede a destinação de valores extras do Fundo Partidário e de tempo maior de rádio e de televisão a legendas recém-criadas que afiliarem parlamentares de outros partidos.
No momento, o ministro Celso de Mello está concluindo a leitura do seu voto. Até o final da sessão, os ministros podem mudar de opinião. O andamento do projeto foi suspenso em abril por decisão provisória do relator, ministro Gilmar Mendes. Ele entendeu que o projeto era casuístico e ia de encontro ao que o STF decidiu no ano passado em processo que beneficiou o PSD.
O julgamento foi retomado nesta tarde com o voto da ministra Cármen Lúcia. Ela aderiu à maioria formada nas últimas três sessões pelos ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. Eles entendem que o Supremo não pode fazer controle prévio de projeto de lei por meio de mandado de segurança. Para Cármen Lúcia, esse controle só deve ser admitido em casos extremos.
No mérito, ela também rejeitou os argumentos sobre possíveis inconstitucionalidades no texto. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, antecipou seu voto porque tinha compromisso médico no Rio de Janeiro. Para ele, os insatisfeitos com o texto devem aguardar a promulgação para só depois acionar o STF. “A antecipação desse debate não tem cunho jurídico, mas político, pela tentativa de se ter constrangimento público. A Corte Suprema não foi pensada para albergar pretensões desse tipo”, analisou.
Fonte: Aqui CE.

Após protestos em todo o país, Dilma convoca reunião de emergência

Após mais um dia de protestos em todo o país, e que chegaram ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira (20), a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu convocar uma reunião de emergência para as 9h30 de amanhã com seus principais ministros para discutir os efeitos das manifestações por todo o Brasil.
Na reunião, Dilma irá avaliar relatos da extensão dos atos nas cidades brasileiras.
A partir daí será decidida uma conduta de governo, como por exemplo medidas ao alcance do Ministério da Justiça ou até um pronunciamento oficial da presidente.
No momento em que Dilma deixava o Planalto, o Itamaraty era atacado pelos manifestantes.
O palácio presidencial está protegido fortemente por policiais e militares.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Piloto fotografa a vista da cabine de um avião; veja imagens

Série foi feita por comandante de voo que também é fotógrafo profissional.
Ele afirma que quis compartilhar cenas às quais poucos têm acesso.

Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)
Um piloto de avião resolveu usar seus conhecimentos de fotografia para compartilhar com o mundo a visão privilegiada que ele tem da cabine nas aeronaves.
Nascido na Tunísia e criado entre a Itália, a Suíça e os EUA, Karim Nafatni, de 31 anos, mora em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde trabalha como piloto em uma grande empresa aérea comercial. Ele também é fotógrafo profissional especialista em imagens de arquitetura e cidades.
O piloto Karim Nafatni tira foto na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)O piloto Karim Nafatni tira uma foto de si mesmo
(Foto: Karim Nafatni/Divulgação)
Há cerca de um ano, após ser promovido a comandante, Nafatni registrou seu último voo como primeiro oficial, com uma foto tirada da vista na cabine.
A imagem, postada em um site, teve tantas visualizações que ele resolveu continuar clicando a cena em outros voos.
As fotos são tiradas usando uma técnica chamada HDR (High Dynamic Range, ou Alto Alcance Dinâmico, em português), que usa diferentes tempos de exposição para representar de forma mais precisa a cena, captando das áreas mais claras às mais escuras.
Nafatni disse ao G1 que não esperava esse sucesso. “Faz tempo que queria tirar esse tipo de foto. Já testemunhei vistas incríveis no meu trabalho e pensei que seria interessante compartilhar essas joias com aqueles que não têm a chance de acessar a cabine de uma aeronave todo dia”, disse, e completou: “Acho que a visão de cima dá uma perspectiva totalmente diferente e muito atrativa da cidade”.
Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)
Imagem mostra trechos de terra e mar pela janela da aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)
Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)Imagens foram feitas usando a técnica HDR (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)
Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)Outra foto da série (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)
Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)Foto tirada pelo piloto Karim Nafatni na cabine de uma aeronave (Foto: Karim Nafatni/Divulgação)