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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Crise no Ceará ameaça implodir fusão de partidos

Para o Mobilização Democrática (MD), resultado da fusão entre o PPS e PMN, virar partido, falta apenas o registro oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir daí, a agremiação se firmará como a única janela aberta para receber os insatisfeitos de outras legendas. Entretanto, hoje, impasses criados sobre quem ficará com o comando do partido no Ceará e na Paraíba ameaçam implodir o arranjo nacional.
Na prática, um acordo firmado entre a direção das duas legendas previa que o PMN ficaria com a presidência do MD nesses dois estados e em outras nove unidades federativas. Entretanto, o PPS tenta reverter o combinado para não abrir mão de responder pelo comando da nova sigla no Ceará.
“Pelo que sei, a Presidência é minha”, afirma o presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira, garantindo que o comando da legenda não deva cair no colo do presidente do PMN cearense, Reginaldo Moreira. A tese é reforçada ainda pelo deputado estadual Mário Hélio, presidente do PMN em Fortaleza, ao admitir que a maioria de seu partido está com Alexandre.
Implosão da Fusão 
Mas, do outro lado, o ex-presidente da União dos Vereadores Cearenses (UVC), Deuzinho Filho, está reticente e apoia o nome de Reginaldo para presidência da nova sigla. “Estive em Brasília nessa terça-feira, 25, e há, inclusive, um movimento de lideranças para sair um terceiro nome dessa disputa, se não houver consenso, que seria o meu”, revela. 
Questionado sobre sua disposição para entrar na “competição”, Deuzinho dispara: “Vou aguardar a decisão da Executiva Nacional. Agora, se meu nome sair para união, seguirei as orientações de Reginaldo Moreira”.  
Não concordo!
Na contramão do que almejam os aliados de Moreira, o deputado Tomaz Holanda é outro a defender o nome do presidente do PPS e descarta a possibilidade levantada por Deuzinho. “Houve uma discussão em Brasília, onde o Alexandre disse ao Roberto Freire (presidente nacional do PPS) que abre mão da presidência, desde que seja para um nome que tenha mandato. O Reginaldo Moreira não foi testado nas urnas”, declarou. E acrescentou que desconhece “essa mobilização em nome do Deuzinho. Um partido só pode crescer e sair fortalecido se tiver uma liderança que tenha credibilidade com a população”.

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