Briga antecipada
Eunício diz que Dilma comprou briga com PMDB e faz campanha contra vetos
O período de recesso não foi suficiente para dar uma trégua na conturbada relação entre Governo e base aliada. Antes mesmo do término do “recesso branco”, as articulações entre parlamentares já dão o tom de como será o retorno dos trabalhos legislativos.
Neste momento, o principal motivo de desconforto da base aliada é o aval da equipe econômica e do Planalto para aprovar propostas que depois serão vetadas pela presidente Dilma Rousseff.
Em resposta, esse descontentamento será expresso através da análise dos vetos pelo Congresso. Os peemedebistas, principais aliados de Dilma, encabeçam uma campanha para que governistas derrubem alguns dos vetos presidências.
O PMBD ficou especialmente chateado com os vetos a parte da medida provisória que estabelecia a licença hereditária para taxistas, que passariam a ter direito de transferir a concessão do serviço a parentes em caso de morte, um benefício articulado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o suporte do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira e do senador petebista Gim Argello (DF).
“A presidente comprou uma briga desnecessária com os taxistas e outra com o presidente do Senado e líderes do PTB e do PMDB. Renan, eu e Gim faremos campanha para derrubar”, afirmou Eunício, referindo-se aos vetos de Dilma.
O PMDB também ficou incomodado com o fim da multa adicional do FGTS em casos de demissão sem justa causa e uma mudança na divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
O poder de articulação dos descontentes terá de ser capaz de contagiar, pelo menos, 41 senadores e 257 deputados, números necessários para derrubar um veto.
Para entender
“Recesso branco” é quando o parlamento permanece em funcionamento, mas sem sessões de votação. O recesso nesses moldes foi proposto por deputados e senadores, uma vez que esses não poderiam entrar em recesso porque não votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
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