Aprovação do governo Dilma cai para 31%, segundo CNI/IBOPE
A aprovação do governo da presidenta Dilma Rousseff caiu de 55% para 31%, conforme pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o instituto Ibope, divulgada nesta quinta-feira (25). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores com mais de 16 anos em 434 municípios entre os dias 9 e 12 deste mês. O índice de eleitores que consideraram o governo "bom ou ótimo" foi de 31%, contra 37% que consideraram o governo como "regular" e 31% que avaliaram como "ruim ou péssimo".
No levantamento anterior, divulgado em 19 de junho, o percentual de eleitores que aprovaram a gestão foi de 55%. Na ocasião, a avaliação positiva caiu oito pontos após atingir o recorde de 63%.
PSDB apoia corte de ministérios do Governo Dilma e acusa Casa Civil de centralização
Às vésperas de sair em recesso, a bancada do PSDB anunciou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do PMDB que corta pela metade o número de ministérios do Governo Dilma.
A ideia é reduzir para 20 as atuais 39 pastas - sendo 24 ministérios, dez secretarias e cinco órgãos com status de ministério. A matéria será apresentada em agosto, marcando o retorno das atividades legislativas do Congresso.
Na última segunda-feira, 22, as bancadas do PMDB, do PSDB e parte do PSB ficaram desapontadas com o anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do corte realizado no Orçamento para garantir o fechamento das contas públicas deste ano.
Segundo o tucano Raimundo Gomes de Matos, era aguardado o anúncio do enxugamento da máquina. “Essa resistência do governo é inadmissível. A redução do número de ministérios condiz com a necessidade do país, ao contrário desse festival de apadrinhamento político, que contribui para instabilidade financeira administrativa do governo”, lamentou.
Hoje, os 39 ministérios representam um gasto a União de mais de R$ 611 bilhões por ano. “No Governo FHC, havia 21 ministérios, 16 a menos que no governo Lula, por exemplo. E todos com autonomia. Hoje, nada passa sem o aval da Casa Civil. Alguns ministros até desejam fazer suas execuções, remanejar recursos e mudar projetos. Mas logo se deparam com um governo que é centralizador, sim”, afirma.
MOEDA DE TROCA
Quando Lula deixou o governo, em 2010, existiam 37 ministérios. Dilma criou mais dois: a Secretaria de Aviação Civil e o Ministério da Micro e Pequena Empresa.
O número excessivo de ministérios (39) foi, segundo o deputado Raimundo Gomes, criado para cooptar os mais de 15 partidos da base aliada. “O governo tem maioria, por exemplo, na Câmara Federal, ou seja, quase tudo é aprovado e não se vota com a vontade do partido, com vontade do parlamentar, mas num sistema de subserviência. Uma espécie de ditadura”, finalizou.
CNEWS
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