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sábado, 11 de janeiro de 2014

Ex-Premiê israelense Ariel Sharon morre após 8 anos em coma

Mantido em estado vegetativo desde 2006, após décadas de controversa carreira política e militar, o ex-premiê israelense Ariel Sharon morreu hoje, aos 85 anos, deixando como legado a fama de belicista e, na contramão, a histórica retirada da faixa de Gaza que liderou durante seu mandato.
O óbito ocorreu na manhã deste sábado, conforme informações do hospital em que ele era tratado, na região de Tel Aviv. O enterro será segunda (13) em cerimônia privada no rancho em que vivia, no sul de Israel.
Lá também está sepultada a mulher dele, Lili, informou neste sábado o Canal 1, de Israel. Sharon deixa dois filhos e a herança de ter participado de toda a história militar do país nas fileiras da liderança.
Apelidado "Arik", Sharon nasceu em 1928 no vilarejo de Kfar Malal. Aos 14 anos, juntou-se às fileiras da Haganah, a versão embrionária das Forças de Defesa de Israel. O início de sua biografia é um apanhado de sucessivas promoções no Exército, incluindo ter comandado uma companhia de infantaria na guerra de independência de 1948 e ter fundado, em 1953, uma unidade de elite responsável por retaliar ataques árabes.
Sharon estudou na Universidade de Tel Aviv, onde graduou-se em direito, em 1962. No Exército, ele comandou, nos anos 1960, tanto as regiões norte quanto sul, tendo também ocupado o posto de líder da divisão de treinamento militar. Suas vitórias nas guerras de 1967 e 1973, como elogiado estrategista, lhe renderam os títulos hiperbólicos de "rei de Israel" e "Leão de Deus".
A carreira de Sharon tomou a senda política na década seguinte, em uma breve passagem pelo Parlamento, em 1973, seguida de sua renúncia. Em 1975, ele assessorou o primeiro-ministro Yitzhak Rabin no campo de segurança e, dois anos depois, foi eleito parlamentar, após o que se juntou ao partido de direita Herut ""que mais tarde se tornaria o Likud.
No governo, Sharon foi ministro da Agricultura e, em 1981, assumiu a pasta da Defesa durante o período crítico da Guerra do Líbano. Foi nesse país inimigo que os papéis de sua carreira se mancharam, diante da opinião pública, após Sharon ser considerado por uma comissão de inquérito como "pessoalmente responsável" pelo massacre de refugiados palestinos em Sabra e Shatila, em Beirute.
Agência Reuters

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