Gasolina vira moeda de troca entre vereadores de Fortaleza
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Walter Cavalcante (PMDB), não quer arriscar perder o controle da segunda Casa Legislativa mais importante do Ceará. E nesse cenário, o auxílio-combustível pago pela Câmara aos colegas de parlamento tornou-se uma valiosa moeda de troca política.
Eleito para comandar a Casa pelo biênio 2013/2014, Walter Cavalcante recebeu o apoio da Igreja Católica para moralizar os atos da Mesa Diretora durante sua gestão. O que foi feito, pelo menos, num primeiro momento, quando o peemedebista chegou a economizar cerca de R$ 455 mil gastos pela Câmara com passagens aéreas que beneficiavam os vereadores.
No entanto, depois de romper com os vícios e regalias deixados por seus antecessores, o peemedebista encontrou nesse tipo de “negociata” uma forma de uso inadequado do dinheiro público para pressionar os colegas de parlamento a votarem com ele.
De acordo com um dos beneficiados do esquema, que prefere não ser identificado, os vereadores que compunham a chamada “base aliada” recebem, periodicamente, o “privilégio” extra em troca de seu apoio a Walter Cavalcante.
“As quantias mudam de acordo com o privilégio parlamentar. O valor mínimo é de R$ 5 mil em vale combustível pago, mensalmente, aos vereadores da Câmara de Fortaleza, entre 2013 e 2014”, esclarece a fonte ouvida pelo jornal Aqui CE sobre o financiamento político para corromper parlamentares e garantir apoio à administração do peemedebista.
A estratégia do presidente não surpreende. Em todo o país é comum assistir a criação de pagamentos por meio de auxílio-paletó ou vale-combustível, por exemplo, aos aliados dos gestores, geralmente instruídos pelo departamento Jurídico das Casas que comandam.
Apesar da prática não ser classificada entre os casos de corrupção, o uso inadequado de recursos públicos é repudiado pela população.
Com informações do site Cearanews7
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