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quarta-feira, 20 de julho de 2011



IRREGULARIDADE

Carro a serviço da Cagece joga lixo em terreno

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Caminhão joga lixo em tereno baldio
Distrito de Meio Ambiente da Secretaria Regional VI recebe, diariamente, denúncias de agressão ambiental
Há 15 anos o atleta de Artes Marciais Mistas (MMA), Paulo Tácio Dantas Barros, 36 anos, testemunha a mesma cena na rua em que mora, no Bairro Esplanada Castelão. Ele denuncia que toda semana o caminhão, a serviço da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), deposita lixo tanto no terreno particular localizado na Rua E, quanto na via em que ele reside, Rua G.

"É comum. Já chegamos até a falar com os motoristas, mas eles dizem que não podem fazer nada, pois estão apenas cumprindo ordens", disse Dantas.

O drama é vivido por todos da comunidade, que reclamam de mosquitos, mau cheiro, ratos e as doenças decorrentes dos resíduos acumulados nas imediações. Segundo o lutador, várias pessoas do bairro já entraram em contato com a Secretaria Executiva Regional (SER VI) para denunciar a prática indevida, porém nenhuma providência foi tomada.

"Muito pelo contrário, eles depositam o lixo no terreno, e quem vem limpar é a própria Prefeitura", denuncia.

A infração não é cometida somente pela Cagece. Os moradores do local contam que outras empresas costumam despejar entulho, madeira, restos de construção, entre outros resíduos nos terrenos locais.

"A região é bastante carente de fiscalização, então eu acho que essas companhias acreditam que nada vai acontecer, portanto vem até aqui e jogam o lixo deles", desabafou Barros.

Com relação a denúncia e ao flagrante feito pelo atleta, no último domingo, dia 17, quando fotografou a caçamba com a logomarca Cagece, despejando entulho no terreno da Rua E, a Companhia de Água e Esgoto informou que já entrou em contato com empresa e medidas já foram tomadas.

No caso em questão, a Cagece informou que solicitou esclarecimentos, bem como a substituição do funcionário da empresa Planos Técnico do Brasil, responsável pela obra de esgotamento sanitário na regi ão do Castelão. Ainda assim, acrescentou que técnicos da Companhia irão fiscalizar o local para certificar-se da não reincidência do despejo irregular.

Por meio de nota, esclareceram que tem como política ambiental destinar o resíduo asfáltico gerado em suas obras à uma empresa de reciclagem de asfalto chamada Insttale, localizada no Distrito Industrial de Maracanaú. Com base nesse princípio, todas as empresas contratadas pela Companhia têm por exigência da própria Cagece, que seguir esta orientação.

Fiscalização
O chefe do Distrito de Meio Ambiente da Regional VI, Gil Pinheiro, informou que toda denúncia que chega ao órgão é apurada. E explicou que, em casos onde não há provas sobre o envolvimento da empresa, o Distrito faz um monitoramento na área denunciada em busca de flagrante na tentativa de gerar provas consistentes.

No caso, a assessoria da SER VI explicou que as denúncias feitas à Ouvidoria da Secretaria Regional, não continham provas que identificassem o comprometimento da empresa, para posterior notificação.

Só para Distrito de Meio Ambiente da Regional VI chegam, por dia, cerca de 50 denúncias, advindas tanto da Ouvidoria quanto da Praça do Povo. Segundo a assessoria, a fiscalização foi reforçada com a chegada de dez novos fiscais.

THAYS LAVORREPÓRTER


 

 

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