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segunda-feira, 25 de julho de 2011

 
Renan tenta voltar para a presidência do Senado
 
Apesar do quadro complexo e desfavorável Renan se articula para viabilizar sua volta.
 
Brasília A nova configuração de forças da bancada do PMDB no Senado e a impossibilidade de o senador José Sarney (PMDB-AP) se reeleger presidente da Casa em fevereiro de 2013 precipitaram a disputa interna de poder no maior partido da base governista.

O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), já se movimenta nos bastidores em uma campanha silenciosa, mas visível, para manter o "reinado" da dupla que há mais de uma década está à frente do comando do Congresso e da interlocução com o Palácio do Planalto, ao lado do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR).

Mais do que administrar o grupo de independentes conhecido como G8, que aportou no Senado contestando sua liderança sobre a bancada de 19 senadores, o desafio de Renan é construir um novo projeto de poder que lhe permita voltar à presidência do Congresso.

A pressa em iniciar as consultas e acertos internos na bancada se justifica porque o quadro atual já aponta para uma disputa dura, com pelo menos três nomes de peemedebistas com cacife político e disposição para brigar pela sucessão de Sarney.

Apesar de o quadro ser complexo e desfavorável, Renan aproximou-se do G8 para minar a coesão do grupo. Começou por convocar reuniões de bancada para ouvir os liderados, retomando prática que ficara esquecida ao longo de todo o governo do ex-presidente Lula.

Em uma delas, concordou em fechar questão na bancada, em defesa do relatório do tucano Aécio Neves (MG), restringindo o poder da presidente Dilma Rousseff na edição de medidas provisórias. Para contornar o desagrado do Planalto com a comissão que devolveria MPs que não cumprissem os critérios da urgência e relevância, Sarney entrou em campo.

No estilo "morde e assopra" da dobradinha com Renan, Sarney recuou do apoio da bancada ao texto de Aécio. Adotou o discurso de que o fundamental não era a comissão de admissibilidade que assustava o governo, e sim garantir prazo para que os senadores examinassem as MPs que vinham da Câmara à última hora. Renan também tratou de afagar os descontentes com relatorias importantes.

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