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terça-feira, 26 de julho de 2011

Tucanos mantêm indefinição na AL



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Deputado Fernando Hugo

A atuação do PSDB neste primeiro semestre de nova legislatura na Assembleia do Ceará foi de indefinição, segundo avaliou o ex-líder da bancada tucana na Casa, deputado estadual João Jaime (PSDB). Para o parlamentar, a tímida participação dos que representam o partido no Legislativo estadual se dá, em parte, pela incerteza de quais deputados ainda permanecerão no partido.

No último dia 9 de junho, os deputados estaduais tucanos Nenem Coelho, Rogério Aguiar, Osmar Baquit, Professor Teodoro, Cirilo Pimenta e Téo Menezes, discutiram detalhes da atuação deles na formação do PSD.

O presidente estadual do grupo, encarregado de formar o partido no Ceará, Almircy Pinto, confirma que parlamentares estaduais cearenses, ainda no PSDB, estão trabalhando na coleta de assinaturas de eleitores do Estado para a oficialização da nova legenda.

"Praticamente o PSDB andou de lado", opina João Jaime, que disse não saber como ficará a representação do PSDB na Assembleia, pois, até o momento, não há certeza de quem sai e quem permanece na sigla. No seu entendimento, falta perspectiva de poder para os tucanos. "Falta horizonte. Falta um projeto de poder. Mas tem que ter a definição de quem fica e de quem sai", alegou
Por outro lado, o tucano pontua não ser um privilégio apenas do PSDB essa apatia para com as discussões em plenário na Assembleia. Em seu terceiro mandato na Casa, ele diz ser a primeira vez que vê a Assembleia esvaziada em um início de legislatura. "No final do primeiro expediente chega a ter somente quatro ou cinco deputados no plenário", atenta.
Pessimista
Dentre os motivos para isso, aponta o parlamentar, está a falta de grandes debates e a nova formação das bancadas na Casa. O deputado João Jaime examina que até mesmo a produção legislativa teve uma queda se comparada às legislaturas de anos anteriores.

O deputado Fernando Hugo (PSDB) se diz um pessimista e não vê, a curto prazo, uma mudança de atitude do PSDB na Assembleia, que se assemelhe ao tempo em que eles eram maioria na Casa. "Quem não é visto não é valorizado. Só comparece (PSDB) em dia de votação. Isso é deprimente", avalia.

Para o tucano, é difícil fazer uma avaliação da bancada nesses seis primeiros meses de trabalhos na Assembleia, pois entende não ter existido união e nem participação dos deputados do PSDB nas atividades da Casa. "A tucanagem se caracterizou pela ausência da vida plenária e das discussões nas comissões", ponderou, considerando ter sido o deputado tucano que mais participou dos debates.
Reparo
O presidente estadual do PSDB no Ceará, Marcos Cals, assegura que o partido não tem nenhum reparo a fazer, no que pese à atuação dos tucanos na Assembleia, pois deixou a bancada bem à vontade, não tendo feito nenhuma exigência aos parlamentares.

Agora, no fim do recesso, Marcos Cals disse pretender reunir, pela primeira vez, os tucanos que têm assento na Assembleia, mas não há nenhuma data marcada para o encontro. Nesses seis primeiros meses, conta, a preocupação da Executiva foi a reestruturação do partido e a renovação dos diretórios municipais.

Apesar da ausência no plenário e da apática participação tucana nas atividades da Assembleia cearense, o presidente Marcos Cals classifica como boa a atuação da bancada tucana no Legislativo estadual, entendendo que os deputados estaduais do PSDB estão presentes nos temas mais importantes debatidos na Casa

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