Sérgio Machado diz ter repassado dinheiro desviado em corrupção para pelo menos 6 partidos
18 novos nomes aparecem entre os políticos beneficiados
Parece não ter mesmo fim a usina de produzir bandalheiras no Brasil. A cada dia um novos nomes de políticos vêm à tona envolvidos no escândalo de recebimentos de propinas.
Desta vez o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em sua delação premiada, relatou ter repassado propinas a 18 políticos de pelo menos seis partidos. São eles: PMDB, PSB, PP, PT, DEM E PSDB.
Fotomontagem
De acordo com Machado, o esquema funcionava assim: os políticos o procuravam, pedindo doações, e em seguida, ele solicitava às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro que fizessem o repasse.
"Mesmo não sendo usada a palavra propina, todos sabiam que ao o procurarem o dinheiro não sairia de seus cofres como pessoa física e nem da Transpetro, mas das empresas contratadas pela estatal", confirmou Machado.
Na lista entregue por Sérgio Machado, foram incluídos adversários ferrenhos do PT, como Heráclito Forte, deputado pelo PSB/PI, Sérgio Guerra, ex-senador do PSDB de Pernambuco, -já falecido, José Agripino Maia, senador pelo DEM do RN e o deputado Felipe Maia, também do DEM/RN.
Além destes, outros nomes foram beneficiados com recursos oriundos de propinas, segundo sua delação. Caciques do PMDB, José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, já haviam sido citados. E novos nomes agora vieram à tona. Cândido Vacarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo alves (PMDB-RN), Idelí Salvati (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valter Alves (PMDB-RN), e Valdir Raupp (PMDB-RO).
Segundo Sérgio Machado, no caso de Sarney, Jucá e Renan, eles receberam tanto em doações físicas como em dinheiro em espécie, e ainda detalhou quais doações foram feitas como propinas.
Machado relatou e citou os nomes das empresas envolvidas nas doações. Segundo ele foram: Camargo Correa, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, NM Engenharia, Estre Ambiental, Essencis Soluções Ambientais, Lumina Resíduos Industriais e Estaleiro Rio Tietê.
"Quando chamava uma empresa para instruí-la a fazer a doação oficial a político,
ele sabia que isso não era lícito, que a empresa fazia doações em razão de seus contratos com a Transpetro", afirmou Sérgio Machado em um de seus depoimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário