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quarta-feira, 15 de junho de 2016

ACUSAÇÕES
Sérgio Machado diz ter repassado dinheiro desviado em corrupção para  pelo menos 6 partidos
18 novos nomes aparecem entre os políticos beneficiados

Parece não ter mesmo fim a usina de produzir bandalheiras no Brasil. A cada dia um novos nomes de políticos vêm à tona envolvidos no escândalo de recebimentos de propinas.
Desta vez o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em sua delação premiada, relatou ter repassado propinas a 18 políticos de pelo menos seis partidos. São eles: PMDB, PSB, PP, PT, DEM E PSDB.
FotomontagemEx-presidente da Transpetro relata propina a mais de 20 políticos de PMDB, PT, DEM e PSDB
Fiador político de sua indicação à presidência da Transpetro, o PMDB foi o partido que mais arrecadou. De acordo com seus depoimentos, foram repassados ao partido R$ 100 milhões.

De acordo com Machado, o esquema funcionava assim: os políticos o procuravam, pedindo doações, e em seguida, ele solicitava às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro que fizessem o repasse.

"Mesmo não sendo usada a palavra propina, todos sabiam que ao o procurarem o dinheiro não sairia de seus cofres  como pessoa física e nem da Transpetro, mas das empresas contratadas pela estatal", confirmou Machado.

Na lista entregue por Sérgio Machado, foram incluídos adversários ferrenhos do PT, como Heráclito Forte, deputado pelo PSB/PI, Sérgio Guerra, ex-senador do PSDB de Pernambuco, -já falecido,  José Agripino Maia, senador pelo DEM do RN e o deputado Felipe Maia, também do DEM/RN.

Além destes, outros nomes foram beneficiados com recursos oriundos de propinas, segundo sua delação.  Caciques do PMDB, José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, já haviam sido citados. E novos nomes agora vieram à tona. Cândido Vacarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo alves (PMDB-RN), Idelí Salvati (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valter Alves (PMDB-RN), e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Segundo Sérgio Machado, no caso de Sarney, Jucá e Renan, eles receberam tanto em  doações físicas como em dinheiro em espécie, e ainda detalhou quais doações foram feitas como propinas.

Machado relatou e citou os nomes das empresas envolvidas nas doações. Segundo ele foram: Camargo Correa, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, NM Engenharia, Estre Ambiental, Essencis  Soluções Ambientais, Lumina Resíduos Industriais e Estaleiro Rio Tietê.

"Quando chamava uma empresa para instruí-la a fazer a doação oficial a político, 
ele sabia que isso não era lícito, que a empresa fazia doações em razão de seus contratos com a Transpetro", afirmou Sérgio Machado em um de seus depoimentos.


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