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quarta-feira, 15 de junho de 2016

MERCADO DA AVIAÇÃO
Conheça seis aviões que pretendem desafiar as gigantes Boeing e Airbus
Nos últimos anos, a maior fatia do mercado da aviação civil é disputada pelas fabricantes Airbus e Boeing. Juntos, seus aviões correspondem a mais de 60% do setor.
No entanto, a tendência é que esse número seja reduzido na próxima década com a chegada de novos aviões produzidos por empresas de todo o mundo, entre eles Brasil, China, Rússia e Japão. Esses novos aviões devem concorrer, principalmente, na categoria “jatos regionais'' —aviões menores e projetados para atender a curtas e médias distâncias.
O objetivo é produzir aeronaves com consumo de combustível reduzido, manutenção mais barata e diminuição nos níveis de ruído e emissão de gases poluentes.
Na semana passada, por exemplo, a Rússia mostrou seu mais novo avião, o Irkut MC-21. O objetivo da empresa é disputar mercado com o Airbus A320neo e o Boeing 737MAX-Series. Os aviões são uma evolução dos dois modelos mais vendidos pela Airbus e Boeing, o A320 e o 737, respectivamente.
Conheça, a seguir, cinco modelos que tentam desafiar as duas gigantes:
MC-21
Imagem: Reprodução
MC-21 é o mais recente jato a sair da indústria de aviação russa. O avião ainda é um protótipo e foi criado pela United Aircraft Corporation, um consórcio russo formado pelas fabricantes Irkut e Yakovlev.
O avião foi desenvolvido para competir com os aviões de passageiros mais vendidos no mundo, mas ele só deve começar a operar a partir de 2019.
O MC-21-300 será o primeiro modelo da nova família de aeronaves a chegar ao mercado. De acordo com a fabricante russa, o aparelho intermediário pode transportar até 211 passageiros a uma distância de 6.000 km.
Bombardier C-Series
Imagem: Reprodução/Bombardier
A canadense Bombardier Aerospace é a terceira maior fabricante de jatos do mundo. Na sua cartela de aeronaves, estão os aviões da nova família C Series. O jato tem duas variantes, o CS100, com 133 assentos, e o CS300, com 160 assentos. Assim como o A320neo, o C-Series tem motor Pratt & Whitney Pure Power (agora popular entre as aeronaves), fuselagem de alumínio e fibra de carbono e comandos de voo computadorizados.
Embora as vendas não sejam tão significativas quanto o 737 e o A320, os modelos foram elogiados por seu desempenho, eficiência de combustível e design. Como estratégia para competir com a Boeing e a Airbus, nano passado, a Bombardier sinalizou que iria oferecer descontos maiores para o C Series na tentativa de acabar com a falta de encomendas.
Embraer E-Jet E2
Imagem: Reprodução/Embraer
Embora a empresa brasileira tenha um bom espaço no mercado de aviação regional, a nova geração das aeronaves E-Jet, chamadas de E2, podem ser uma alternativa (mesmo que ainda pequena) aos da Airbus e Boeing. 
A linha E2 tem três variantes, com modelos que vão de 88 a 132 lugares. O novo avião brasileiro está em fase de testes e deve entrar em operação no segundo semestre de 2018. O primeiro modelo a estrear será o E190 E2.
O novo modelo tem asas redesenhadas para ajudar na redução do consumo de combustível e motores Pratt & Whitney (mais eficientes).
Mitsubishi MRJ
Imagem: Reprodução
O Mitsubishi MRJ é o primeiro projeto de aeronave feito totalmente no Japão nos últimos 50 anos. O avião tem duas variantes, o MRJ70, de 80 lugares, e o MRJ90, com 92 assentos. A aeronave representa uma antiga ambição japonesa de restabelecer uma indústria de jatos comerciais que foi desmantelada pelos Estados Unidos após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.
O projeto pode representar uma alternativa doméstica para o país (suas companhias aéreas são um dos clientes mais fiéis da Boeing).
Além disso, o novo avião japonês pode ser um concorrente da nova geração de jatos da Embraer.
O MRJ também terá um motor Pratt & Whitney, sua fuselagem e asas são feitas de alumínio e fibra de carbono. Com isso, os aviões se tornam mais leves e mais econômicos. O jato está previsto para entrar em serviço em 2018.
COMAC ARJ21 e C919
Imagem: Reprodução
ARJ21 COMAC é o primeiro avião comercial moderno da China criado pela Comac (Commercial Aircraft Corporation of China), uma companhia estatal fundada em 2008 para projetar e produzir aeronaves para a indústria aérea em expansão no país.
O ARJ21 é um avião regional com configuração que vai de 78 a 90 lugares e criado para operar em curtas e médias distâncias (2.225 km em média). A aeronave é alimentada por motores General Electric CF34-10A. A empresa estatal chinesa tem atualmente quase 350 encomendas para o avião— a maioria de linhas aéreas domésticas e empresas de leasing. O ARJ21 entrou em serviço no ano passado.
Além do ARJ21, a empresa chinesa também fabrica o C919, projetado para concorrer diretamente com o A320neo e o 737MAX (já que tem o mesmo porte dos aviões). A versão básica do modelo pode acomodar até 174 passageiros e com alcance de 4.075 km. O avião ainda não tem uma data oficial para ser lançado.

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