Aperto de mão causou especulação de possível melhora da relação entre os dois países após décadas de animosidade
'Sr. presidente, sou Castro', disse Raúl ao apertar mão de Obama
O presidente de Cuba, Raúl Castro, apresentou-se ao presidente dos EUA, Barack Obama, em inglês durante a cerimônia em homenagem a Mandela, dizendo-lhe: "Sr. presidente, sou Castro", enquanto os dois trocavam um aperto de mão.
Isso segundo o irmão de Raúl, Fidel, que quebrou um silêncio de meses nesta quinta-feira em um longo editorial na mídia estatal discutindo os laços de Mandela com Cuba e a viagem de seu irmão à África do Sul.
O aperto de mão do dia 10 desatou uma especulação nos EUA e em Cuba se ele sinalizava uma melhora nas relações entre os dois países depois de décadas de animosidade. Autoridades americanas e cubanas desconsideraram essa ideia, caracterizando o cumprimento de mera cortesia.
Em seu artigo, em que lembrou o papel de Cuba no combate ao aparheid (regime de segregação racial), Fidel também elogiou seu irmão pelo aperto de mão, dizendo que ele demonstrou dignidade com o gesto.
"Parabenizo o camarada Raúl por sua atuação brilhante (no tributo), e especialmente por sua firmeza e dignidade quando fez uma saudação amigável, mas firme, ao chefe do governo dos EUA.
A Casa Branca subestimou o aperto de mãos, dizendo que não foi planejado e não passou de uma gentileza.
Ainda assim, o encontro teve ressonância porque as relações entre EUA e Cuba foram submetidas a um inesperado aquecimento nos últimos meses, com vários casos de cooperação em vez da retórica hostil habitual.
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