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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Água para Todos e transposição em destaque no seminário sobre NE
Programas prioritários para o desenvolvimento do Brasil foram apresentados, na manhã desta segunda-feira (29/08), durante o seminário “Políticas sociais para o Nordeste, recursos hídricos e programa Água para Todos”. O evento foi promovido pelo Senado Federal com o apoio da Assembleia Legislativa.

O Programa Água para Todos (Proágua) foi apresentado pela coordenadora geral de programas e projetos especiais da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, Adriana Melo Alves. A iniciativa é uma das ações do plano do Governo Federal para erradicação da extrema pobreza. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que 16,2 milhões de brasileiros vivem nessas condições, sendo 47% na zona rural.

Segundo Adriana Melo, o programa possui três eixos: garantia de renda, acesso a serviços públicos básicos e a inclusão produtiva. “Tudo começando pela universalização da água, principalmente para quem mora longe dos centros urbanos.” Ela informou que cisternas e Sistemas Simplificados de Abastecimento (SSA) serão construídos em todo o Brasil. Enquanto a cisterna beneficia apenas uma família, o SSA atende até 30 residências. Conforme a coordenadora do Ministério, 750 mil famílias não têm acesso à água no semiárido. No Ceará, são 185.983. É o segundo estado com o maior número. Perde apenas para a Bahia, com mais de 234 mil.

Por isso, R$ 4,5 bilhões devem ser investidos nos próximos quatro anos. Até o fim de 2011, a previsão é de 60 mil cisternas construídas. “São metas ambiciosas. Estamos correndo contra o tempo”, disse, citando a implantação de kits de irrigação e a criação de pequenas barragens.

O coordenador geral de projetos de apoio ao desenvolvimento da Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, José Luiz de Souza, destacou a transposição do rio São Francisco. O projeto foi pensado para assegurar água a 12 milhões de habitantes do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, a partir de 2025.

No mês passado, conforme observou, a execução das obras estava em 57%. “Temos ainda uma boa caminhada, com 38 programas ambientais a serem feitos diante das condicionantes do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e ANA (Agência Nacional das Águas)”, frisou.

Já o presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Vieira Santiago, revelou que R$ 21,4 bilhões foram aplicados pela instituição no ano passado na Região. Para 2011, a previsão é de R$ 25 bilhões. Segundo ele, o banco responde por 67% dos créditos de longo prazo concedidos para a Região.

Santiago defendeu a construção de mais açudes no semiárido e a implementação de políticas de reutilização de água. O presidente disse do interesse do banco em colaborar com a construção de 25 mil cisternas do Água para Todos. “Queremos diminuir as desigualdades regionais, aumentando a inclusão produtiva. Erradicar a miséria é muito mais do que garantir alimento. É garantir dignidade

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