MINISTÉRIO DO TURISMO
Peemedebista cobra demissão de Novais
Brasília. A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), cobrou ontem a demissão do ministro do Turismo, Pedro Novais, seu colega de partido. Para ela, o simples fato de o ministro aceitar trabalhar ao lado de Frederico Silva da Costa já o impede de continuar no cargo. Frederico era secretário-executivo da pasta e foi preso na Operação Voucher da Polícia Federal.
"O Pedro Novais precisa sair. Ele tem uma história política e de vida e para reafirmá-la não pode ficar nessa de que não sabia. Pra mim, ele participa, ele tem responsabilidade no que aconteceu no Ministério" disse Rose de Freitas.
A deputada faz parte de um grupo de peemedebistas insatisfeitos que se reunirá hoje com o vice-presidente da República, Michel Temer. Esses "rebeldes" fazem críticas pesadas ao líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, apontado como um dos padrinhos da indicação de Frederico.
Para ela, é preciso vencer o "mutismo" do partido em plenário e assumir uma "postura ética". Ela criticou ainda acordos que estariam sendo feitos por Alves visando à eleição para a presidência da Câmara em 2013. Rose de Freitas observou que não há movimentação do PMDB em defesa de temas caros ao partido como o Pronatec e a regulamentação da emenda 29, que disciplina gastos na saúde.
O grupo do qual ela faz parte questiona ainda a forma como são distribuídas por Alves as relatorias de projetos que cabem ao PMDB. O estopim foi a escolha do polêmico Eduardo Cunha (RJ) para relatar as mudanças no Código Civil.
Além da vice-presidente da Câmara, fazem parte do grupo insatisfeito deputados como Danilo Forte (CE), Lúcio Vieira Lima (BA), Darcísio Perondi (RS), Gastão Vieira (MA), entre outros. Segundo Rose, o novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (RS), era outro que estava insatisfeito.
Hoje, o PMDB reunirá toda a bancada para discutir esses temas com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e da presidente Dilma Rousseff (PT).
Minimizou
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou o movimento pede a saída de Pedro Novais.
Depois de prestar esclarecimentos à Câmara, Novais será ouvido pelos senadores hoje. "Algumas pessoas do PMDB levantaram alguns pontos, mas essas questões são internas da bancada da Câmara. Portanto, é a definição da bancada da Câmara que deve prevalecer. (...) Não se pode falar em rebelião", afirmou Jucá.
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