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quinta-feira, 15 de março de 2012


Crise entre governo e base aliada aumenta e PR anuncia que será oposição

Os senadores do Partido da República (PR) anunciaram, nesta quarta-feira (14), que vão se juntar aos partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff. O PR fazia parte da base aliada do governo, mas após as denúncias e consequente demissão do ex-ministro dos TransportesAlfredo Nascimento, no ano passado, o partido anunciou a saída da coligação de apoio a Dilma. Até então, a sigla se declarava "independente".

Segundo o líder do PR no Senado, senador Blairo Maggi (MT), por enquanto, apenas a bancada do partido no Senado fará oposição ao governo Dilma, mas a expectativa é que os deputados também se juntem aos partidos de oposição, como PSDB e DEM.
"Cansei. O governo nos empurra com a barriga o tempo todo. Eu, como líder, decidi que não quero mais negociar. Resolvemos em conjunto que estamos fora do governo e se a Câmara quiser continuar com a Dilma, que o façam. Não temos definição nenhuma e quando a gente vira as costas de lá eles mesmos vazam notícia para um lado e outra para outro, desse jeito estamos fora", disse Maggi.
O estopim para a decisão, segundo o líder do partido no Senado, Blairo Maggi (MT), foi a demora do Planalto em nomear um ministro do PR para o Ministério dos Transportes. Após a queda de Nascimento, Dilma nomeou o secretário-executivo da pasta para assumir interinamente e deixou a cargo da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, asnegociações para encontrar um novo nome para o ministério.
O descontentamento de Maggi veio hoje após a última de uma série de reuniões feitas desde a saída de Nascimento, em julho de 2011. O próprio senador foi cotado para assumir o cargo, mas recusou o convite.
Derrota do governo
A nova baixa foi anunciada um dia após a presidente trocar os líderes do governo no Senado e na Câmara. No Senado, a troca foi Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM). Na Câmara, saiu Cândido Vaccarezza (PT-SP), que foi substituído por Arlindo Chinaglia (PT-SP). A troca ocorreu menos de uma semana após uma emblemática derrota sofrida por Dilma: a Comissão de Infraestrutura do Senado rejeitou a recondução de Bernardo Figueiredo (indicado pela presidente) na presidência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

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