Negociação sobre venda de bebidas na copa "teve grande confusão" diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, disse nesta quinta-feira (15) que houve uma "grande confusão" nas negociações sobre a liberação de bebidas na Lei Geral da Copa.
Nesta quarta (14), após reunião de líderes, deputados governistas disseram que o Brasil não se comprometeu com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) a permitir a venda de álcool nos estádios durante a Copa do Mundo. Horas depois, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou uma nota em que desmente a versão dos parlamentares e diz que negociará para manter a previsão de comercialização de bebidas nos jogos do mundial.
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"O que eu ouvi de ontem até hoje foi uma grande confusão em relação a essa matéria. Inclusive, há temas que foram assinados pelo governo, compromissos assumidos com a Fifa", disse Marco Maia.
O compromisso 8º assinado pelo governo brasileiro em 2007 com a Fifa diz que o Brasil se compromete a "assegurar que não exista nenhuma restrição legal ou proibição à venda, propaganda e distribuição dos produtos dos Parceiros Comerciais [da Fifa], incluindo comidas e bebidas, nos estádios ou locais de eventos durante as competições". Por causa das negociações e do impasse em torno das bebidas, a votação da Lei Geral da Copa, anteriormente prevista para esta quarta, foi adiada para a próxima semana.
"É claro que é uma matéria complexa que sempre vai suscitar mais debate e, portanto, quanto mais se discutir, quanto mais se ajustar os artigos, os termos do projeto, melhor para votar no plenário. Quanto mais mastigado ele chegar ao plenário mais fácil será aprová-lo na sua integralidade", disse o presidente da Câmara.
Para Marco Maia, a "confusão" de versões sobre os compromissos assumidos pelo Brasil não deve prejudicar a relação da Fifa com o governo. Nesta sexta (16), a presidente Dilma Rousseff se reúne com o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Uma das maiores reclamações da entidade é a demora na aprovação da Lei Geral da Copa.
"É natural que o governo esteja procurando um ponto de equilíbrio e de consenso. A Fifa tem que entender. Essa matéria que trata da bebida não é simples, mexe com regramentos já existentes no país. Não acho que isso vá trazer constrangimento ou arrefecimento na relação entre Brasil e Fifa", afirmou o presidente da Câmara.
Fonte: G1
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