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sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Deputados e especialista debatem sobre justiça e juventude na AL 


Mesa de traalhos
 Assembleia Legislativa recebeu na tarde desta quinta-feira (29/09) palestra do promotor de justiça da 27ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Campo Grande, Sérgio Harfouche, sobre o tema “Promotoria de Justiça contra a Evasão Escolar”. A solicitação para o seminário partiu dos deputados Ferreira Aragão e Delegado Cavalcante, ambos do PDT.


Ferreira afirmou que esta é uma oportunidade que se propõe a ser um elo entre o Poder Judiciário e a área educacional. Ele lembrou que a ação do palestrante foi uma experiência de muito êxito no Mato Grosso do Sul, por sua coragem e ousadia em fazer com que acontecesse o enfrentamento direto à delinquência juvenil. “Quem tem acesso aos dados sobre segurança no Ceará sabe que 90% da violência é praticada por jovens. O grande problema reside na juventude”, disse.

Cavalcante falou sobre sua experiência como delegado da Polícia Civil. Ele ressaltou que os principais problemas são a impunidade e falta de legislação adequada para o Brasil. Para ele, a partir do momento que não se tem uma legislação forte e punição, as pessoas abusam.

“Através da educação é que vem a conscientização. A liberdade se confunde muitas vezes com libertinagem. Onde passei, dentro da área da segurança pública, consegui diminuir a violência e criminalidade. Infelizmente, hoje, as estruturas dos órgãos de polícia e de segurança têm dificuldade para fazer qualquer inquérito policial”, lamentou.

O deputado Cirilo Pimenta (PSDB) disse que a sociedade brasileira vem passando por transformações e mudanças rápidas, pois há trinta ou quarenta anos a maior parte da população morava no sertão. “A situação demográfica era bem diferente e essa mudança trouxe transformações inesperadas. Um dos problemas é que hoje não existe um acompanhamento direto e suficiente do desenvolvimento e formação da personalidade de jovens”, destacou.



Sérgio Harfouche lamentou o aumento do número de adolescentes com armas de fogo dentro da escola, e de jovens que vêm se envolvendo em crimes e que, às vezes são até chefes de gangues. Ele registrou que tem grande esperança na justiça do Brasil, mas, quando percebe que a Constituição Federal deixou de ser parâmetro para julgamento, sua preocupação com os jovens aumenta.

“Vemos ruir todo o sistema e o ordenamento jurídico brasileiro. Sou fiscal da lei e, boa ou má, ela precisa ser cumprida. Vemo-nos, hoje, garimpando elementos que nos deem respaldo para não entrarmos na ilegalidade”, completou.

O promotor afirmou que, se o jovem não estiver em casa, ele tem que estar na escola. Para ele, o ônus de educar é dos pais e é preciso que alguém diga a ele como proceder. “Isso não pode ser delegado às crianças. Elas precisam aprender como funcionam as coisas para não irem pelo caminho errado”, concluiu.

Na oportunidade, foi entregue uma placa a Sérgio Harfouche, em homenagem à sua contribuição à sociedade cearense e brasileira

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