Pesquisar

sábado, 10 de setembro de 2011

Dilma conta com Senado para criar imposto para saúde

 O governo planeja barrar no Senado o projeto que muda a maneira como os recursos da saúde pública são aplicados no país se os congressistas não aprovarem a criação de um novo imposto para financiar o setor.
A estratégia é uma forma de o Planalto evitar que o Congresso aprove um aumento nos gastos para a saúde sem dizer de onde virão os recursos.
O governo alega que a simples aprovação do projeto que regulamenta a Emenda 29 não resolve o problema.
Algumas alternativas apontadas são aumento do imposto do álcool e cigarro, a liberação dos jogos de azar e a utilização de recursos do pré-sal

CGU aponta irregularidades em reduto petista no Dnit

Após pressão do PR e do Planalto, Hideraldo Caron (ao centro) pediu demissão do Dnit
Hideraldo Caron (ao centro) pediu exoneração do Denit
A auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) nos órgãos do Ministério dos Transportes apontou indícios de graves irregularidades na superintendência do Dnit no Rio Grande do Sul, um reduto do PT.
Segundo a CGU, licitações realizadas entre 2008 e 2009 para obras de conservação de rodovias no Estado, que somam cerca de R$ 710 milhões, têm "indícios de direcionamento e possível alinhamento de preços entre as empresas" concorrentes diz Chefe da CGU.
As obras foram divididas em 25 lotes. Segundo a CGU, em apenas dois deles o desconto oferecido pela empresa vencedora da concorrência foi superior a 5%.

Divulgação
Após pressão do PR e do Planalto, Hideraldo Caron (ao centro) pediu demissão do Dnit

Na maior parte dos casos, afirma a CGU, o desconto não passou de 2% do preço máximo. Além disso, a Controladoria-Geral da União constatou que grande parte das empresas participantes tinha sócios comuns entre elas e parentes como associados.
O órgão de controle também encontrou indícios de pagamento indevido de R$ 3,6 milhões em três lotes das obras.
INFLUÊNCIA
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Rio Grande do Sul estava sob influência de Hideraldo Caron, ex-diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão que foi indicado pelo PT.

Caron foi exonerado neste ano, depois que estourou a crise nos Transportes.
O superintendente do Dnit no Rio Grande do Sul, Vladimir Casa, que já estava na superintendência em 2008, informou que os procedimentos para a licitação foram corretos.
Ele afirmou, ainda, que não tem como evitar que empresas possam combinar preços para obras. "Nossa parte foi feita com correção", disse o superintendente.
Sobre os problemas nas obras, Casa afirmou que é normal auditorias apontarem problemas. Mas disse que "entre 80% e 90% dos problemas são esclarecidos" pelo órgão.

Estados e municípios são a principal fonte do SUS

Dados do Ministério da Saúde revelam que a União vem perdendo importância no financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde) desde a aprovação da Emenda 29, em 2000.
Entre 2000 e 2008 (último ano com informações disponíveis), Estados e municípios aumentaram mais de quatro vezes os gastos com saúde e já respondem por mais da metade (55%) dos recursos que sustentam o SUS. Até 2004, era a União a principal financiadora do sistema de saúde público
ex-secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo Amir Khair observa que a União tem outras despesas que "competem" com a saúde e que são de sua exclusiva responsabilidade, como o pagamento dos juros da dívida pública e os benefícios da Previdência. Já governadores e prefeitos são mais cobrados por serviços à população.
"São esses gestores que têm que responder politicamente", afirma.
Além disso, hospitais e postos de saúde são de responsabilidade local, o que leva esses governantes a gastarem mais com saúde, proporcionalmente, do que a União.
Autor de um estudo sobre a Emenda 29, o consultor legislativo da Câmara dos Deputados Fábio Gomes diz que o aumento de gastos, principalmente dos municípios, está no limite.
Os gastos totais no SUS equivalem a 3,6% do PIB (2008), maior do que em 2000: 2,8%. Ainda assim, na sua avaliação, falta dinheiro para cumprir todos os serviços prometidos na lei:
"Se uma nova fonte não for criada, será preciso indicar de onde os recursos sairão", diz Gomes.

Justiça suspende decisão que impedia supersalário na Câmara


O presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, Olindo Menezes, suspendeu a decisão que impedia o pagamento de supersalários na Câmara dos Deputados.
No dia 27 do julho, o juiz Alaôr Piacini, da 9ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou que a Câmara cortasse os salários dos congressistas e funcionários que estão acima do teto constitucional.
Pela lei, os servidores não podem receber mais do que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que têm vencimentos de R$ 26,7 mil.
O juiz disse que sua decisão atingia os servidores e parlamentares cuja soma de salário e aposentadoria pública ultrapasse o teto.
Para o presidente do TRF, o corte foi feito sem que os prejudicados tivessem oportunidade de se defender.
"É imprescindível, como foi dito acima, que sejam conhecidos empiricamente os itens salariais e a sua natureza jurídica, discussão que exige tempo e reflexão", afirma.
A Câmara já disse, por meio da assessoria, que cumpre o teto e que os deputados não recebem, como salário, nada além dos R$ 26,7 mil.
Em uma ação semelhante, Olindo Menezes já havia liberado o pagamento acima do teto no Senado.

Reportagem da Folha publicada no último dia 27 informa que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) acreditam que o Senado não pode pagar a seus funcionários benefícios que façam seus salários ultrapassar o teto estabelecido pela Constituição.
Cinco dos nove ministros do STF disseram que os pagamentos são indevidos.
CRITÉRIOS
Na época da decisão, o Judiciário determinou que a Câmara considere como salário, no caso de servidores, pagamento por hora extra, participações em comissões permanentes, de inquérito e grupos de trabalho, função comissionada e abonos por tempo de serviço.
Esses valores não são contabilizados pela Câmara dentro do teto porque os considera como indenização.
Em junho, a Justiça já havia determinado ao Senado e ao Executivo a uniformizarem a regra. Nestes casos, o juiz não abrangeu parlamentares ou ministros
10/09/2011 - 08h35

Parceria Dilma e Alckmin desagrada PT



Presidenta Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em São José do Rio Preto (SP)
Dilma firma convênios com GovernoAlkimin
Para desconforto da bancada estadual do PT, a presidente Dilma Rousseff anuncia, na terça-feira, um investimento federal de R$ 1,7 bilhão nas obras do trecho norte do Rodoanel de São Paulo. Segundo informa reportagem de Catia Seabra, publicada na Folha deste sábado, a relação de Dilma com o tucanato está causando incômodo entre integrantes do partido.
No mês passado, Dilma e Alckmin anunciaram uma associação do programa do Bolsa Família, principal vitrine petista na ação social, ao Renda Cidadã, versão paulista do programa.
A parceria foi recebida com desconfiança por petistas e tucanos, que dizem não conseguir mensurar o impacto eleitoral da medida a Folha

Fonte: Folha de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário